QS World University Rankings por Matéria 2024
USP sobe com o Brasil brilhando na odontologia
LONDRES, 10 de abril de 2024 /PRNewswire/ -- A QS Quacquarelli Symonds, analista internacional de ensino superior, divulgou hoje a décima quarta edição anual do QS World University Rankings by Subject.
Os resultados mostram que o Brasil é o país mais representado da América Latina e possui o maior número de programas da região entre os 50 melhores do mundo em sua área, com 22 programas. Isso coloca o Brasil pouco a frente do México nesse nível, com quem estava empatado na classificação do ano passado. Entretanto, sua concentração de programas de primeira linha continua atrás de seu concorrente regional mais próximo, com 7% de suas disciplinas classificadas entre as 50 melhores do mundo, quase a metade do México.
A edição de 2024 do QS World University Rankings by Subject oferece dados independentes sobre o desempenho de 309 programas em 28 universidades brasileiras. Do total de entradas de disciplinas classificadas, 20% (63) sobem na tabela, 21% (66) caem e 46% (141) permanecem estáveis em sua classificação ou faixa, sugerindo um grau notável de estabilidade. Trinta e nove programas foram classificados pela primeira vez.
QS World University Rankings by Subject 2024: América Latina |
||||||
Localização |
Total de instituições |
Total de matérias |
No. Top 50 |
% de disciplinas entre as 50 melhores |
No. Top 100 |
% de disciplinas entre as 100 melhores |
Brasil |
28 |
309 |
22 |
7.12 % |
64 |
20.71 % |
México |
18 |
156 |
21 |
13.46 % |
49 |
31.41 % |
Chile |
18 |
173 |
15 |
8.67 % |
40 |
23.12 % |
Colômbia |
16 |
138 |
7 |
5.07 % |
23 |
16.67 % |
Argentina |
16 |
98 |
7 |
7.14 % |
11 |
11.22 % |
Peru |
9 |
38 |
5 |
13.16 % |
||
Equador |
3 |
12 |
||||
Costa Rica |
2 |
7 |
||||
Uruguai |
1 |
6 |
||||
Venezuela |
1 |
3 |
||||
Porto Rico |
1 |
2 |
Além disso, o Brasil possui 47 registros nas cinco áreas de estudo (Artes e Humanidades, Engenharia e Tecnologia, Ciências da Vida, Ciências Naturais e Ciências Sociais). Dessas, 23 melhoram, 18 caem e cinco permanecem inalteradas, enquanto uma se classifica pela primeira vez.
A Universidade de São Paulo é a instituição mais forte do Brasil por uma margem significativa, com 49 entradas classificadas, incluindo 44 entre as 100 melhores do mundo, quase cinco vezes mais do que sua concorrente mais próxima nesse nível, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com nove. A USP também é sede da disciplina mais bem classificada do país, Odontologia, em 13º lugar.
QS World University Rankings by Subject 2024: Destaques do Brasil
- A USP é a terceira universidade da América Latina que mais melhorou entre aquelas com 10 ou mais programas classificados, com 25 entradas subindo na tabela, enquanto seis caem e 14 permanecem estáveis em sua classificação ou faixa, o que lhe dá um aumento geral de 39%. Ela também abriga os três programas mais aprimorados do Brasil, com Educação, subindo 24 posições para 73ª, Contabilidade, subindo 23 posições para 69ª, e Química, que salta 20 posições para 70ª.
- A disciplina mais prolífica do Brasil é Medicina, com 19 programas classificados. Mais uma vez, a USP tem o melhor desempenho, no 53º lugar, o único curso de Medicina do Brasil a ficar entre os 100 melhores do mundo. A Medicina é seguida de perto por Agricultura e Silvicultura, na qual 18 universidades estão classificadas, sendo que a melhor do país pertence à USP, em 32º lugar.
- A USP é a única universidade brasileira a aumentar sua representação entre as 50 melhores do mundo, com três disciplinas entrando nesse ranking.
Entradas brasileiras entre as 50 melhores do mundo |
|||
2024 |
2023 |
Instituição |
Assunto |
=44 |
54 |
Universidade de São Paulo |
Ciências ambientais |
=44 |
56 |
Universidade de São Paulo |
Farmácia e Farmacologia |
=44 |
51-100 |
Universidade de São Paulo |
Assuntos relacionados a esportes |
- A Odontologia é uma das matérias mais fortes do Brasil, com a USP alcançando a melhor classificação do país, ficando em 13º lugar graças a um desempenho excepcional no Índice H, o quarto melhor do mundo para essa matéria e o melhor desempenho do Brasil em qualquer indicador individual. Quatro dos cursos de Odontologia do Brasil estão entre os 50 melhores do mundo, e a Odontologia é responsável por três das dez entradas mais bem classificadas do Brasil.
Universidades brasileiras entre as 50 melhores do mundo em odontologia |
||
2024 |
2023 |
Instituição |
13 |
14 |
Universidade de São Paulo |
23 |
29 |
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) |
36 |
31 |
UNESP |
50 |
48 |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
• Da mesma forma, as universidades brasileiras demonstram força em Engenharia de Petróleo, com três colocações entre as 50 melhores nessa disciplina, sendo a mais forte delas a da Unicamp, que ocupa a 22ª posição.
Universidades brasileiras entre as 50 melhores do mundo em engenharia de petróleo |
||
2024 |
2023 |
Instituição |
22 |
24= |
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) |
24 |
24= |
Universidade de São Paulo |
42 |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
O vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter, disse: "O Brasil brilha no World University Rankings by Subject deste ano, registrando ganhos significativos em todos os indicadores da QS, especialmente em reputação, uma prova da crescente confiabilidade de sua excelência educacional e da influência de suas pesquisas e de seus graduados em todo o mundo."
Sowter continuou: "A proeza do Brasil em Odontologia é particularmente excepcional, um assunto no qual o país é um dos principais destinos de estudo do mundo, juntamente com a Austrália, o Reino Unido e os EUA. Enquanto isso, sua principal universidade, a Universidade de São Paulo, fortalece seu domínio na América Latina, destacando-se em Ciências Naturais e Engenharia e Tecnologia. Apesar dos obstáculos de financiamento, o desempenho do Brasil na classificação deste ano é uma prova, não apenas de sua resiliência diante da adversidade, mas de sua capacidade de se adaptar, modernizar e progredir."
Visão geral global
As classificações fornecem uma análise comparativa independente sobre o desempenho de mais de 16.400 programas universitários individuais, realizados por estudantes em mais de 1.500 universidades que podem ser encontradas em 96 locais em todo o mundo, em 55 disciplinas acadêmicas e cinco áreas amplas do corpo docente.1 Eles fazem parte do portfólio anual do QS World University Rankings, que foi consultado mais de 60 milhões de vezes em 2023 e coberto 124.000 vezes pela mídia e instituições em todo o mundo.
• As universidades australianas de Melbourne e Sydney possuem as 100 melhores matérias do mundo, com 53 e 52, respectivamente. No entanto, os três cursos mais bem classificados da Austrália são oferecidos pela University of Queensland, pela Monash University e pela Curtin University, que ocupam o segundo lugar em Assuntos Relacionados a Esportes, Farmácia, e Engenharia Mineral e de Mineração.
- A Universidade de Toronto abriga o maior número de inscrições nas 50 melhores disciplinas do mundo, com 46 nesse nível. No entanto, a University of British Columbia é a melhor do Canadá, ficando em terceiro lugar em matérias relacionadas a esportes.
- A China é o terceiro país mais representado nas classificações, atrás do Reino Unido e dos Estados Unidos. As universidades chinesas estão entre as 10 melhores do mundo em oito matérias, com a Universidade de Tsinghua fornecendo as três mais bem classificadas, incluindo a de melhor desempenho, História da Arte, em 5º lugar.
- A França é, com certa margem, o país que mais colabora internacionalmente no mundo, com 23 entradas entre as 10 principais da Rede Internacional de Pesquisa, mais do que qualquer outro país e dez a mais do que seu concorrente mais próximo, o Reino Unido, com 13.
- O Japão se recupera depois de mais de cinco anos de declínio geral, com 26% do total de entradas de assuntos classificados anteriormente subindo na tabela, enquanto 21% caem e 42% permanecem estáveis, o que dá um aumento geral de 5%.
- A Suíça apresenta a maior concentração de programas de primeira linha do mundo, com quatro (2%) em primeiro lugar. Embora o Reino Unido e os EUA tenham mais programas nesse nível, nenhum deles atinge uma concentração tão alta. Do total de entradas de matérias classificadas na Suíça, três são oferecidas pela ETH Zurich, o que a torna a instituição mais forte da Europa Continental e a quarta melhor do mundo nesse quesito.
- O Brasil é o país mais representado na América Latina em geral e entre os 100 primeiros. O país está classificado em 309 programas, 64 dos quais estão entre os 100 melhores. Enquanto isso, o México é o país da região com o maior número de inscrições entre as 20 melhores matérias, com quatro.
- Duas universidades latino-americanas possuem programas entre os 10 melhores do mundo em suas áreas, com a Universidad de Chile em nono lugar em Engenharia Mineral e de Mineração e a Universidad Nacional Autónoma de México subindo da 17ª para a 10ª posição em Antropologia.
- Omã é o país mais bem classificado do mundo, entre os locais com 10 ou mais programas classificados, com uma melhoria geral de 50%. Enquanto isso, a King Fahd University of Petroleum & Minerals, da Arábia Saudita, abriga os dois programas mais bem classificados da região árabe, com Engenharia de Petróleo e Engenharia Mineral e de Mineração em quinto e oitavo lugares, respectivamente.
- As instituições do Reino Unido estão no topo de 16 tabelas de matérias, com a Universidade de Oxford liderando em quatro. Ela é seguida pela Universidade de Cambridge, UCL, Royal College of Art e Royal College of Music, cada uma com duas matérias no topo. O Reino Unido possui a maior concentração de programas entre os três primeiros do mundo, com 4% de colocação nesse nível.
- As universidades dos EUA lideram em 32 disciplinas. A Universidade de Harvard é a instituição com o melhor desempenho do mundo, ficando em primeiro lugar em 19 disciplinas. Ela é seguida pelo MIT, que lidera em 11 disciplinas.
Sowter disse: "A análise da QS das tendências de desempenho em quase 16.000 departamentos universitários em todo o mundo continua a esclarecer os fatores que influenciam a qualidade das instituições de ensino superior em nível global. Uma perspectiva internacional continua sendo fundamental, manifestada pela diversidade de alunos, corpo docente e relações de pesquisa. Além disso, as universidades com mobilidade ascendente se beneficiaram de investimentos sustentáveis e direcionados, destacando a importância do apoio governamental. Enquanto isso, o desenvolvimento de parcerias com o setor está relacionado a um melhor desempenho em empregos e pesquisas."
Ele acrescentou: "Esse exame do desempenho das universidades ocorre em um momento crucial, considerando os desafios impostos pela inflação global e pela instabilidade geopolítica. Esta última, identificada pelo Fórum Econômico Mundial em 2023 como um grande risco para as organizações em todo o mundo, apresenta desafios e oportunidades consideráveis e imprevisíveis, já que mais da metade da população mundial em mais de 50 países participa de um dos anos eleitorais mais significativos da história. Diante desse cenário, a importância de proteger e apoiar o ensino superior em todo o mundo nunca foi tão essencial, pois ajuda a impulsionar o progresso social e a inovação."
Metodologia
A QS utiliza cinco métricas principais para compilar as classificações das disciplinas. A ponderação exata de cada métrica varia de acordo com o assunto para refletir as diferentes culturas de publicação entre as disciplinas. Por exemplo, o desempenho da pesquisa, com base na análise do banco de dados bibliométrico Scopus/Elsevier, é considerado um indicador mais forte da força institucional em Medicina, onde a disciplina é altamente dependente da disseminação da pesquisa, do que em Artes Cênicas, onde a disciplina é mais vocacional por natureza.
Informações metodológicas detalhadas podem ser encontradas em https://www.TopUniversities.com/subject-rankings/methodology.
O ranking completo pode ser conferido em https://www.TopUniversities.com/subject-rankings/2024
Logo - https://mma.prnewswire.com/media/2142268/4139307/QS_Quacquarelli_Symonds_Logo.jpg
FONTE QS Quacquarelli Symonds
Partilhar este artigo