Estudo Fase 3 de 24 semanas descobriu que a droga experimental dapagliflozin melhorou a hemoglobina glicosilada (HbA1c) quando adicionada à glimepirida em adultos com diabetes mellitus tipo 2
ESTOCOLMO, 20 de setembro /PRNewswire/ -- A Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) (http://www.bms.com) e a AstraZeneca (NYSE: AZN) (http://www.astrazeneca-us.com) anunciaram hoje os resultados de um estudo clínico Fase 3 randomizado e duplo-cego, o qual demonstrou que a adição da droga experimental dapagliflozin à terapia existente com glimepirida (sulfonilureia) produziu reduções significativas nos níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c) em pacientes adultos com diabetes tipo 2 em comparação com a glimepirida em monoterapia. O estudo também demonstrou que o dapagliflozin mais a glimepirida obtiveram reduções nos endpoints secundários de eficácia da mudança no peso corporal total, níveis do teste oral de tolerância à glicose (OGTT, do inglês) e glicemia em jejum (FPG, do inglês), da linha de base na semana 24 em comparação com placebo mais a glimepirida. Mais pessoas tomando dapagliflozin e glimepirida foram capazes de alcançar uma meta de HbA1c inferior a 7% em comparação aos pacientes que tomam glimepirida em monoterapia. Os resultados do estudo foram apresentados na 46a. Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD).
Em geral, a freqüência de reações adversas relacionadas à droga foi relatada a uma taxa similar entre os grupos de tratamento, embora sinais, sintomas e outros relatos sugestivos de infecções do trato genital, mas não infecções do trato urinário, tenham sido relatados com maior frequência em sujeitos tratados com dapagliflozin.
O dapagliflozin, um composto experimental, é o inibidor co-transportador 2 de sódio e glicose (SGLT2) número um em sua classe e está atualmente na Fase 3 de testes sob desenvolvimento conjunto pela Bristol-Myers Squibb e AstraZeneca como uma terapia oral de uma dose diária para o tratamento de pacientes adultos com diabetes tipo 2. Os inibidores SGLT2, que atuam de forma independente dos mecanismos de insulina, facilitam a excreção da glicose e calorias associadas na urina, diminuindo assim os níveis de glicose no sangue.
"Com o diabetes tipo 2, frequentemente vemos uma deterioração progressiva do controle da glicemia nos pacientes, que pode exigir a intensificação do tratamento com terapia adicional," disse Krzysztof Strojek, Professor do Departamento de Doenças Internas Diabetologia e Nefrologia da Universidade de Medicina da Silésia, Zabrze (Polônia) e principal investigador do estudo. "Este estudo, que acrescenta à Fase 3 dados disponíveis para este composto experimental, demonstrou que o dapagliflozin melhorou o controle glicêmico, como mensurado pela HbA1c, FPG e PPG, em pacientes adultos com diabetes tipo 2, quando adicionado ao agente diabético oral comumente usado - glimepirida."
Sobre o estudo
O estudo foi de 24 semanas, multicêntrico, internacional, randomizado, de grupos paralelos, duplo-cego, placebo controlado Fase 3, com a finalidade de avaliar a eficácia do dapagliflozin (2,5 mg, 5 mg ou 10 mg por dia) em comparação ao placebo como terapia adjuvante à glimepirida (4 mg / dia) na melhoria do controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes tipo 2, como determinado pela alteração dos níveis de HbA1c da linha de base na semana 24, e inclui uma extensão duplo-cega de 24 semanas. O estudo incluiu 597 pacientes com diabetes tipo 2 (idade igual ou superior a 18 anos) com controle glicêmico inadequado (HbA1c igual ou superior a 7,0% e inferior ou igual a 10% na linha de base), com pelo menos metade da dose máxima recomendada de glimepirida em monoterapia. Os indivíduos foram igualmente randomizados para um dos quatro grupos de tratamento: dapagliflozin 2,5 mg mais glimepirida, dapagliflozin 5 mg mais glimepirida, dapagliflozin 10 mg mais glimepirida ou placebo mais glimepirida.
O endpoint primário do estudo foi avaliar a variação da linha de base em HbA1c em 24 semanas. Os endpoints secundários incluíram a alteração da linha de base no peso corporal, alteração no teste oral de tolerância à glicose (OGTT), proporção de pacientes que obtiveram HbA1c inferior a 7% e redução dos níveis de glicemia em jejum (FPG) na semana 24.
Os resultados do estudo
Indivíduos que tomam dapagliflozin mais glimepirida alcançaram significativas reduções dose dependentes da linha de base em HbA1c de -0,58%,-0,63% e -0,82% para dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg e 10 mg, respectivamente, comparado com -0,13% para o placebo mais glimepirida (valor-p inferior a 0,0001 para todos os três braços de tratamento).
Os pacientes tratados com dapagliflozin mais glimepirida alcançaram maior perda de peso em comparação àqueles tratados com placebo mais glimepirida: -1,18 Kg, -1,56 kg, -2,26 kg para dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg e 10 mg, respectivamente, em comparação a -0,72 kg para glimepirida mais placebo na semana 24 (valor-p inferior a 0,01 e inferior a 0,0001 para dapagliflozin 5 mg e 10 mg, respectivamente, valor-p de dapagliflozin 2,5 mg não foi estatisticamente significativo).
Os indivíduos tratados com dapagliflozin mais glimepirida conseguiram reduções significativas da linha de base em OGTT de -32,0 mg/dL e -34,9 mg/dL para dapagliflozin 5 mg e 10 mg, respectivamente comparados com -6,0 mg/dL para o placebo mais glimepirida (valor-p inferior a 0,01 e inferior a 0,0001 para dapagliflozin 5 mg e 10 mg, respectivamente). Dapagliflozin 2,5 mg reduziu o OGTT em 37,5 mg/dL.
O estudo demonstrou que mais pacientes tomando dapagliflozin e glimepirida alcançaram um nível de HbA1c inferior a 7% em comparação com placebo mais glimepirida na semana 24: 30,3% e 31,7% para dapagliflozin 5 mg e 10 mg, respectivamente comparados com 13,0% de glimepirida mais placebo (valor-p inferior a 0,01 e inferior a 0,0001 para dapagliflozin 5 mg e 10 mg, respectivamente). Para os pacientes tratados com dapagliflozin 2,5 mg, 26,8% alcançaram HbA1c <7%.
Os indivíduos tratados com dapagliflozin 5 mg e 10 mg mais glimepirida demonstraram melhorias significativas em FPG da linha de base na semana 24: -21,2 mg/dL para dapagliflozin 5 mg e -28,5 mg/dL para dapagliflozin 10 mg, comparado a -2,0 mg/dL para o placebo mais glimepirida (valor-p inferior a 0,0001 para ambos os braços de tratamento). O dapagliflozin 2,5 mg reduziu a FPG em -16,8 mg/dL.
O número de indivíduos que experimentam reações adversas após 24 semanas foi de 51,9%, 48,3% e 50,3% para o dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg e 10 mg mais glimepirida, respectivamente, comparado com 47,3% de glimepirida mais placebo. A porcentagem de pacientes com reações adversas mais comuns para dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg, 10 mg e placebo, quando adicionado à glimepirida, respectivamente, foram os seguintes: dor nas costas (1,9%, 2,1%, 4,6% vs 2,7%), infecção do trato respiratório superior (3,2%, 4,1%, 4,6% vs 2,7%) e bronquite (1,3%, 2,1%, 3,3% vs 0,7%). A maioria dos casos de reações adversas foi leve a moderada. Descontinuações devido a reações adversas foram de 3,2%, 3,4%, 2,6% para o dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg e 10 mg mais glimepirida vs 2,1% para glimepirida mais placebo.
Reações adversas sugestivas de infecção do trato urinário e infecção genital foram analisadas com base em agrupamentos pré-definidos para cada uma dessas duas categorias. A porcentagem de pacientes com sinais, sintomas e outros relatos sugestivos de infecção do trato urinário foi semelhante entre os grupos de tratamento: 3,9%, 6,9% e 5,3% para o dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg e 10 mg, respectivamente, comparado com 6,2% de glimepirida mais placebo. Um dos pacientes interrompeu o tratamento devido a uma infecção do trato urinário. Sinais, sintomas e outros relatos sugestivos de infecção genital foram maiores para os grupos de tratamento com dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg e 10 mg mais glimepirida em comparação com a glimepirida mais o grupo de placebo: 3,9%, 6,2% e 6,6% vs 0,7%, respectivamente.
As reações adversas sérias foram de 7,1%, 6,9% e 6,0% para o dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg e 10 mg mais glimepirida, respectivamente comparados com 4,8% de glimepirida mais placebo.
O percentual de indivíduos com qualquer evento hipoglicêmico na semana 24 para os pacientes tratados com dapagliflozin 2,5 mg, 5 mg e 10 mg mais glimepirida foi de 7,1%, 6,9% e 7,9%, respectivamente em comparação a 4,8% para aqueles tratados com placebo mais glimepirida.
Os efeitos sobre a pressão arterial foram examinados como endpoints exploratórios. Alterações na pressão arterial sistólica sentado foram de -4,7 mmHg, -4,0 mmHg e -5,0 mmHg e da pressão arterial diastólica sentado foram de -1,1 mmHg, -1,7 mmHg e -2,8 mmHg nos grupos de tratamento com dapagliflozin 2,5, 5 e 10 mg, respectivamente comparados às alterações na pressão arterial sistólica sentado de -1,2 mmHg e à pressão arterial diastólica sentado -1,4 mmHg para aqueles tratados com placebo mais glimepirida.
Sobre o diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 (diabetes mellitus) é uma doença crônica e progressiva, caracterizada por uma disfunção das células beta no pâncreas, as quais diminuem a secreção de insulina e conduz a níveis elevados de glicose. Ao longo do tempo, esta hiperglicemia sustentada contribui para agravar a resistência à insulina e mais disfunção da célula beta.
Muitos pacientes com diabetes tipo 2 têm co-morbidades, como obesidade e hipertensão. Necessidades significativas não atendidas subsistem, uma vez que aproximadamente metade dos pacientes tratados permanece sem controle em seu regime atual de redução da glicose e menos ainda são controlados em vários parâmetros. No passado, os tratamentos para o diabetes tipo 2 eram centrados principalmente nos mecanismos insulina dependentes. Uma abordagem que age de forma independente da insulina pode ser uma opção para adultos com diabetes tipo 2 na ajuda do controle dos seus níveis de glicose.
Sobre a inibição SGLT2
O sistema SGLT renal desempenha um papel importante no equilíbrio da glicose total no corpo. Normalmente, o rim filtra ~180g de glicose por dia, e praticamente tudo é reabsorvido na circulação. A reabsorção da glicose ocorre no túbulo proximal do rim, através do sistema SGLT. A inibição seletiva de SGLT2 por um mecanismo de insulina independente de ação facilita a excreção da glicose e calorias associadas na urina, diminuindo assim os níveis de glicose no sangue.
A colaboração Bristol-Myers Squibb e AstraZeneca
A Bristol-Myers Squibb e a AstraZeneca iniciaram uma colaboração em janeiro de 2007 para permitir às empresas de pesquisa, desenvolver e comercializar medicamentos experimentais selecionados para o diabetes tipo 2. A colaboração para o diabetes Bristol-Myers Squibb / AstraZeneca dedica-se ao cuidado global do paciente, melhorando os resultados dos pacientes e criando uma nova visão para o tratamento da diabetes tipo 2.
Sobre a Bristol-Myers Squibb
A Bristol-Myers Squibb é uma empresa biofarmacêutica global cuja missão é descobrir, desenvolver e distribuir medicamentos inovadores que ajudem pacientes a vencer doenças graves. Para mais informações sobre a Bristol-Myers Squibb, visite http://www.bms.com ou siga-nos no Twitter em http://twitter.com/bmsnews.
Este comunicado à imprensa contém "declarações prospectivas" conforme definido na Private Securities Litigation Reform Act de 1995, sobre desenvolvimento de produto. Tais declarações prospectivas baseiam-se nas expectativas atuais e envolvem riscos e incertezas, incluindo fatores que poderiam atrasar, desviar ou alterar qualquer uma delas, e fazer com que os resultados reais difiram materialmente das expectativas atuais. Nenhuma declaração prospectiva pode ser garantida. Entre outros riscos, não pode haver qualquer garantia de que o dapagliflozin irá receber aprovação regulatória ou, se aprovado, que se tornará um produto comercialmente bem sucedido. As declarações prospectivas neste comunicado à imprensa devem ser avaliadas juntamente com as várias incertezas que afetam os negócios da Bristol-Myers Squibb, especialmente aquelas identificadas na discussão de fatores de advertência no Relatório Anual do Formulário 10-K da Bristol-Myers Squibb para o ano findo em 31 de dezembro de 2009, em nossos Relatórios Trimestrais no Formulário 10-Q e em nossos Relatórios Atuais no Formulário 8-K. A Bristol-Myers Squibb não assume qualquer obrigação de atualizar publicamente qualquer declaração prospectiva, seja como resultado de novas informações, eventos futuros ou de outra forma.
Sobre a AstraZeneca
A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global e movida pela inovação com foco principal na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos. Como uma líder em medicamentos de doenças gastrintestinais, cardiovasculares, de neurociência, respiratórias e inflamatórias, oncológicas e infecciosas, a AstraZeneca gerou uma receita global de US $32,8 bilhões em 2009. Para obter mais informações, visite: http://www.astrazeneca.com
FONTE AstraZeneca e Bristol-Myers Squibb
FONTE AstraZeneca & Bristol-Myers Squibb
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