Poupança para pessoas de baixa renda é um bom negócio, CGAP
Estudo revolucionário mostra o potencial das instituições de microfinanças de atenderem pequenos poupadores com lucro através de vendas cruzadas, tarifas e uso de novas tecnologias.
Muitas instituições de microfinanças já estão atendendo pequenos poupadores com lucro e muitas outras poderiam fazer o mesmo, afirmou o autor de um estudo revolucionário sobre o caso empresarial para pequenos poupadores.
WASHINGTON, 7 de outubro /PRNewswire/ -- Os pesquisadores da CGAP Glenn Westley e Xavier Martin Palomas tiveram acesso completo aos livros fiscais de 2008 de duas instituições de microfinanças que oferecem poupança para clientes de baixa renda – o ADOPEM na República Dominicana e o Centenary Bank na Uganda. Eles concluíram que as contas de poupança são um produto de custo muito alto para as instituições de microfinanças oferecerem, mas que podem, apesar disto, gerar lucros altos através de vendas cruzadas de financiamentos e outros produtos para pequenos poupadores e pelas tarifas geradas pelas contas de poupança.
"O caso empresarial para atender os pequenos poupadores é irresistível", disse o escritor Glenn Westley. "Identificamos a vasta gama de maneiras nas quais estas instituições estão usando contas com saldo baixo para gerar lucros. Acreditamos que muitas instituições de microfinanças já estão atendendo pequenos poupadores com lucratividade e a evidência mostra que muitas outras poderiam fazer o mesmo também".
As receitas dos poupadores com saldo baixo são substanciais: 400% dos saldos de depósitos no Centenary e mais de 1000% no ADOPEM. Sem os pequenos poupadores, disse o estudo, Existe um Caso Empresarial para os Pequenos Poupadores?, estas duas instituições altamente lucrativas perderiam cerca de 30% do total dos seus lucros.
Um dos problemas que a maioria das pessoas de baixa renda enfrentam não é apenas a falta de dinheiro, mas uma renda irregular e imprevisível. Os serviços de depósitos podem ter um grande efeito benéfico para ajudar a equilibrar as baixas e altas e garantir que as famílias tenham acesso a poupança para pagarem prestações escolares ou casos de emergência. E mesmo assim as micropoupanças não tiveram o mesmo êxito que os microcréditos tiveram nas últimas décadas.
Uma das razões de as micropoupanças terem tido uma atuação fraca apesar de amplo reconhecimento, em toda a indústria de microfinanças, dos benefícios consideráveis de consumo regular que oferece, é simples economia. Os serviços de depósitos são caros para as instituições de microfinanças e é difícil conseguir lucro de clientes que fazem inúmeros pequenos depósitos sem maciçamente minimizar os custos das transações. Este novo estudo é importante, pois mostra que as instituições de microfinanças podem integrar os serviços de poupança como parte de uma oferta de serviço em geral e que ao fazê-lo os serviços de depósito podem mais do que cobrir os seus altos custos operacionais, obtendo lucros altamente substanciais para as instituições.
Em ambas as instituições que foram estudadas para realizar este estudo, os produtos de venda cruzada de financiamentos e transferência de dinheiro para pequenos poupadores foram substanciais. No ADOPEM há um alto índice de venda cruzada de financiamentos para pequenos poupadores com cerca de três quartos deles também fazendo financiamentos imprevisíveis, enquanto que o Centenary Bank gerou a maioria dos seus lucros através de tarifas cobradas em contas com baixo saldo (uma cobrança mensal de US$ 0,56 apenas nas contas de poupança representou 32% de todos os lucros do pequeno poupador) e por oferecer uma vasta gama de produtos de transferência de dinheiro (representando 16% de todos os lucros dos pequenos poupadores). O Centenary também faz uso substancial de ATMs para atrair e manter os clientes, aumentar os índices de poupança e minimizar os custos.
"Este uso de ATMs", disse Westley, "aponta para o potencial ainda maior de reduzir os custos das transações e aumentar os saldos dos depósitos alavancando tecnologias tais como telefones móveis e ponto de dispositivos de vendas que permitem oferecer serviços fora das agências bancárias de alto custo de operação".
Para fazer o download do estudo favor acessar:
http://www.cgap.org/gm/document-1.9.47356/OP_18_Rev.pdf
FONTE CGAP
FONTE CGAP
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