Em São Paulo, maioria da população efetua procedimento de maneira inadequada
SAO PAULO, 20 de setembro de 2022 /PRNewswire/ -- Especialistas apontam que a falta de "logística reversa" por parte das autoridades sanitárias influencia nesse quadro. Para Rodrigo Pereira, farmacêutico da empresa de logística de medicamentos RV Ímola, "A unitarização de medicamentos tem inúmeros benefícios para o sistema de dispensação, como a redução dos custos com a farmacoterapia. "
Você já se deparou com um medicamento vencido ou que não precisava mais e não sabia o melhor local para descartá-lo? Desfazer-se de medicamentos é um assunto sério e mesmo com campanhas de conscientização, a população, em sua maioria, efetua o descarte de forma inadequada.
Segundo levantamento das Faculdades Oswaldo Cruz, 75% da população de São Paulo descarta as medicações no lixo doméstico e 6% na pia ou no vaso sanitário. Esses métodos são danosos do ponto de vista da segurança e da saúde pública. Além disso, têm potencial de contaminação do solo, do lençol freático e até de pessoas que manejam lixos. Até mesmo os animais podem ser afetados.
O Farmacêutico Rodrigo Pereira ainda completou, a respeito da unitarização de medicamentos: "Dessa forma, a quantidade de perdas reduz significativamente e apenas os medicamentos que serão utilizados são separados. Mas o principal benefício é a redução de eventos adversos relacionados à administração de fármacos. Isto porque, após o processo de individualização as medicações são etiquetadas com as informações relevantes para garantir a rastreabilidade e auxiliar a enfermagem na preparação e administração desses produtos. "
Ao encontrar um medicamento vencido em casa, você deve levá-lo a postos de coleta, geralmente presentes em farmácias ou unidades de saúde. Essa é inclusive a recomendação da ABNT, estabelecida pela Norma Brasileira de Logística Reversa. De lá, os resíduos serão descartados corretamente, sendo encaminhados para incineradores industriais. No processo, a fumaça é tratada para não gerar gás tóxico.
Outro dado que preocupa as autoridades no Brasil é o de que desde 1994, os fármacos são os principais responsáveis pelos casos de intoxicação no país, de acordo com levantamentos do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox). Isso se dá pelo seu uso indevido e também pelo descarte incorreto.
FONTE RV Ímola
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