PAC-PME: Propostas para destravar competitividade e empreendedorismo no Brasil
SÃO PAULO, 2 de abril de 2013 /PRNewswire/ -- A competitividade no Brasil continua estagnada. O índice de competitividade das nações medido pela FIESP mostra o Brasil em 37º lugar (de 43 países) em 2011, mesma posição de 2008/2009 e apenas duas posições melhor do que em 2001 (quando era 39º no ranking). Em 2011 a taxa de investimento no Brasil foi de 19% do PIB. Em 2012 essa taxa caiu para 18%; Índia em 34% e China em 48%. Recente pesquisa FIESP mostra investimento na indústria caindo de R$218 bi para R$197 bi, indicativo de redução de 9,5% para 2013. Para dobrar o PIB per capta atual, o país precisaria de taxa anual de investimento de 25% do PIB até 2025. QUESTÃO 1: o que fazer para aumentar investimento privado produtivo e a confiança do empreendedor?
O Brasil possui pouco menos de 600 mil investidores pessoas físicas em ações, o que em termos relativos à população representa 20 vezes menos que a média dos países emergentes e 50 vezes menos que a China. Em 2012 a taxa de poupança brasileira foi de 17% do PIB versus a média global de 24%; China 53%; Índia 34%; e Chile 25%. Pior ainda: além de baixa taxa de poupança, apenas 9% das aplicações em fundos de investimento está em renda variável, comparativamente a uma média mundial de 40%. QUESTÃO 2: como fazer para mudar essa cultura "rentista" do brasileiro (investimentos prioritariamente em renda fixa), construída em décadas de elevada taxa de juros, e aumentar a taxa de poupança?
Apesar de ser a 7ª maior economia mundial, o país possui apenas 353 empresas locais listadas em bolsa de valores, posição insignificante no contexto econômico mundial, atrás inclusive de países como Mongólia e Malásia (o Brasil tem a 26ª bolsa em número de empresas locais listadas). E a situação se agrava: nos últimos cinco anos o número de empresas listadas no mundo cresceu 9%, enquanto o Brasil encolheu 9%. PMEs tem dificuldade de acessar financiamento, tanto pela escassez de oferta, como pelo elevado custo do capital (altas taxas de juros) ou pelas garantias requeridas (não presentes em empresas de tecnologia e serviços). QUESTÃO 3: o que fazer para o Brasil ter um mercado de capitais que possibilite acesso a capital de crescimento para pequenas e médias empresas (PMEs), criando assim oportunidade para que elas possam ser as grandes empresas de amanhã?
Não existe uma resposta única às questões 1, 2 e 3 acima. Mas, sem dúvida, uma solução eficiente transcende um mero incentivo ao desenvolvimento de investidores de PMEs no mercado de capitais. Sem uma mobilização nacional em educação (para empreendedores e para investidores), que contemple federações de empresas, entidades de mercado e centrais sindicais, como também uma política objetiva e pontual do Governo, dificilmente o Brasil conseguirá mudar essa situação nos próximos 10 anos.
EMPREENDEDORISMO, MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE E PORTAL EDUCACIONAL
"Falta ao Brasil uma política pública de empreendedorismo. É importante ter um governo que melhore o ambiente de negócios no país. Empreendedores continuam sofrendo com o alto custo de se fazer negócios no Brasil. Temas relacionados ao empreendedorismo deveriam ser inseridos no currículo escolar" (Fiorina Mugione, Diretora da Divisão de Empreendedorismo da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento - Unctad, VEJA, 30/3/2013).
O empreendedorismo no Brasil apesenta as seguintes características: (i) 3ª posição mundial em número de empreendedores, atrás apenas de China e EUA; (ii) 27 milhões é o número de pessoas que trabalham em seu próprio negócio, de acordo com levantamento do Sebrae; e (iii) 76% é a porcentagem de brasileiros que pretendem ter um negócio próprio, segundo pesquisa da Endeavor. Todavia, o fluxo normal de crescimento das startups brasileiras está bloqueado (elas deveriam poder crescer e perpetuar seus negócios por meio de investimento anjo, venture capital, private equity e abertura de capital em bolsa). Inexiste mercado de acesso a PMEs em bolsa no país (um ciclo vicioso), muito diferente da realidade de China e de EUA, onde existem alternativas para entrada e saída de capital produtivo (inclusive com mercados específicos para PMEs): nos EUA tem-se NYSE Euronext, Nasdaq, Direct Edge, OTCQX e BATS, enquanto na China tem-se Shanghai e Shenzhen, isso sem contar com a vizinha bolsa de Hong Kong. São raríssimos os casos de PMEs que acessam capital na bolsa brasileira e, portanto, acabam optando por saídas via fusão e aquisição, ou venda a um grupo estratégico grande, terminando assim seu ciclo de vida.
Uma iniciativa educacional preliminarmente batizada de PAC-PME - Programa de Aceleração do Crescimento para Pequenas e Médias Empresas (www.pacpme.com.br), foi desenvolvida em caráter pro-bono e conta atualmente com 67 integrantes em seu grupo de trabalho e apoio, sendo 15 intermediários financeiros, 18 consultores legais, 9 auditorias e 25 entidades e associações. Dentre as entidades e associações incluem-se: ACSP - Associação Comercial de São Paulo, ANCORD, ANEFAC, ATS Brasil (NYSE Technologies), CIETEC, Direct Edge, EXAME PME, FecomercioSP, FIESP, Força Sindical, IBEF-SP, Instituto da Economia Criativa, Jardim Botânico Investimentos, Movimento Brasil Competitivo - MBC, e Movimento Brasil Eficiente - MBE.
O PAC-PME é um portal completo de soluções empresariais, a qual disponibiliza seis diferentes recursos de maneira simples e descomplicada: educacional, capital de crescimento, presença digital, competitividade, show room de PMEs e investidores. Com esse Portal, pequenas e médias empresas passam a ter mais um canal de promoção de desenvolvimento e emancipação empreendedora.
Conheça mais na plataforma educacional e no vídeo do PAC-PME e engaje-se você também. Quanto maior a mobilização, maior a probabilidade de sensibilizar o Governo.
PROPOSTAS SIMPLES PARA CONSIDERAÇÃO DO GOVERNO E RESULTADOS ESPERADOS
"Daremos integral prioridade às pequenas e médias empresas e ao empreendedorismo" (Dilma Rousseff, Valor Econômico, 17/11/2012).
Para o PAC-PME acontecer, haja vista a mobilização para educação que já conta com 67 integrantes, são sugeridas duas ações simples e objetivas ao Governo. Tais propostas são no sentido de criar condições para PMEs acessarem capital de crescimento e destravar o ciclo vicioso mencionado acima: (i) um incentivo ao empreendedor que se formalizar e decidir abrir seu capital em bolsa; e (ii) um incentivo para investidores que decidirem comprar ações de PMEs.
Caso operacionalizado pelo Governo, os resultados do PAC-PME nos próximos cinco anos seriam significativos, com destaque para:
- R$84 bilhões de investimento privado produtivo em setor real da economia brasileira (cresceria taxa de investimento e cresceria taxa de poupança como % do PIB);
- R$10 bilhões em arrecadação adicional ao Governo;
- Geração de mais de 1,1 milhão de novos empregos formais (modelo BNDES conservador);
- Maior produtividade e sustentabilidade de PMEs brasileiras (segmento que responde por 60% do emprego);
- Permite implantação de programas de opção de ações aos trabalhadores (oportunidade de criação e compartilhamento de riqueza);
- Formalização de cadeias produtivas e descentralização setorial;
- Favorece o empreendedorismo e a inovação; e
- Contribui com o crescimento sustentado do PIB (com aumento da pauta de exportação por PMEs).
Ou seja, o PAC-PME consubstancia propostas simples e concretas para destravar a competitividade e o empreendedorismo no Brasil, onde a mobilização da sociedade brasileira já é uma realidade. Se operacionalizado pelo Governo, o PAC-PME poderia ser o 4º maior PAC em volume de recursos (investimentos privados), atrás apenas dos PACs de energia (1º), habitação (2º) e transporte (3º).
Conheça mais na plataforma educacional e no projeto completo do PAC-PME (ações propostas ao Governo e justificativas).
Para mais informações:
PAC-PME
[email protected]
Tel.: (11) 3529-3777
FONTE PAC-PME
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