Em antecipação à cúpula especial da ONU: nações industrializadas correm o risco de não cumprir os novos objetivos de desenvolvimento sustentável
BERLIM, 8 de setembro de 2015 /PRNewswire/ --
-- Referência cruzada: foto disponível em AP Images: (http://www.apimages.com) e http://www.presseportal.de/nr/7977/ -
A maioria dos países industrializados na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) não está pronta para o novo compromisso de sustentabilidade da comunidade internacional. Muitos sequer estão perto de cumprir os objetivos de política global que devem ser adotados pelos chefes de estado ou governos, na Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que se realiza neste mês. De fato, há o perigo de as metas para muitos indicadores serem inteiramente perdidas. Os maiores déficits das nações industrializadas residem em sua produção e comportamento de consumo menos que sustentável. Além disso, em muitos casos seus sistemas econômicos também exacerbam a tendência de desigualdade social.
Esse é o resultado de um estudo comparativo de todos os estados na OCDE, conduzido pela Fundação Bertelsmann da Alemanha, com base em 34 indicadores para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDGs -- Sustainable Development Goals) para 2030. O estudo é o primeiro no mundo a investigar, sistematicamente, o status presente em cada um desses países, individualmente e em comparação entre eles. Esse instantâneo identifica ainda os países que podem servir como modelos exemplares em relação a Objetivos de Desenvolvimento Sustentável particulares, ao mesmo tempo em que indica onde déficits substanciais ainda existem. Assim, o estudo fornece um modelo para o cumprimento dos SDGs nos próximos 15 anos.
De acordo com o estudo, os países mais bem posicionados para cumprir os objetivos da ONU são quatro nações escandinavas: Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia, com a Suíça vindo em quinto lugar. As nações pior classificadas no ranking são os EUA, Grécia, Chile, Hungria, Turquia e México.
O presidente da Fundação Bertelsmann, Aart De Geus, explica em termos bem claros: "Nossa investigação é o primeiro crivo dos países industrializados. A análise nos mostra que nós, também, devemos fazer nossa parte. E ela nos mostra onde os países industrializados já correm o risco de não cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável".
A investigação revela ainda diferenças consideráveis entre os países, individualmente, com relação a vários objetivos. Desigualdade social, especialmente, já atingiu níveis recordes em nações industrializadas e continua a aumentar. Em 23 estados na OCDE, 10% da população mais rica tem a mesma renda que 40% da população mais pobre. A renda dos 10% mais ricos nos EUA é 1,7 vezes maior do que a renda dos 40% mais pobres e, no Chile, é 3,3 vezes maior. Em países como a Eslováquia, Eslovênia, Noruega, República Tcheca e Dinamarca, a renda é consideravelmente menos concentrada, o que comprova que a desigualdade não é um desenvolvimento inevitável.
Grandes diferenças são também aparentes, por exemplo, em poluição ambiental. Países como Austrália, Canadá, Polônia e México emitem seis vezes mais dióxido de carbono por unidade de produção econômica do que a Suécia ou a Noruega. A participação de energia renovável também varia consideravelmente entre os países. A Coreia do Sul, o Reino Unido e a Holanda usam menos de 4% de energias renováveis. Em contraste, a Islândia, a Noruega e a Suíça já atingiram uma participação superior a 47%, o que esses países vêm expandindo sem obstruir o crescimento econômico.
Em seu prefácio do estudo, Kofi Annan, o pai espiritual dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, preconiza maiores esforços por parte dos países mais ricos do mundo: "Sou muito grato à Fundação Bertelsmann por destacar essa questão com detalhes tão esmerados. Esse estudo irá, esperançosamente, desencadear debates sobre a reforma da sustentabilidade e justiça social em muitos países de alta renda. Nós devemos isso a nosso planeta e a nosso povo".
Para mais informações: http://www.bertelsmann-stiftung.org
Nosso especialista:
Dr. Christian Kroll
Telefone: +49/5241-81-81471
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FONTE Bertelsmann Stiftung
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