CGTN: esforços conjuntos da China e dos EUA são necessários para a paz e a tranquilidade mundiais
BEIJING, 21 de março de 2022 /PRNewswire/ -- Da pandemia da COVID-19 à crise na Ucrânia, o cenário internacional sofreu grandes mudanças, com sérios desafios impostos à paz e ao desenvolvimento globais.
"O mundo não está tranquilo nem estável", disse o presidente chinês Xi Jinping, na sexta-feira, ao convocar a China e os EUA para assumir sua parcela de responsabilidades internacionais e trabalhar pela paz e a tranquilidade mundiais.
Xi fez as observações durante uma videochamada com o presidente dos EUA, Joe Biden, a pedido deste último.
"Como líderes de países importantes, precisamos pensar em como abordar adequadamente as questões críticas globais e, mais importante, ter em mente a estabilidade global e o trabalho e a vida de bilhões de pessoas", disse Xi a Biden.
Após sua franca e profunda discussão, os dois líderes concordaram em tomar ações concretas para colocar as relações entre a China e os EUA novamente no caminho do desenvolvimento constante e para fazer os respectivos esforços para a resolução adequada da crise na Ucrânia.
"Eu levo essas observações muito a sério"
Biden disse novamente a Xi que os EUA não esperam ter uma nova Guerra Fria com a China, mudar o sistema da China ou revitalizar alianças contra a China e que os EUA não apoiam a "independência de Taiwan", nem pretendem buscar um conflito com a China. Xi respondeu: "Eu levo essas observações muito a sério."
Xi destacou que o relacionamento entre a China e os EUA, em vez de sair da situação difícil criada pela administração anterior dos EUA, tem encontrado um número crescente de desafios. De acordo com Xi, o que vale a pena observar, em particular, é que algumas pessoas nos EUA enviaram um sinal errado para as forças de "independência de Taiwan", e acrescentou ainda que "isso é muito perigoso".
O tratamento indevido da questão de Taiwan terá um impacto prejudicial nas relações bilaterais, disse Xi. "A China espera que os EUA deem a devida atenção a essa questão", disse ele.
A causa direta da situação atual no relacionamento entre a China e os EUA é que algumas pessoas do lado dos EUA não levaram adiante o importante entendimento comum alcançado pelos dois presidentes e não agiram com base nas afirmações positivas do Presidente Biden. Os EUA avaliaram mal e calcularam mal a intenção estratégica da China, conforme destacou Xi.
Ele ressaltou que houve e continuará a haver diferenças entre a China e os EUA: "O que importa é manter essas diferenças sob controle. Um relacionamento em constante crescimento é do interesse de ambos os lados", disse o presidente chinês.
"São necessárias duas mãos para bater palmas"
A videochamada de sexta-feira foi a primeira conversa entre os dois líderes desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Ambos expuseram suas posições sobre a questão e exprimiram sua disposição para se esforçarem para a resolução adequada da crise.
Como Biden mostrou prontidão para se comunicar com a China para evitar que a situação se exacerbasse, Xi disse a ele: "A China não quer ver a situação na Ucrânia chegar a isso. A China apoia a paz e se opõe à guerra. Isso está integrado na história e cultura da China."
O presidente chinês reiterou os principais princípios que sustentam a abordagem da China em relação à crise na Ucrânia e observou que todos os lados precisam apoiar conjuntamente a Rússia e a Ucrânia na realização de diálogos e negociações que produzirão resultados e levarão à paz.
"Quanto mais complexa for a situação, maior será a necessidade de manter a cabeça fria e racional", disse Xi, acrescentando que, quaisquer que sejam as circunstâncias, sempre há a necessidade de coragem política para criar espaço para a paz e abrir caminho para um acordo político.
Citando dois ditados chineses – "são necessárias duas mãos para bater palmas" e "aquele que amarrou o sino ao tigre deve tirá-lo" – Xi incentivou os EUA e a OTAN a dialogar com a Rússia para abordar o cerne da crise na Ucrânia e atenuar as preocupações quanto à segurança tanto da Rússia quanto da Ucrânia.
Observando que as coisas já são muito difíceis para os países do mundo todo devido à pandemia da COVID-19, o presidente chinês também alertou que ampliar e indiscriminar as sanções só faria o povo sofrer.
"Se elas aumentarem ainda mais, poderão desencadear sérias crises na economia global e no comércio, finanças, energia, alimentos e cadeias industriais e de suprimentos, paralisando a já debilitada economia global e causando prejuízos irremediáveis", disse Xi.
Xi acrescentou: "A China tem feito o possível pela paz e continuará a desempenhar um papel construtivo."
FONTE CGTN
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