Chevron enfrenta multa de $30 bilhões por problemas ambientais na América Latina, diz Coalizão de Defesa da Amazônia
Processos no Brasil e Equador apontam novas pressões competitivas
QUITO, Equador, 15 de dezembro de 2011 /PRNewswire/ -- Agora envolvida em um novo processo de poluição de $11 bilhões no Brasil, o total da conta jurídica da Chevron na América Latina pelos problemas ambientais está chegando rapidamente a $30 bilhões e pode aumentar ainda mais se a empresa for forçada a se defender das medidas relativas ao problema de poluição de longas datas na região no Equador, dizem os analistas.
"Os acionistas da Chevron não podem ficar contentes ao acordar com esta notícia que a empresa enfrenta outra grande ação de responsabilidade ambiental na América Latina", disse Simon Billenness, uma analista que cobre o setor para os grupos ambientalistas e autor de um relatório sobre a ação de responsabilidade de $18 bilhões contra a Chevron pela espoliação da Amazônia no Equador.
"A Chevron está começando a parecer uma parceira de dança muito feia para os governos produtores de petróleo na América Latina", ele disse. "Qualquer governo que trabalhe com a Chevron arrisca uma profunda repercussão dos seus constituintes devido a estes problemas cada vez maiores".
O governo brasileiro abriu um processo contra a Chevron de $11 bilhões para recuperação dos danos causados pelo devastador derrame de óleo na costa em novembro, um episódio assustadoramente semelhante ao desastre da BP no Golfo do México. A Chevron revoltou as entidades reguladoras brasileiras pelo seu total despreparo para conter o derrame e por tentar minimizar a quantidade de óleo que esguichou no oceano.
A Chevron também chocou as autoridades brasileiras esta semana com a notícia de que o vazamento ainda não está totalmente contido.
No Equador, a Chevron está envolvida em um conflito aberto com o governo após a decisão de um tribunal em fevereiro de conceder $18 bilhões para milhares de moradores diante da evidência de que a gigante do petróleo despejou lodo de petróleo tóxico na floresta tropical e abandonou mais de 900 poços de refugo não revestidos que continuam a contaminar a água subterrânea e de superfície. O julgamento foi realizado no Equador a pedido da Chevron.
O caso está em fase de recurso no Equador com os autores da ação tentando aumentar o valor dos danos.
Quando operou no Equador entre 1964 e 1992, a Chevron criou uma catástrofe ambiental e de saúde pública que dizimou grupos indígenas, e causou o aumento dramático dos índices de incidência de câncer, de acordo com as provas apresentadas. Os danos ambientais no Equador são imensamente maiores do que o derrame da BP no Golfo do México, dizem os experts.
Pelo fato da Chevron ter se recusado a pagar a indenização ao Equador, os autores da ação estão sendo forçados e considerar uma série de confiscos de bens em qualquer das dezenas de países onde a gigante do petróleo opera. Tais medidas provavelmente criarão outros conflitos entre a Chevron e os governos produtores de petróleo em todo o mundo e aumentarão e muito os problemas jurídicos da empresa, disse Billenness.
"A Chevron nunca apresentou para os seus acionistas os piores cenários possíveis quanto a isso", disse ele.
O advogado equatoriano Pablo Fajardo, que liderou o processo de contaminação contra a Chevron no país, disse que o Brasil deveria saber que a Chevron é uma empresa que não hesita em mentir diante da evidência da sua própria conduta ilegal.
"A Chevron tem uma história de maus-tratos de países da América Latina na sua ganância de aumentar os lucros", ele disse. "O meu conselho para o Brasil é que ele enfrente a empresa com dureza e não desista até que o problema tenha sido resolvido".
Devemos notar que o governo brasileiro está sendo bem mais rígido com a Chevron do que o tribunal equatoriano. As multas da Chevron no Brasil são de aproximadamente $18.000,00 por barril de óleo derramado -- muito mais alta do que as multas semelhantes impostas pelo tribunal no Equador, de acordo com Karen Hinton, porta-voz dos equatorianos nos EUA.
A agência de vigilância ambiental brasileira acusou a Chevron de ter alterado digitalmente as fotos para que os danos pareçam menos severos. Outros reguladores ameaçaram prender os dirigentes da empresa.
Quando o derrame no Brasil tornou-se público, um representante da Chevron sugeriu no início que o episódio era o produto de um vazamento "natural" de uma rocha submarina -- lembrança da famosa declaração que uma advogada da Chevron fez no programa 60 Minutes nos EUA, onde ela disse que os danos maciços da empresa no Equador não eram mais perigosos do que "a maquiagem no meu rosto".
Contato: Karen Hinton, 703-798-3109, [email protected]
FONTE Amazon Defense Coalition
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