SEATTLE, 24 de junho de 2020 /PRNewswire/ -- Em suas primeiras projeções comparando diferentes medidas para controlar a transmissão do COVID-19, o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington prevê que 166.362 pessoas irão morrer no Brasil até 1o de Outubro. A estimativa pressupõe que autoridades estaduais e federais brasileiras implementarão ou manterão medidas de isolamento social quando as mortes diárias em cada estado atingirem 8 por cada um milhão de pessoas.
O IHME agora compara essa estmativa a dois cenários alternativos: naquele em que o Brasil continua a afrouxar as medidas de distanicamento social, o número de mortos pelo COVID-19 poderia subir para 340.476, sugerindo que pelo menos outras 174.100 vidas podem também ser perdidas.
"O Brasil está em um momento difícil" diz o diretor do IHME Dr. Christopher Murray. "A menos que e até que o governo tome medidas sustentadas para diminuir a transmissão, o país continuará com sua trágica trajetória ascendente de infeções e mortes. Além disso, estando no Hemisfério Sul, esperamos que a sazonalidade agrave a situação, particularmente nos estados da região sul."
A previsão para o Brasil e outros países da América Latina estima o número de mortes pelo vírus caso medidas de distanciamento social sejam implementadas pelos países por seis semanas, a partir do momento em que as mortes atingirem 8 por cada um milhão de pessoas, e compara esse cenário à situação onde nenhuma ação é tomada.
Se o uso de máscara for aumentado para 95%, por exemplo por meio de mandatos impostos, o número de mortes poderá ser reduzido para 147.431.
As previsões por estado com ("Referência") e sem ("Pior cenário") medidas de distanciamento social são:
- Acre: Referência 813 (variação de 515 a 1.226) / Pior cenário 1.234 (variação de 678 a 1.852)
- Alagoas: 2.992 (variação de 1.927 a 4.779) / 3.386 (variação de 2.053 a 5.773)
- Amapá: 910 (variação de 594 a 1.339) / 1.060 (variação de 631 a 1.601)
- Amazonas: 4.274 (variação de 3.425 a 5.333) / 4.274 (variação de 3.425 a 5.333)
- Bahia: 9.762 (variação de 4.276 a 20.144) / 20.204 (variação de 6.476 a 44.045)
- Ceará: 7.896 (variação de 6.459 a 10.292) / 9.681 (variação de 6.652 a 15.105)
- Distrito Federal: 1.997 (variação de 1.369 a 3.002) / 4.636 (variação de 2.946 a 6.747)
- Espírito Santo: 3.890 (variação de 2.960 a 5.044) / 6.436 (variação de 4.490 a 8.724)
- Goiás: 4.319 (variação de 1.245 a 11.072) / 14.198 (variação de 3.821 a 24.696)
- Maranhão: 4.001 (variação de 2.771 a 6.614) / 4.001 (variação de 2.771 a 6.614)
- Mato Grosso: 3.418 (variação de 1.801 a 5.552) / 7.135 (variação de 3.978 a 9.968)
- Mato Grosso do Sul: 1.709 (variação de 185 a 6.023) / 5.140 (variação de 369 a 11.440)
- Minas Gerais: 14.952 (variação de 4.847 a 34.635) / 48.141 (variação de 13.274 a 94.169)
- Pará: 6.550 (variação de 5.572 a 8.024) / 6.550 (variação de 5.572 a 8.024)
- Paraíba: 3.175 (variação de 1.621 a 5.630) / 5.974 (variação de 2.185 a 12.156)
- Paraná: 7.810 (variação de 2.273 a 19.310) / 21.180 (variação de 5.088 a 42.398)
- Pernambuco: 10.333 (variação de 7.514 a 15.486) / 12.186 (variação de 8.215 a 19.741)
- Piaui: 2.431 (variação de 1.599 a 3.578) / 7.535 (variação de 4.018 a 11.858)
- Rio de Janeiro: 19.141 (variação de 13.893 a 29.258) / 44.221 (variação de 24.907 a 70.160)
- Rio Grande do Norte: 3.245 (variação de 1.045 a 9.063) / 5.674 (variação de 1.200 a 13.394)
- Rio Grande do Sul: 6.595 (variação de 1.829 a 19.746) / 11.505 (variação de 2.525 a 34.684)
- Rondônia: 1.337 (variação de 760 a 2.289) / 1.337 (variação de 760 a 2.289)
- Roraima: 497 (variação de 341 a 770) / 866 (variação de 435 a 1.243)
- Santa Catarina: 3.424 (variação de 672 a 11.909) / 3.824 (variação de 706 a 13.607)
- São Paulo: 36.914 (variação de 23.948 a 56.506) / 81.830 (variação de 40.829 a 135.270)
- Sergipe: 3.000 (variação de 1.789 a 4.863) / 6.247 (variação de 4.126 a 8.100)
- Tocantins: 976 (variação de 432 a 1.972) / 2.022 (variação de 631 a 4.040)
As novas projeções refletem o crescimento da epidemia em todo o América Latina. No México, 88.160 mortes (variação de 67.967 a 120.023) são esperadas até 1o de Outubro se medidas de distanciamento social forem adotadas. Na Colômbia, o total é de 35.314 mortes (variação de 14.640 a 81.942), e no Perú são previstas 36.210 mortes (variação de 28.145 a 48.617).
Alguns países estão enfrentando crescentes epidemias apesar das medidas de controle, o que pode indicar que as políticas de distanciamento social não estão sendo seguidas ou que a sazonalidade associada ao inverno no Hemisfério Sul é poderosa o suficiente para manter a transmissão em alta.
As novas projeções de mortes e outras informações estão disponíveis em: https://covid19.healthdata.org.
Uma nota de agradecimento
Desejamos agradecer calorosamente o apoio desses e de outros que tornaram possíveis nossos esforços para gerar as estimativas do COVID-19: ACAPS; Associação Americana de Hospitais; Fundação Bill e Melinda Gates; Escola de Governo Blavatnik, Universidade de Oxford; Bloomberg Philanthropies; Boston Children's/Health Map; Fundação de Assistência Médica da Califórnia; Universidade Carnegie Mellon; Christopher Adolph e colegas do Departamento de Ciência Política da Universidade de Washington; Descartes Labs; Facebook Data for Good; Google Labs; John Stanton & Theresa Gillespie; Julie & Erik Nordstrom; Fundação da Família Kaiser; Fundação Medtronic; IA Microsoft para Saúde; Instituto Nacional de Saúde Minoritária e Disparidades em Saúde (NIMHD) nos Institutos Nacionais de Saúde (NIH); Fundação Nacional de Ciências; Our World in Data; Premise; Qumulo; Real Time Medical Systems; Redapt; SafeGraph; O Projeto de rastreamento do COVID; Universidade Johns Hopkins; Fundação do Kuwait para o Avanço das Ciências (KFAS); O jornal New York Times; UNESCO; Universidade de Maryland; Instituto de Estudos Avançados das Américas da Universidade de Miami (Felicia Knaul e Michael Touchton); Wellcome Trust; Organização Mundial de Saúde; e, finalmente, os vários Ministérios da Saúde e Saúde Pública em todo o mundo, colaboradores e parceiros por seus incansáveis esforços de coleta de dados. Obrigado.
About the Institute for Health Metrics and Evaluation
O Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) é uma organização global independente de pesquisa em saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington que fornece uma medição rigorosa e comparável dos problemas de saúde mais importantes do mundo e avalia as estratégias usadas para resolvê-los. O IHME está comprometido com a transparência e disponibiliza amplamente essas informações para que os formuladores de políticas tenham as evidências necessárias para tomar decisões informadas sobre a alocação de recursos para melhorar a saúde da população.
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FONTE Institute for Health Metrics and Evaluation
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