"Não existe oposição entre retomada da economia e segurança à vida humana", diz governador do RS Eduardo Leite em LIDE Live
Para chefe do Executivo gaúcho, a relação com o Governo Federal tem sido tumultuada e a situação política, com a troca de ministros, interfere no combate à pandemia. "Estado é uma coisa. Governo é outra", afirma.
SÃO PAULO, 28 de abril de 2020 /PRNewswire/ -- O governador do Estado do Rio Grande do Sul foi o expositor do LIDE Live da última sexta-feira (24), promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. No evento on-line, o chefe do Executivo gaúcho falou sobre o "Cenário atual nos estados e medidas em defesa à vida e à economia" e respondeu a perguntas de executivos e empresários de diversos setores da economia brasileira.
O evento remoto e interativo ocorreu em virtude da pandemia de Covid-19, o novo coronavírus, em medida alinhada às recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). O LIDE Live teve a medição do chairman do LIDE, Luiz Fernando Furlan, do presidente do LIDE Rio Grande do Sul, Eduardo Fernandez, e do diretor-executivo do Grupo Doria, João Doria Neto.
"Nosso governo elaborou uma matriz de riscos que mapeou, ao todo, 44 pontos de atenção. Eles foram divididos em diferentes indicadores para conhecermos qual o impacto real que pode ser causado e como podemos nos antecipar a eles", afirmou o governador, ao esclarecer como pretende reabrir a atividade comercial no estado. Para isso foi adotada uma estratégia mista, modulada e pactuada com a sociedade.
"Vamos adotar o conceito de distanciamento controlado, o que não significa flexibilização aleatória do isolamento social, tampouco retorno à normalidade. Não existe oposição entre retomada da economia e segurança à vida humana. Se o nível de transmissão de uma região é menor, podemos adotar uma liberação controlada do isolamento com monitoramento intensivo dessa região", explicou o governador do RS.
Eduardo Leite criticou o papel da União na crise. "Temos uma relação adequada com Ministério da Economia, que tem receio de passar um cheque em branco para os Estados. Mas faltou uma proposta do Governo Federal. Daí a Câmara tomar à frente. Porque algo precisa ser feito. O colapso significa um preço ainda mais alto para a população. Temos de colocar em operação o regime de socorro aos estados", considerou.
O governador do Rio Grande do Sul ainda disse que a instabilidade em Brasília (DF) prejudica no controle do coronavírus no país. "Situação política interfere no combate à pandemia. É preciso ter fôlego para enfrentar algo fora do 'script'. Estado é uma coisa. Governo é outra. Com ambiente político tumultuado, parte da energia tem de ser destinada à conciliação. É importante saber fazer política para ter ousadia técnica".
O LIDE Live foi patrocinado por Carrefour e teve como fornecedor oficial RCE.
FONTE LIDE
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