LAFIS: Com baixa inflação em dezembro, IPCA fecha abaixo do centro da meta do Banco Central
SAO PAULO, 11 de janeiro de 2019 /PRNewswire/ -- De acordo com a divulgação feita pelo IBGE nesta sexta-feira (11/01), o IPCA variou 0,15% no mês de dezembro, revertendo a deflação apresentada no mês anterior (-0,21% em novembro). Vale destacar que o índice deste último mês representou a menor variação para um mês de dezembro desde o início do Plano Real, em 1994, ficando 0,29 p.p abaixo da variação obtida no mesmo mês (dezembro) de 2017 (0,44%).
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Neste sentido, o que se observou, sobretudo a partir do mês de outubro foi a queda da curva inflacionária acumulada em 12 meses, sugerindo que, após o choque ocorrido em junho, que havia levado o IPCA a níveis compatíveis com o centro da meta (4,5% a.a), não houve dinamismo econômico suficiente para que o nível de preços atingisse o centro da meta.
Entre os grupos que apresentaram aceleração inflacionária, Alimentação e bebidas (0,44%) que, com 0,11 p.p. de impacto, foi responsável por quase 3/4 do índice de dezembro. Segundo o próprio IBGE "as maiores pressões vieram dos alimentos para consumo em casa (de 0,34% em novembro para 0,50% em dezembro). Apesar de alguns produtos passarem a custar menos em dezembro, como por exemplo o leite longa vida (-7,73%), o pão francês (-1,31%) e o arroz (-1,19%), outros produtos, também importantes, exerceram pressão contrária, como a cebola (24,03%), a batata-inglesa (20,05%), o feijão-carioca (12,98%), as frutas (3,11%) e as carnes (2,04%). Já a alimentação fora de casa desacelerou entre novembro (0,49%) e dezembro (0,33%).
Por outro lado, os grupos Transportes (-0,54%) e Habitação (-0,15%) apresentaram deflação em dezembro, contribuindo para que o índice geral de preços deste mês fosse tão baixo.
Os principais responsáveis pela queda do grupo dos Transportes (-0,54%) foram os combustíveis (-4,25%), em especial a gasolina (-4,80%), acompanhada pelo óleo diesel (-3,45%) e o etanol (-2,70%), mais do que compensando os impactos da elevação das passagens aéreas no mês - que sofreram alta de 29,12%.
Já no grupo Habitação, a queda de 0,15% se deu em virtude do item energia elétrica (-1,96%), refletindo a mudança na bandeira tarifária, que passou de amarela, em novembro, com a cobrança adicional de R$0,01 para cada kw/h consumido, para verde, em dezembro, sem cobrança.
Assim, este resultado mesal, levou o IPCA consolidado do ano de 2018 (3,75%) a se situar, mais uma vez, abaixo do centro da meta estipulada pelo Banco Central, bem como pouco abaixo das estimativas da Lafis, a qual havia projetado uma inflação de 3,89% para o mesmo período.
[1] Em virtude dos efeitos inflacionários da greve dos caminhoneiros.
Economista Responsável: Felipe Souza.
Economista Chefe. Mestre em Economia pela UNESP Araraquara. Iniciou as atividades na Lafis em 2010, onde é macroeconomista (ênfase em política monetária - inflação e juros), além de ser responsável pelo acompanhamento dos setor de transportes e indústria de base.
Mais Informações:
Lafis Consultoria – www.lafis.com.br
Caique Rocha – [email protected]
(11) 3257-2952
FONTE LAFIS
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