Estratégia de combate à pobreza oferece benefício sustentável para ultra-pobres do mundo, informa novo estudo na revista Science
WASHINGTON, 14 de maio de 2015 /PRNewswire/ -- Um novo estudo realizado em seis países mostra uma abordagem completa para os ultra-pobres, aproximadamente 1 bilhão de pessoas que sobrevivem com menos de US$ 1,25 por dia, impulsionando a subsistência, receita e saúde. Publicada na revista Science, a pesquisa testou a eficácia de uma abordagem conhecida como "modelo Graduação" em seis países, acompanhando 21.000 pessoas entre as mais pobres do mundo durante três anos. Os dados mostram que esta abordagem deu origem a grandes e duradouros impactos no padrão de vida daquelas pessoas.
Experimente o comunicado à imprensa interativo em multimídia aqui:
http://www.multivu.com/players/English/7267352-cgap-science-anti-poverty-study
Esforços anteriores de governos e grupos de ajuda para reduzir a pobreza entre as pessoas ultra-pobres não tiveram eficiência comprovada. Tratando desta falha, o novo estudo faz um relatório de uma avaliação feita em seis países de uma abordagem completa, a qual trata simultaneamente dos vários desafios da pobreza. Conforme o co-autor do estudo Dean Karlan da Universidade de Yale e a organização sem fins lucrativos de pesquisa e políticas Inovações para Ação Contra a Pobreza (IPA – Innovations for Poverty Action): "Ser ultra-pobre geralmente significa mais do que apenas não ter uma receita – como não ter comida o suficiente, não ter como poupar, não ter informações e pouca percepção das oportunidades para escapar da situação", disse Karlan. "Testamos uma abordagem que tratou de diversos fatores de uma só vez e identificamos melhorias significativas, mesmo depois de três anos o programa fez a maior parte do trabalho".
Na Etiópia, Gana, Honduras, Índia, Paquistão e Peru os pesquisadores acompanharam mais de 21.000 pessoas para testar o quanto a abordagem Graduação melhorou suas vidas e o bem-estar de suas famílias. O programa incluiu seis componentes durante um período de dois anos:
- Um recurso para utilizar para ganhar a vida, tal como animais ou mercadorias para iniciar uma loja informal.
- Treinamento sobre como administrar o recurso.
- Ajuda em alimentos básicos ou dinheiro para reduzir a necessidade de vender seu novo recurso em uma situação de emergência.
- Visitas frequentes (geralmente semanais) de acompanhamento para reforçar as habilidades, gerar confiança e ajudar os participantes a enfrentarem quaisquer desafios.
- Educação em saúde ou acesso a serviços de saúde para continuarem saudáveis e aptos para o trabalho.
- Uma conta de poupança para ajudá-los a guardarem dinheiro para investir ou utilizar numa emergência futura.
Aproveitando a metodologia de pesquisa dos serviços de saúde, os pesquisadores utilizaram um estudo aleatório controlado, acompanhando tanto as pessoas convidadas a participarem do programa de dois anos, quanto um grupo similar que não foi convidado, para comparar como suas vidas mudaram até um ano após o final do programa. As pessoas no grupo do programa tiveram significativamente mais recursos e poupança, passaram mais tempo trabalhando, passaram menos dias com fome, vivenciaram níveis mais baixos de estresse e melhoraram a saúde física.
"O programa não é somente eficaz, mas representa um retorno significativo sobre o investimento", disse Kate McKee do Grupo de Consultores para Assistência aos Mais Pobres (Consultative Group to Assist the Poor) em Washington, DC, que ajudou a implementar o projeto. "A esperança é de que a seguir possamos aprender como as ONGs ou os governos podem integrar esta abordagem da melhor maneira possível em seus programas de forma efetiva".
O programa é eficaz em termos de custos, com retornos positivos em cinco entre seis países, variando de 133 por cento em Gana a 433 por cento na Índia. Ou seja, para cada dólar gasto no programa na Índia, os domicílios ultra-pobres obtiveram US$ 4,33 em benefícios a longo prazo. "A abordagem Graduação gerou melhorias mais amplas nas principais dimensões do bem-estar econômico e não econômico na maioria dos países nos quais foi testada. Os formadores de políticas que procuram por um programa para melhorarem de forma sustentável as vidas dos mais pobres, deveriam considerar investirem nesta abordagem", de acordo com a co-autora do estudo Esther Duflo do departamento de economia do MIT e Diretora do Laboratório de Ação contra a Pobreza Adbul Latif Jameel (J-PAL - Adbul Latif Jameel Poverty Action Lab).
Um fator importante para os tomadores de decisões que usam o modelo é o quanto completa foi a avaliação.
Conforme Annie Duflo, Diretora da organização Inovações para Ação Contra a Pobreza, "Governos, organizações de ajuda e doadores têm procurado por algo que tenha o suporte de evidências verdadeiras e que demonstre que pode ajudar as pessoas mais pobres do mundo e a abordagem Graduação faz exatamente isso".
FONTE CGAP
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