SÃO PAULO, 1 de agosto de 2019 /PRNewswire/ -- De acordo com os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (31/07), a taxa de desocupação no Brasil atingiu 12,0% no resultado consolidado do segundo trimestre de 2019, somando um total de 12,8 milhões de pessoas desocupadas. O resultado representou uma redução de 4,6% em relação ao primeiro trimestre (-621 mil pessoas), mas em relação ao mesmo período do ano passado, não apresentou variação significativa.
Embora desde o primeiro trimestre de 2017 (13,7%) a taxa de desocupação tenha parado de crescer exponencialmente, já se passaram dois anos e a queda esperada da taxa ainda vem acontecendo de forma muito lenta e gradual. Tendo em vista esse movimento tão lento de queda da taxa de desocupação, o medo do desemprego ainda têm sido uma constante entre a população brasileira, variável essa que inibe o consumo das famílias no País.
Somado a isso, cresce a população subutilizada na força de trabalho no País, influenciada pela expansão dos subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, que passou de 27,5 milhões no 2°tri/18 para 28,4 milhões neste trimestre, uma elevação de 923 mil pessoas nessas condições.
De forma específica, o crescimento das pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas atingiu 7,3 milhões neste trimestre, um crescimento de 13,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e um incremento de 892 mil pessoas, e uma alta de 8,7% em relação ao primeiro trimestre.
Neste trimestre, o volume de pessoas desalentadas atingiu 4,9 milhões, e ficou estatisticamente estável, tanto em relação ao 1°tri, como em relação ao mesmo período do ano passado, o que é um bom sinal. O desalento compreende as pessoas que, embora estejam desempregas, acabaram por esmorecer na busca por emprego, uma vez que são consideradas população fora da força de trabalho, mas um subgrupo da força de trabalho potencial. Esse movimento é expressão de diversas variáveis, entre elas, a dificuldade de reinserção no mercado de trabalho, principalmente pela população de menor qualificação, o que leva à desistência da procura contínua.
Em suma, a taxa de desocupação no Brasil ainda deve continuar com um ritmo lento de queda, com uma notável tendência de crescimento da subocupação no País.
A partir dessas observações e a despeito da qualidade do trabalho, a Lafis estima uma tendência de estabilidade da taxa de desocupação em 2019 para o mercado de trabalho brasileiro, findando o ano em 12,0%, 0,3 pontos percentuais abaixo da taxa observada em 2018. Vale ressaltar que em junho a Lafis revisou as suas perspectivas macroeconômicas para 2019, e assim como os demais indicadores, a taxa de desocupação apresentou uma piora nas estimativas, uma vez que, até maio, a perspectiva era de que a taxa terminasse o ano em 11,8%.
Especialista Responsável:
Lais Soares: Economista, mestre em Economia Política pela PUC-SP, com ênfase em economia do trabalho. Iniciou as atividades na Lafis em 2013. Atua como Especialista da Indústria, canalizando esforços para o desenvolvimento e processamento de pesquisas quantitativas/qualitativas relacionadas aos mais variados setores – indústria automobilística, bebidas, calçados, têxteis e confecções, entre outros
Mais Informações:
Lafis Consultoria – www.lafis.com.br
Caique Rocha – [email protected]
(11) 3257-2952
FONTE Lafis
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