Estudo observacional pós-ensaio ADVANCE-ON: Resultados do segmento de Pressão Arterial e do segmento de Glicose
Reduções da insuficiência renal que foram obtidas durante controle intensivo da glicose persistem por vários anos em pessoas com diabetes tipo 2
"Tratamento intensivo provavelmente produz grandes benefícios a longo prazo para os rins".
VIENA, 19 de setembro de 2014 /PRNewswire/ -- Pesquisadores australianos descobriram que o controle intensivo da glicose em pacientes com diabetes tipo 2 leva a reduções persistentes da insuficiência renal muitos anos após a volta para os cuidados habituais.
O estudo global descobriu que, cinco anos e meio após a conclusão de um regime intensivo para baixar o nível de glicose com base na gliclazida MR, os pacientes com diabetes tipo 2 continuaram a ter um risco bem mais baixo de insuficiência renal que requer diálise ou transplante e não experimentaram qualquer aumento ou diminuição dos riscos de morte ou doença cardiovascular.
O estudo, denominado ADVANCE-ON, foi dirigido pelo Instituto George para a Saúde Global (The George Institute for Global Health) e realizado em 20 países. Ele acompanhou até 8.500 dos mais de 11.000 pacientes que participaram do ensaio ADVANCE que começou em 2001. Foi descoberto que, anos depois, os pacientes cujos níveis de glicose foram intensivamente diminuídos com um regime de medicação baseado em gliclazida MR e que retornaram aos cuidados habituais, possuem um risco reduzido de insuficiência renal. Eles retornaram aos cuidados habituais em 2008.
Discursando na Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (European Association for the Study of Diabetes) em Viena, a diretora e primeira autora do estudo, Professora Associada Sophia Zoungas, do Instituto George para a Saúde Global da Universidade de Sydney, disse: "As descobertas destacam a importância do controle ativo e efetivo da glicose no sangue para proteção renal em pacientes com diabetes tipo 2".
"Utilizando este regime mais intensivo para diminuição da glicose, você obtém um benefício substancial em termos de proteção renal sem comprometer a segurança cardíaca".
"O tratamento intensivo provavelmente produziu grandes benefícios a longo prazo para os rins".
O Investigador Principal, Professor John Chalmers, disse: "Este estudo acrescenta informações significativas às outras descobertas do ensaio ADVANCE-ON para pacientes com diabetes".
As outras descobertas, do segmento de pressão arterial do ensaio ADVANCE-ON, foram apresentadas no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (European Cardiology Society Congress), em Barcelona há duas semanas e foram também reapresentados na Associação Europeia para o Estudo da Diabetes, em Viena, pelo Prof. Chalmers.
"O estudo sobre a pressão arterial demonstrou benefícios persistentes, porém decrescentes na morte por todas as causas e por eventos cardíacos, com uma clara recomendação de que o controle ativo da pressão arterial, utilizando perindopril e indapamida, deve ser mantido tanto a curto quanto a longo prazo".
Estima-se que, em todo o mundo, 382 milhões de pessoas têm diabetes. Cerca de 90 por cento destas pessoas têm diabetes tipo 2, com a diabetes liderando as causas das doenças renais.
A diabetes causa doenças cardíacas, cegueira, insuficiência renal, amputação de membros e AVC e é uma das dez principais causas de morte. Cabe destacar que, entre estas graves complicações, a insuficiência renal em estágio final demonstrou a menor melhoria durante os últimos 20 anos.
O ensaio ADVANCE foi financiado pelo Conselho Nacional de Saúde e Pesquisas Médicas (NHMRC - National Health and Medical Research Council) da Austrália, pela Fundação Britânica do Coração (British Heart Foundation), pela Diabetes UK e pela Servier.
Sobre o Instituto George para a Saúde Global
O Instituto George para a Saúde Global (The George Institute for Global Health) está melhorando a vida de milhões de pessoas em todo o mundo através de inovadoras pesquisas de saúde. Trabalhando em um amplo cenário de saúde, o Instituto realiza pesquisas clínicas, populacionais e de sistemas de saúde com o objetivo de mudar as práticas e políticas de saúde em todo o mundo. O Instituto possui uma rede global de especialistas médicos e do setor de saúde que trabalham juntos para tratar das principais causas de morte e invalidez em todo o mundo. Estabelecido na Austrália e afiliado à Universidade de Sydney, o Instituto atualmente também possui escritórios na China, Índia e no Reino Unido e também é afiliado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Pequim, à Universidade de Hyderabad e à Universidade de Oxford.
O Instituto George prioriza as pesquisas clínicas e de saúde da população que produzem resultados que são facilmente postos em prática e que realizam mudanças verdadeiras, dentro de um curto período de tempo, na política e nas práticas de saúde. O Instituto foi classificado entre os 10 principais institutos globais pelo impacto causado durante os últimos anos e suas pesquisas resultaram em mudanças nas orientações médicas e nas maneiras de pensar sobre alguns dos tratamentos médicos mais comuns em todo o mundo. Os exemplos incluem um novo tratamento para o AVC, mostrando que a diminuição da pressão arterial reduz o risco de doença cardiovascular em pessoas com diabetes e fornecendo opções mais seguras de fluídos para pacientes em unidades de terapia intensiva. O desenvolvimento de melhores métodos para o fornecimento de cuidados com a saúde é uma prioridade do Instituto.
CONSULTAS DA MÍDIA
Ellie Martel, Assessoria de Imprensa da Austrália
The George Institute for Global Health
Tel: +61-410-411-983
E-mail: [email protected]
FONTE The George Institute for Global Health
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