Mosquito da Oxitec controla Aedes aegypti em local com alta infestação de dengue
Liberações do mosquito geneticamente modificado da Oxitec, popularmente conhecido como Aedes aegypti do Bem, reduziu a população do mosquito da dengue em um bairro de Juazeiro, Brasil, em 95%, bem abaixo do limiar teórico para a transmissão epidêmica da doença
OXFORD, Inglaterra, 2 de julho de 2015 /PRNewswire/ -- A revista PLOS Neglected Tropical Diseases publicou hoje os resultados de um estudo com mosquitos geneticamente modificados da Oxitec. Os resultados mostraram que, na cidade de Juazeiro, nordeste do Brasil, o mosquito da Oxitec controlou com sucesso o mosquito Aedes aegypti, que transmite os vírus da dengue, da zika, mediante a redução da população-alvo em mais de 90%. Popularmente conhecido no Brasil como Aedes aegypti do Bem, o mosquito da Oxitec diminuiu a população do mosquito da dengue a um nível tão baixo que não seria possível a transmissão epidêmica da doença de acordo com modelos matemáticos1.
Foto - http://photos.prnewswire.com/prnh/20150630/227348
"O fato de o número de Aedes aegypti adultos ter sido reduzido em 95% na área tratada confirma que o mosquito da Oxitec cumpre o seu papel que é de acabar com mosquitos", disse o Dr. Andrew McKemey, chefe de Operações de Campo da Oxitec.
"De acordo com os modelos matemáticos publicados, revisados e recomendados pelo grupo de trabalho sobre dengue da Organização Mundial de Saúde (OMS), ele também reduziria o número de mosquitos que picam, abaixo do limiar de transmissão da doença."
"O próximo passo é fazer estudos ainda maiores para otimizar ainda mais a operação no campo."
O estudo no bairro de Itaberaba, na cidade de Juazeiro, Bahia (Brasil) foi liderado pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Moscamed, uma organização social líder no controle ambientalmente amigável de pragas. A área tratada incluiu uma população de aproximadamente 1.800 pessoas.
Como funciona
Esse método de controle é espécie-específico . Os mosquitos machos da Oxitec são liberados no ambiente para copular com as fêmeas do Aedes aegypti selvagem e seus descendentes morrem devido a um gene auto-limitante antes que possam se reproduzir e se tornar transmissores de doenças. Os mosquitos da Oxitec também carregam um marcador colorido para o monitoramento, e, juntamente com seus genes, não persistem no meio ambiente.
Controle do mosquito no Brasil
"O Aedes aegypti éi uma espécie invasora no Brasil e as doenças por ele transmitidas são verdadeiros desafios. Ele está desenvolvendo resistência aos inseticidas e, até mesmo quando removemos seus criadouros, eles continuam a se reproduzir e transmitir doenças por viverem em áreas de difícil tratamento. É por isso que precisamos de novas ferramentas. Sabíamos que o mosquito da Oxitec era uma ferramenta promissora, por isso queríamos avaliar de forma independente sua eficácia aqui no Brasil", disse a professora Margareth Capurro da Universidade de São Paulo (USP).
O Brasil está liderando a aplicação de novas abordagens no combate ao mosquito da dengue. Após a aprovação do mosquito da Oxitec pelo Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), a cidade de Piracicaba no Estado de São Paulo começou o primeiro projeto municipal mundial de uso do Aedes aegypti do Bem.
Artigo on-line: http://dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0003864
1 Modelos matemáticos: www.ajtmh.org/content/62/1/11.long
Sobre a Oxitec
A Oxitec é pioneira no uso de engenharia genética para controlar pragas de insetos que propagam doenças e danificam plantações e foi fundada em 2002 como uma spinout da Universidade de Oxford (Reino Unido).
Sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
A dengue, a chikungunya e o vírus zika são doenças debilitantes transmitidas pela picada de um mosquito Aedes infectado. O Aedes aegypti é o principal vetor e, portanto, a prioridade no controle. Atualmente, não há vacina ou medicamento específico para estas doenças. Segundo a OMS, a única maneira de combater a dengue no presente é por meio do controle dos mosquitos que transmitem a doença.
- A dengue causa sintomas graves semelhantes aos da gripe e, em casos extremos, pode ser fatal. Há cerca de 400 milhões de casos de dengue todos os anos e sua incidência aumenta rapidamente em todo o mundo.
- A chikungunya pode causar dor severa do músculo e cãibras e mais de 10% das pessoas podem desenvolver artralgia persistente durante alguns anos após a infecção aguda. O Centro para Controle de Doenças (CDC) dos EUA estima que tenha havido mais de um milhão de casos nas Américas desde 2013.
- O vírus zika pode reagir de forma cruzada com outros vírus estreitamente relacionados. Este vírus se originou na África e vem se propagando pela Ásia. Este ano, ele se propagou para o Brasil e Caribe.
Contato de imprensa: Alessandro Greco +55-21-99802-2989
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Para mais informações: Site: www.oxitec.com.br Facebook: www.facebook.com/oxitecdobrasil Twitter: www.twitter.com/oxitecdobrasil Projeto Piracicaba: www.oxitec.com.br/piracicaba |
FONTE Oxitec Ltd.
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