Os milionários estão se mudando novamente: os Emirados Árabes Unidos são o lugar de escolha, enquanto a Rússia é a maior perdedora
LONDRES, 13 de junho de 2022 /PRNewswire/ -- Um tsunami de capital privado deixou a Rússia e a Ucrânia, o Reino Unido perdeu sua coroa de centro de riqueza e os EUA estão perdendo o status de ímã para os ricos do mundo, com a expectativa de que os Emirados Árabes Unidos o ultrapassem atraindo as maiores entradas líquidas de milionários globalmente em 2022, de acordo com o mais recente Henley Global Citizens Report , que acompanha as tendências de riqueza privada e de migração de investimentos em todo o mundo.
O relatório do segundo trimestre divulgado hoje pela empresa de consultoria de residência e cidadania por investimento Henley & Partners apresenta exclusivamente as últimas projeções de 2022 de entradas e saídas líquidas de milionários em dólares americanos (ou seja, a diferença entre o número de indivíduos com alto poder adquisitivo (HNWIs) que se mudam e o número que emigra de um país) conforme previsto pelo New World Wealth.
Como esperado, a Rússia sofreu a maior emigração de milionários nos últimos seis meses, com saídas líquidas previstas de 15 mil indivíduos até o final de 2022, representando uma enorme fatia de 15% de sua população de HNWIs e 9.500 a mais do que em 2019, no período pré-pandemia. Por sua vez, a invasão da Rússia está impulsionando um aumento acentuado na saída de HNWIs da Ucrânia, que deverá sofrer sua maior perda líquida na história do país — 2.800 milionários (42% de sua população de HNWIs) e uma perda líquida de 2.400 a mais de 2019. Nenhum número específico de um país está disponível para 2020 e 2021 devido aos lockdowns e restrições de viagem relacionadas à Covid.
Os números projetados no painel de migração de patrimônio privado da Henley mostram que os dez primeiros países para entradas líquidas de HNWIs em 2022 serão Emirados Árabes Unidos, Austrália, Singapura, Israel, Suíça, EUA, Portugal, Grécia, Canadá e Nova Zelândia. Estima-se também que um grande número de milionários migre para "os três Ms": Malta, Ilhas Maurício e Mônaco. Por outro lado, os dez países com as maiores saídas líquidas deverão ser Rússia, China, Índia, Hong Kong, Ucrânia, Brasil, Reino Unido, México, Arábia Saudita e Indonésia.
O Dr. Juerg Steffen , CEO da Henley & Partners , declarou que, até o final do ano, estima-se que 88 mil milionários terão se mudado para novos países, 22 mil a menos do que no período pré-pandemia em 2019. "No próximo ano (2023), estão previstos os maiores fluxos de migração de milionários já registrados — 125 mil — à medida que investidores ricos e suas famílias se preparam seriamente para a nova ordem mundial pós-Covid."
De acordo com os dados mais recentes, o Reino Unido, antes considerado o centro financeiro do mundo, continua a testemunhar uma perda constante de milionários, com 1.500 saídas líquidas previstas para 2022. Essa tendência começou há cinco anos com a votação do Brexit, e estima-se que o Reino Unido tenha sofrido uma perda líquida total de aproximadamente 12 mil milionários desde 2017.
Os Estados Unidos também são notavelmente menos populares entre os milionários migrantes, em parte devido à ameaça de impostos mais altos. O país ainda atrai mais HNWIs do que perde para a emigração, com entrada líquida de 1.500 pessoas projetada para 2022, embora esta seja uma impressionante queda de 86% em relação aos níveis de 2019, que registraram uma entrada líquida de 10.800 milionários.
Em contrapartida, os Emirados Árabes Unidos tornaram-se foco de intenso interesse entre investidores abastados e estima-se que haverá a maior entrada líquida de HNWIs em todo o mundo em 2022, com previsão de quatro mil indivíduos — um aumento dramático de 208% em comparação com a entrada líquida de 1.300 em 2019 e um de seus maiores registros.
Ao comentar no Henley Global Citizens Report , a premiada jornalista Misha Glenny afirmou que os russos abastados estão migrando em grande número para os Emirados Árabes Unidos e Israel. "Bem antes da imposição de sanções ao sistema bancário russo, houve um tsunami de capital deixando o país, em grande parte impulsionado pelo estilo de governança cada vez mais peculiar do presidente Vladimir Putin e suas demandas de fidelidade feitas aos russos de classe média e ricos."
O Prof. Trevor Williams , ex-economista-chefe do Lloyds Bank Commercial, afirma que a estimativa que haja um boom das economias emergentes na próxima década. "O número de HNWIs no Sri Lanka deverão aumentar 90% até 2031, enquanto o crescimento de milionários na Índia e nas Ilhas Maurício deverá ser de 80%, e na China de 50%, em comparação com apenas 20% nos EUA e 10% na França, Alemanha, Itália e Reino Unido."
Leia o comunicado de imprensa completo
FONTE Henley & Partners
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