Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG) e a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) se unem à Organização Panamericana de Saúde em Campanha pelo Julho Amarelo. A Meta é Eliminar as Hepatites Virais até 2030
SÃO PAULO, 1 de julho de 2021 /PRNewswire/ -- Com o objetivo de incentivar o diagnóstico de hepatites virais, principalmente B e C, e cumprir a meta de eliminar a doença até 2030, defendida pela OMS/OPAS, o IBRAFIG- Instituto Brasileiro de Estudos do Fígado lança campanha nacional "Não Vamos Deixar Ninguém Para Trás". Segundo a OPAS, cerca de 1 milhão de pessoas morrem por ano no mundo em decorrência das hepatites virais, com 3 milhões de novos infectados ao ano. No Brasil, segundo IBRAFIG, cerca de 1.000.000 pessoas tem hepatites virais e que desconhecem ser portadoras de uma doença silenciosa que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. Juntas, as hepatites B e C respondem por cerca de 74% 1 dos casos notificados de hepatites virais no país - sozinha, a hepatite C é responsável por mais de 76% das mortes das hepatites virais, no período de 2000 a 2018, segundo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2020, o mais recente editado1.
A Hepatite C tem cura e pode ser diagnosticada e tratada pelos serviços públicos de saúde. A hepatite B tem vacina e tratamento com medicações que interrompem a progressão da doença.
"Durante todo o mês de julho, vamos mobilizar toda a sociedade civil e nos unir a grupos que apoiam populações de alto risco, como pessoas em situação de rua ou privadas de liberdade, para encaminhamento para testagem e tratamento. Reforçamos também que todo mundo no Brasil com idade acima de 40 anos tem risco de ter a doença e deve ser testado ao menos uma vez na vida", informa Dr. Paulo Bittencourt, presidente do IBRAFIG, entidade que faz parte da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Devem fazer o teste para hepatite C, entre outras
- Pessoas com idade igual ou superior a 40 anos; ou que receberam transfusões de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993, ou usuárias de drogas injetáveis, ou que compartilham agulhas injetáveis, ou submetidas a procedimentos de tatuagens, piercings ou de escarificação, sem o devido
- Pessoas com múltiplos parceiros sexuais, ou com múltiplas doenças sexualmente transmissíveis
- Pessoas que admitem elevado consumo de álcool
"Das Hepatites virais, a C não tem vacina, mas desde meados de 2015 tem tratamento que pode eliminar o vírus em quase 100% dos casos", informa Dr. Jarbas Barbosa, vice-presidente da OPAS, em depoimento para campanha. "Por isso, é importante detectar e tratar a doença precocemente, isto é, quando os danos ao fígado e a outros órgãos ainda podem ser controlados. Com a detecção precoce e tratamento adequado, vamos cumprir a meta desafiadora de eliminar a doença até 2030".
Hoje, segundo o IBRAFIG, a hepatite C é transmitida principalmente pelo compartilhamento de objetos perfuro-cortantes. A maioria da população infectada desconhece a condição e a provável fonte de contaminação. Para esclarecimento de dúvidas, os interessados podem contatar 0800-882 8222, buscar informação em www.tudosobrefigado.com.br e acompanhar vídeos e novidades na campanha nas redes sociais, em @tudosobrefigado
Apoiam a campanha, com depoimentos e ações: Dr. Jarbas Barbosa (OPAS), Dr. Harvey J. Alter (um dos descobridores do vírus da Hepatite C e Prêmio Nobel de Medicina 2020), ONGS, sociedades médicas e personalidades do mundo das artes, e influenciadores digitais.
O IBRAFIG foi criado em 31 de julho de 2015 como órgão vinculado à Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) com o propósito de divulgar e conscientizar a população sobre as doenças do fígado. Para isso, conta com o site www.tudosobrefigado.com.br , que atua como um guia sobre as doenças do fígado, para a população em geral.
1) http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/boletim-epidemiologico-hepatites-virais-2020
FONTE Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG)
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