Uso prolongado de aspirina reduz a incidência de cânceres digestivos em até 47%
BARCELONA, 30 de outubro de 2017 /PRNewswire/ -- O uso prolongado de aspirina demonstrou significativa redução na incidência de cânceres digestivos, conforme descoberta da nova pesquisa apresentada hoje na 25a. Semana da União Europeia de Gastroenterologia (UEG Week)1.
Em um estudo envolvendo mais de 600.000 pessoas, os pesquisadores compararam pacientes para os quais a aspirina foi prescrita durante um longo período de tempo (por no mínimo seis meses, a duração média da aspirina prescrita foi de 7,7 anos) com pacientes não usuários de aspirina e avaliou as incidências de uma série de cânceres. Os pacientes prescritos com aspirina apresentaram uma redução de 47% na incidência de câncer de fígado e de esôfago, uma redução de 38% na incidência de câncer gástrico, uma redução de 34% na incidência de câncer de pâncreas e uma redução de 24% na incidência de câncer colorretal.
Os cânceres digestivos são responsáveis por quase um quarto dos casos de câncer na Europa2. Os cânceres colorretal, gástrico e de pâncreas estão entre os cinco principais cânceres letais por todo o continente, com os cânceres digestivos representando 30,1% das mortes causadas pelo câncer.
A aspirina é usada em todo o globo para tratar de várias condições de saúde, variando de prescrições para alívio a curto prazo da dor a tratamentos prolongados. Enquanto o uso da aspirina está sujeito a debates contínuos dentro da comunidade médica, um recente estudo descobriu que os pacientes que pararam de tomar aspirina ficaram 37% mais propensos a terem um evento cardiovascular adverso, tal como infarto ou AVC, do que aqueles que continuaram com a prescrição3.
Local do câncer |
Redução na incidência de câncer nos usuários de aspirina (comparado com não usuários) |
Fígado |
47% |
Esôfago |
47% |
Gástrico |
38% |
Pâncreas |
34% |
Colorretal |
24% |
Tabela 1 – Redução na incidência do câncer digestivo
O efeito do uso prolongado da aspirina na incidência do câncer foi também examinado para cânceres fora do aparelho digestivo. Neste exame, uma redução significativa foi apresentada para alguns (leucemia, pulmão e próstata), mas não para todos (mama, bexiga, rins e mieloma múltiplo) cânceres.
O pesquisador líder, Professor Kelvin Tsoi da Universidade Chinesa de Hong Kong, apresentou hoje o estudo na 25a. UEG Week em Barcelona. "As descobertas demonstram que o uso prolongado da aspirina pode reduzir o risco de desenvolver muitos dos principais tipos de câncer", comentou o Professor Tsoi. "O que deve ser observado é a importância dos resultados para os cânceres dentro do trato digestivo, onde as reduções da incidência do câncer foram todas muito substanciais, especialmente para os cânceres de fígado e de esôfago".
Notas para os editores
1. Tsoi, K. et al. Uso prolongado da aspirina é mais efetivo para redução das incidências de cânceres gastrointestinais do que cânceres não gastrointestinais: Um estudo baseado na população com duração de 10 anos realizado em Hong Kong. Apresentado na UEG Week Barcelona 2017.
2. GLOBOCAN, IARC (2012). Seção de Supervisão do Câncer.
3. A suspensão do tratamento com aspirina aumenta o risco cardiovascular em mais de um terço (2017). Disponível no endereço: https://www.medicalnewstoday.com/articles/319541.php
FONTE United European Gastroenterology (UEG)
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