CGTN: Como a China contribui para uma maior cooperação entre os países membros do BRICS
PEQUIM, 24 de outubro de 2024 /PRNewswire/ -- Os líderes dos países membros do BRICS estão realizando sua primeira reunião presencial na cidade russa de Kazan, após a expansão histórica do grupo de cinco para 10 membros em janeiro.
O presidente chinês Xi Jinping chegou a Kazan na terça-feira para participar da 16ª Cúpula do BRICS. Xi conversará com outros líderes sobre cooperação prática e o desenvolvimento do mecanismo do BRICS para economias emergentes, entre outros tópicos, durante a cúpula.
A China tem apoiado e participado constantemente do mecanismo de cooperação do BRICS, procurando cooperar com os outros membros de forma vantajosa para todos e respeitando o espírito de abertura e inclusão.
Cooperação mutuamente vantajosa
Desde a sua fundação, o BRICS tem almejado uma cooperação em que todos saiam ganhando, sendo o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), com sede em Xangai, um projeto emblemático do espírito de cooperação do BRICS.
Na condição de primeiro banco multilateral de desenvolvimento criado por economias emergentes, o NDB oferece apoio financeiro para o desenvolvimento de infraestrutura, energia limpa, proteção ambiental e construção de infraestrutura cibernética nos países membros do BRICS. Até o final de 2023, o banco havia aprovado 105 projetos em todos os países membros por aproximadamente US$ 35 bilhões.
O NDB atua como uma grande plataforma de cooperação internacional que transcende as fronteiras territoriais, o que não apenas amplifica as vozes dos países membros do BRICS, mas também representa as aspirações compartilhadas por outras nações, disse recentemente Dilma Rousseff, presidente do NDB, à mídia.
A China tem se comprometido a aprofundar a cooperação mutuamente benéfica com seus parceiros do BRICS. No primeiro trimestre deste ano, o comércio entre a China e os países do BRICS atingiu 1,49 trilhão de yuans (cerca de US$ 209,7 bilhões), um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior, segundo as autoridades alfandegárias.
Ronnie Lins, diretor executivo do Centro de Pesquisa e Negócios Brasil-China, afirmou que a China têm um papel decisivo na formação de consenso entre os países do BRICS, na promoção da coordenação e cooperação e no avanço de uma agenda comum.
Não é um clube fechado
A abertura e a inclusão continuam sendo o compromisso permanente dos países membros do BRICS desde os primórdios do mecanismo. Xi enfatizou várias vezes que os países membros do BRICS não se reúnem em um clube fechado ou em um círculo exclusivo.
Em uma reunião em Xiamen em 2017, o presidente chinês apresentou o programa "BRICS Plus", incentivando a participação de outros mercados emergentes e nações em desenvolvimento.
Em 1º de janeiro de 2024, o Egito, a Etiópia, o Irã, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos se tornaram membros do BRICS, juntando-se ao Brasil, à Rússia, à Índia, à China e à África do Sul, dando início oficial a uma maior cooperação entre os integrantes do BRICS.
Mais de 30 nações já se candidataram formalmente ou manifestaram interesse em participar do grupo, e muitos outros países em desenvolvimento estão buscando uma cooperação mais profunda com o grupo.
Referindo-se à cúpula de Kazan, Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que o BRICS se tornou uma força positiva e estável para o bem nos assuntos internacionais.
Ele disse que a China está pronta para trabalhar com outras partes na busca pelo desenvolvimento constante e sustentado de uma maior cooperação do BRICS, inaugurando uma nova era para que o Sul Global busque força por meio da solidariedade e promova conjuntamente a paz e o desenvolvimento mundiais.
FONTE CGTN
Partilhar este artigo