Agricultores na América Central geram energia a partir de águas residuais do processamento do café
-- A UTZ Certified publica resultados de um projeto de quatro anos de tratamento de águas residuais do processamento do café
AMSTERDÃ, 27 de agosto de 2014 /PRNewswire/ -- O projeto de Energia de Águas Residuais do Café da UTZ Certified provou que é possível gerar energia, enfrentar mudanças climáticas e proteger os recursos hídricos, tratando resíduos de unidades de processamento de café. O projeto foi iniciado em 2010, com o objetivo de resolver problemas ambientais e de saúde, causados pelas águas residuais produzidas pelo benefício do café.
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Feitos sob medida, sistemas de tratamento de águas residuais do processamento do café e mecanismos de tratamento de resíduos sólidos foram instalados em oito fazendas de café na Nicarágua, dez em Honduras e uma na Guatemala. O impacto positivo do projeto em mais de 5.000 pessoas na região inspirou a UTZ Certified a reproduzir a iniciativa em outros países.
A América Latina produz cerca de 70% do café do mundo e 31% dos recursos hídricos do mundo estão localizadas na região. Todavia, a produção de café gera uma grande quantidade de água residuais, que, comumente, é jogada, sem tratamento, nos rios, afetando a fauna e a flora, bem como as comunidades adjacentes. Além disso, nas águas residuais estão contidas toneladas de componentes orgânicos e alta toxidade, o que afeta o solo e gera quantidades consideráveis de gases do efeito estufa, particularmente o metano, contribuindo fortemente para as mudanças climáticas.
O projeto Energia da Água Residuais do Processamento do Café foi implementado em uma variedade de fazendas de tamanhos diferentes. Os resultados conseguidos com o projeto variam da prevenção do desmatamento local, com perda de árvores nativas, a melhores ambientes no interior das residências, para as famílias que substituíram a lenha por fogões a gás, para uso e consumo. Outros benefícios incluem:
- Tratamento de, essencialmente, toda a água usada no processamento do café;
- Redução em mais de 50% do uso de água no beneficiamento do café;
- Geração de uma quantidade significativa de biogás, usado na geração de energia para casas e unidades de processamento de café;
- Prevenção da liberação de emissões de gases do efeito estufa.
"A produção de café só é ambientalmente sustentável quando a água é usada de forma eficiente e a água poluída do processamento é tratada. Os ecossistemas locais não têm a capacidade de processar as grandes quantidades de fluidos contaminados", disse o diretor-executivo da UTZ Certified, Han De Groot. "As comunidades rurais e a produção de café dependem, invariavelmente, de um suprimento disponível de água limpa. Assim, se é preciso abordar o fato do café produzido de uma maneira sustentável, então a água residual deve ser tratada ao ser liberada no meio ambiente", ele concluiu.
No momento, a UTZ Certified está introduzindo a tecnologia no Peru e no Brasil. A UTZ espera conseguir mais fundos e apoio do setor para reproduzir a iniciativa na África e na Ásia.
FONTE UTZ Certified
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