LAFIS: Setor Público Consolidado tem melhor semestre desde 2015
SÃO PAULO, 31 de julho de 2019 /PRNewswire/ -- O setor público consolidado apresentou déficit primário, ou seja, excluído pagamento de juros, de R$12,7 bilhões em junho, comparativamente a déficit de R$13,5 bilhões no mesmo mês do ano anterior. De acordo com a nota para imprensa do Banco Central, o Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais registraram, na ordem, déficits de R$12,2 bilhões, R$55 milhões e R$439 milhões. No primeiro semestre do ano, o déficit acumulado do setor público foi de R$5,7 bilhões, contra déficit de R$14,4 bilhões no mesmo período de 2018, reforçando a melhora no desempenho observado desde 2017. Em 12 meses, o resultado primário teve leve recuo na passagem de maio para junho, saindo de R$100,3 bilhões para R$99,5 bilhões.
Os juros nominais apropriados por competência alcançaram R$17,4 bilhões em junho, 61% abaixo do observado em junho de 2018; contribuiu para essa redução expressiva o resultado favorável de R$9 bilhões das operações de swap cambial no mês, ante resultado desfavorável de R$7,1 bilhões no mesmo mês do ano passado, além da evolução menos expressiva dos indicadores que indexam a dívida pública. Em 12 meses, os juros nominais atingiram R$357,3 bilhões (5,11% do PIB) ante R$397,2 bilhões (5,95% do PIB) no período equivalente encerrado em junho do ano anterior.
O déficit nominal, que soma o resultado primário ao gasto com juros, por consequência também se reduziu, saindo de 5,95% do PIB em jun/18 para 5,1% no mês passado. A dívida pública, por sua vez, pelo critério bruto, teve leve alta e segue em patamar elevado, atualmente em 78,7%, numa trajetória que vem se deteriorando desde o início da recessão. A despeito de um ritmo menor no crescimento da dívida, a baixa atividade econômica, que se reflete numa arrecadação com fraco desempenho, continua sendo um fator a pesar negativamente. Além disso, o crescimento com as despesas previdenciárias ainda exercem impacto negativo nas contas públicas e, apesar da aprovação da reforma em primeiro turno na Câmara, os efeitos positivos deverão ser sentidos apenas no longo prazo.
Nesse sentido, a Lafis mantém a projeção de um resultado primário negativo para 2019 em R$102 bilhões, consideravelmente abaixo do limite estipulado pelo governo (R$132 bilhões). A redução da taxa de juros observada recentemente é um dos principais fatores a contribuir com a melhora, ainda que lenta, das contas públicas.
Especialista Responsável:
Marcos Henrique: Economista, mestre em economia política pela PUC-SP e doutorando em história econômica – USP. Possui experiência em macroeconomia, com ênfase em financiamento da seguridade social e políticas públicas. Atuou em diversas consultorias na área macro, setorial e contratos de PPP; atualmente é responsável pelos estudos e indicadores ligados ao setor agropecuário na Lafis, além de professor de economia na FMU.
Mais Informações:
Lafis Consultoria – www.lafis.com.br
Caique Rocha – [email protected]
(11) 3257-2952
FONTE Lafis
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