Alexandre Galgani, atleta patrocinado pela CBC e TAURUS, representará o Brasil no tiro esportivo nas Paralímpiadas de Tóquio
SÃO PAULO, 24 de agosto de 2021 /PRNewswire/ -- O tiro esportivo tem grandes chances de medalha nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão. Representando o Brasil, Alexandre Galgani foi o primeiro atleta brasileiro no esporte paralímpico a garantir a vaga, ao conquistar a prata em uma etapa da Copa do Mundo, nos Emirados Árabes, em fevereiro de 2019. Desde então, vem se preparando para brigar pelo pódio em Tóquio.
Classificado para três provas, Carabina de Ar em Pé à 10m, Carabina de Ar Deitado à 10m e Carabina .22 Deitado à 50m (confira a programação abaixo), o paratleta de 38 anos acredita estar em seu melhor momento da carreira. Com o adiamento dos Jogos de 2020 para 2021 devido a pandemia de COVID-19 no mundo, Galgani teve que ampliar neste período os treinamentos.
Em sua programação, foi realizado no dia 11 de agosto um treino no Centro Militar de Tiro Esportivo Tenente-Coronel Guilherme Paraense, localizado no Complexo Esportivo de Deodoro, no Rio de Janeiro. Em seguida, do dia 13 a 15 de agosto, Galgani participou de uma prova centralizada com atiradores olímpicos para simulação, e seguiu treinando do dia 16 a 20 de agosto. No dia 21 o paratleta embarcou para Tóquio e no dia 25, quando o estande abre, começará os treinos lá no Japão.
Alexandre Galgani conta com o patrocínio da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e da Taurus, incluindo a doação de munições .22 LR CBC, produzidas com excelência tecnológica na nova fábrica CBC deste calibre, com alta precisão, uniformidade balística e desempenho em padrão internacional. Também foram doadas ao atleta munições Eley by CBC .22LR, produto que é resultado da parceria entre CBC e Eley para o mercado brasileiro. Os cartuchos Eley são mundialmente utilizados por atiradores desportivos em treinamentos e competições de alto rendimento e já conquistaram mais de 100 medalhas Olímpicas.
Outro atleta patrocinado pela CBC e TAURUS, e que participou recentemente das Olimpíadas, é Felipe Wu. Primeiro brasileiro a subir no pódio dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, há cinco anos, quando conquistou a medalha de prata, o atirador terminou na 32ª colocação na pistola de ar 10m em Tóquio. Wu teve um ciclo mais complicado nos últimos anos, precisando lidar com uma grave lesão e ainda com a pandemia de COVID-19 que dificultou os treinamentos.
A pandemia certamente atrapalhou a preparação de muitos para os Jogos e os atletas de tiro esportivo deverão superar a falta de ritmo de competições, já que a maioria dos campeonatos foram adiados neste período. Apesar disso, Galgani afirma que sua rotina de preparação continuou a mesma, devido a uma estrutura completa de treinamento que ele possui em sua casa, em Sumaré, onde consegue simular provas de 10 e 50 metros em um estande de tiro montado no quintal e acompanhar seu desempenho por meio de um sistema conectado ao computador.
"Por ser o maior evento esportivo mundial, a ansiedade é natural, mas estou motivado e confiante. Estou tentando manter nos treinamentos a média de pontuação necessária para conquistar a meta de ir para a final em pelo menos duas provas. Independentemente do resultado, é um sonho poder levar o nosso país para os Jogos Paralímpicos e competir com os melhores atletas do mundo", afirma Alexandre Galgani.
A boa campanha em Tóquio tem mais uma motivação, homenagear seu pai, Sérgio Galgani, que faleceu em 2014. Sérgio era um grande apoiador do filho no esporte do tiro.
"Meu pai sempre me acompanhava. Foi ele quem me incentivou a entrar no esporte e eu pensei em desistir de tudo após o seu falecimento. Foi triste demais. Ele teve um problema no coração quando estávamos montando o equipamento durante um campeonato em São Paulo, no Clube ADDG (Associação Desportiva Durval Guimarães), foi levado para o hospital, mas infelizmente acabou falecendo. Era meu pai quem treinava comigo todo dia e ele era meu melhor amigo. Sempre que ganho uma medalha me lembro dele e sou grato, pois sei que se não fosse ele, eu não estaria aqui", afirma.
UMA HISTÓRIA DE MUITAS CONQUISTAS
Galgani perdeu parte dos movimentos dos membros em 2001, aos 18 anos, após bater a cabeça no fundo de uma piscina e lesionar sua coluna. Sua jornada no tiro esportivo iniciou-se em 2013, após a melhora da sua lesão, quando começou a atirar por hobby, e foi no Clube Americanense de Tiro, na cidade de Americana (SP), que começou a praticar. Um frequentador do clube o elogiou e o incentivou a tentar participar de competições, pois atirava muito bem. Com o apoio do seu pai, Alexandre buscou informações sobre o tiro esportivo adaptado. James Lowry Neto, treinador de carabina do Comitê Paralímpico Brasileiro, lhe apresentou em Curitiba uma adaptação utilizada por um atirador que ele treinava. Galgani tirou fotos do modelo da adaptação, montou a sua própria e começou a treinar forte.
Sua primeira competição foi o Campeonato Sul-Americano no Rio de Janeiro em 2013, sem sucesso, pois sua arma apresentou problemas técnicos. Então, Alexandre comprou uma arma mais nova e treinou tanto que conseguiu uma vaga na equipe brasileira de tiro esportivo, na 1° Copa Brasil de Tiro Esportivo Paralímpico em 2014, onde conquistou o 1° lugar nas duas provas (R4 Carabina de Ar em Pé e R5 Carabina de Ar Deitado). Assim, foi convocado para a seleção brasileira e para todas as missões internacionais que o Comitê Paralímpico Brasileiro enviou a equipe.
Hoje, acumula diversos e importantes títulos em sua carreira. Conquistou o 4° lugar no Falling Target Rifle, na Alemanha em 2014, sendo a melhor colocação do Brasil em campeonatos mundiais no tiro esportivo paraolímpico. Na Copa do Mundo, alcançou o 3° lugar na prova R4 Carabina de Ar em Pé 10m e a mesma colocação na prova R5 Carabina de Ar Deitado 10m, nos Estados Unidos em 2016 e 2017. Além disso, ficou em 2° lugar na prova R5 Carabina de Ar Deitado, nos Emirados Árabes Unidos em 2019, onde conquistou a vaga para Tóquio 2020.
Galgani é heptacampeão brasileiro. No campeonato Sul-Americano, é campeão nas modalidades R4 Carabina de Ar em Pé à 10m, R5 Carabina de Ar Deitado à 10m, R9 Carabina .22 Deitado à 50m e detêm o recorde brasileiro nas três categorias. O paratleta venceu em 1° lugar a prova R4 Carabina de Ar em Pé 10m, 1° lugar na prova R9 Carabina .22 Deitado à 50m e 2° lugar na prova R5 Carabina de Ar Deitado 10m, no Rio de Janeiro em 2017. Já no Para-Pan-Americano, ocupou o 2° lugar na prova R4 Carabina Ar de Pé 10m, no Peru em 2019.
Programação de Alexandre Galgani nas Paralímpiadas 2021, em Tóquio:
R4 – Carabina de Ar em Pé à 10m
Dia 30/08 as 1h15 (horário de Brasília)
R5 – Carabina de Ar Deitado à 10m
Dia 31/08 as 23h30 (horário de Brasília)
R9 – Carabina .22 Deitado à 50m
Dia 04/09 as 00h30 (horário de Brasília)
Foto - https://mma.prnewswire.com/media/1600362/Alexandre_Galgani.jpg
FONTE Companhia Brasileira de Cartuchos; Taurus
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