Marintec South America - 11ª Navalshore: Ausência de políticas federais de incentivo fragilizam potencial da cabotagem no Brasil
Representas da ANAC e da ANTAQ debatem o assunto em seminário sobre a indústria naval realizado no Rio de Janeiro
SÃO PAULO, 1 de agosto de 2014 /PRNewswire/ -- Ainda que enfrente dificuldades operacionais e burocráticas, incluindo o elevado custo dos serviços de praticagem, a movimentação de contêineres no tráfego de cabotagem tem crescido de forma consistente nos últimos anos e a frota de navios porta-contêineres está sendo ampliada e modernizada com capacidade para atender o crescimento da demanda. Esse é o cenário apresentado pelo vice-presidente executivo da ABAC (Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem), André Mello.
Segundo ele, o principal custo operacional no transporte de cabotagem brasileiro é o combustível marítimo, que carece de política federal de incentivo. "Enquanto os modais terrestres têm preços contidos pelo combate à inflação, os fornecimentos marítimos acompanham as flutuações do mercado internacional de petróleo e as variações cambiais", explica Mello.
Apesar da falta de apoio governamental, o vice-presidente executivo da ABAC acredita que as empresas brasileiras de navegação estão prontas para atender quaisquer demandas de transporte marítimo de cabotagem. "Nos últimos anos as empresas nacionais do setor responderam prontamente às necessidades adicionais de movimentação de matéria-prima para a indústria nacional e têm disponibilizado novas embarcações para atender o transporte de granéis sólidos e líquidos, bem como carga geral não conteinerizada", destaca.
O representante da ABAC aprofundará o tema durante o painel que discute a cabotagem no Brasil na Marintec South America - 11ª Navalshore, principal evento da indústria naval e offshore, que acontece de 12 a 14 de agosto, no Rio de Janeiro.
Navegação interior - Participante do mesmo painel, que aprofundará questões do desenvolvimento das hidrovias nacionais para atender às demandas logísticas do país, o diretor da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Fernando Fonseca, destaca as vantagens da navegação interior. "Esse é o modal, em nível ambiental, que apresenta maior sustentabilidade. Produz menos avarias e mais redução de custos para os usuários, principalmente quando se transporta cargas de baixo valor agregado por longas distâncias", explica.
Embora apresente desafios logísticos, como a dificuldade para escoamento da produção de regiões distantes dos principais portos do país, repercutindo nos custos de transporte, "a navegação interior é importante para diminuir o Custo Brasil na indústria naval, já que é mais vantajosa tanto sob a ótica ambiental, quanto econômica", finaliza Fonseca.
Atendimento à imprensa
Tatiana Paiva - [email protected]
FONTE Navalshore
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