CGTN: Como os departamentos de emergência na China lidam com o aumento dos pacientes com COVID?
PEQUIM, 2 de janeiro de 2023 /PRNewswire/ -- Qu Fucheng, de noventa anos, aguardava seu tratamento para COVID-19 no Hospital Wuhan Zhongnan quando seu filho percebeu como o departamento de emergência estava lotado.
"Meu pai estava em condições muito críticas em casa", disse o filho à CGTN, franzindo a testa. "Se algo tivesse acontecido a ele por eu não ter conseguido resolver a situação, não sei como seria capaz de me perdoar."
O vice-diretor do departamento disse que observou "um aumento significativo" no número de pacientes, e que a maioria dos doentes graves eram idosos com comorbidades.
Em uma tentativa de não deixar nenhum paciente sem atendimento, o departamento de emergência transformou a sala de observação em uma área de apoio para reduzir o tempo de espera.
E foi para lá que Qu Fucheng foi transferido.
"Vendo a grave condição de meu pai, os médicos o levaram imediatamente para um dos leitos", disse o filho. "Achei que não seria tão tranquilo quando eu estava em casa."
Para tratar o maior número possível de pacientes, todos os profissionais e equipamentos médicos trabalharam 24 horas por dia, com total "eficácia de combate". Após receber os primeiros socorros, a condição de Qu logo melhorou um pouco.
O enfermeiro-chefe Tian Yu disse à CGTN que uma área de apoio não é suficiente para aliviar o fluxo de trabalho, acrescentando que um bom fluxo de trabalho é fundamental para o departamento de emergência.
Sem "corrida hospitalar"
Essas medidas estão sendo tomadas em muitas instituições de emergência da China, uma vez que o número de pacientes com COVID aumentou no país após a eliminação de algumas das medidas restritivas da COVID.
Alguns ficaram preocupados de que haveria muitos pacientes para os hospitais atenderem, levando a uma "corrida hospitalar", como uma corrida bancária durante uma crise econômica. Por sorte, isso não aconteceu graças a ajustes oportunos nos hospitais.
Algumas cidades, como Pequim, construíram mais clínicas de febre temporárias, enquanto outras, como Chongqing, ampliaram o departamento existente de tratamento da febre e transferiram médicos de outros departamentos para dar apoio ao o tratamento da COVID.
Solução on-line
O governo chinês também expandiu os serviços médicos on-line para pacientes com COVID-19 em 12 de dezembro. Regiões como as de Pequim, Zhejiang e Hunan já puseram a nova política em prática.
"Os serviços médicos on-line podem oferecer consultas e orientações sobre medicamentos para mais pacientes que ficam em casa", disse Jiao Yahui, diretor do Departamento de Administração Médica da NHC, ao China Media Group. "As prescrições podem ser feitas on-line, e as medicações, entregues de forma presencial, o que pode aliviar a pressão das consultas médicas presenciais e evitar lotações nos hospitais, a fim de reduzir o risco de infecções entre os pacientes."
Foto - https://mma.prnewswire.com/media/1975870/CGTN_Emergency_Ward.jpg
FONTE CGTN
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