Reportagem da Nanfang Media: China impulsiona planos diretores para estimular as economias de Hong Kong e de Macau
GUANGZHOU, China, 20 de setembro de 2021 /PRNewswire/ -- Em 17 de setembro, foram inauguradas os órgãos administrativos da zona de cooperação aprofundada Guangdong-Macau. Trata-se de um passo sem precedentes para envolver uma região administrativa especial (SAR) no governo de uma área na China Continental, segundo um relatório do Nanfang Media Group.
Isso está alinhado com os planos da China de desenvolver uma zona de cooperação Guangdong-Macau em Hengqin e desenvolver ainda mais uma zona de cooperação Shenzhen-Hong Kong em Qianhai, que foi emitida nos dias 5 e 6 de setembro, com o objetivo de disponibilizar mais espaço para impulsionar o desenvolvimento de Hong Kong e Macau.
Novo sistema para promover o desenvolvimento integrado de Guangdong-Macau
Hengqin está localizada na cidade de Zhuhai, em Guangdong, próxima a Macau, e abrange uma área de 106 quilômetros quadrados, três vezes o tamanho de Macau.
Criada em 2009, a área está planejada para oferecer a Macau um novo espaço para o desenvolvimento econômico. Até agora, no entanto, o desenvolvimento de Hengqin tem sido conduzido principalmente por Zhuhai, apesar de sua missão de servir Macau.
De acordo com o plano, o comitê de gestão coliderado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador de Guangdong, tomará decisões em conjunto sobre os principais planejamentos, políticas, projetos e providências envolvendo recursos humanos, enquanto o comitê executivo ficará a cargo da gestão da economia da zona e do bem-estar das pessoas.
A partir de sexta-feira, os proprietários de veículos de Macau que desejarem circular em Hengqin podem concluir o processo de solicitação de licença em Macau. Algumas empresas obtiveram o primeiro lote de licenças comerciais e um grupo de médicos de Hong Kong e Macau foi certificado para trabalhar na zona.
"O novo modelo mobilizará Macau para participar do desenvolvimento de Hengqin", disse Wang Fuqiang, do Centro de Intercâmbio Econômico Internacional da China. Ele complementou que "também será promovido um ambiente integrado mais adequado para as empresas de Macau e mais favorável para os residentes de Macau."
Além disso, o plano de Hengqin indica que será dada prioridade aos setores de saúde, finanças modernas, alta tecnologia, exposições e comércio, além de cultura e esportes. Os setores e empresas elegíveis na zona poderão beneficiar-se de uma alíquota tributária reduzida de 15% sobre o imposto de renda empresarial.
Guo Wanda, vice-presidente executivo do Instituto de Desenvolvimento da China, afirmou: "A zona de cooperação manterá a distinção de Macau por meio do desenvolvimento de seus setores exclusivos, como a medicina tradicional chinesa (TCM), turismo e convenções. O objetivo é diversificar a economia de Macau que, até recentemente, era muito dependente do setor de jogos de azar e vulnerável aos riscos externos."
Guo Wanda destacou que as universidades de Macau e seus principais laboratórios estatais têm feito pesquisas em áreas como circuitos integrados, novos materiais e biomedicina.
"Embora não sejam necessariamente setores competitivos de Macau, será um impulso para a pesquisa científica e tecnológica e para a manufatura de ponta por meio da cooperação com outras cidades da área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau", disse Guo.
Qianhai expandiu-se para enfrentar os problemas econômicos de Hong Kong
De acordo com o plano de Qianhai, a zona de cooperação Shenzhen-Hong Kong será expandida oito vezes para 120 quilômetros quadrados, dos 14 quilômetros quadrados atuais. A zona está sendo considerada uma oportunidade para Hong Kong enfrentar determinados problemas econômicos atribuídos ao espaço limitado.
As estatísticas indicam um total de 11.500 empresas oriundas de investimentos de Hong Kong registradas em Qianhai, uma área localizada em Shenzhen vizinha a Hong Kong, e 22,6 bilhões de dólares em investimentos de Hong Kong empregados em Qianhai até o momento.
Cong Liang, vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, afirmou: "Um grande número de prestadores de serviços modernos de Hong Kong entrou no mercado chinês por meio de Qianhai, mas sua necessidade está longe de ser atendida. A expansão de Qianhai não só oferece mais espaço, mas envolve mais categorias do setor para dar plena importância à superioridade de Hong Kong."
Qin Weizhong, prefeito de Shenzhen, acrescentou que a cidade garantirá um terço de seu terreno industrial recém-transferido para atender à demanda de empresas financiadas por Hong Kong.
"Observando esses planos, podemos afirmar que o governo central tem se preocupado com o desenvolvimento de Hong Kong e Macau", disse Allan Zeman, presidente do LanKwai Fong Group, uma empresa sediada em Hong Kong envolvida em diversos setores.
"Esses planos impulsionarão a economia de Guangdong, Hong Kong e Macau e oferecerão mais oportunidades de emprego aos jovens. Está na hora de melhorar a conexão entre Hong Kong, Macau e outras cidades da Grande Baía", disse ele.
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FONTE Nanfang Media Group
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