UMA NOVA ERA DE MULTILATERALISMO, COMÉRCIO SUSTENTÁVEL E COMÉRCIO DE SERVIÇOS PARA IMPULSIONAR O COMÉRCIO GLOBAL - RESULTADOS DO RELATÓRIO "FUTURE OF TRADE" DA DMCC
- Após um ano recorde de comércio em 2021, espera-se que o crescimento global do comércio permaneça robusto em 2022, embora em ritmo menos acelerado
- Espera-se que surja um novo multilateralismo, com cada vez mais acordos comerciais bilaterais, regionais e envolvendo várias partes
- Com a assinatura de 27 acordos abrangentes de parceria econômica, os Emirados Árabes Unidos são a representação da nova era do multilateralismo
- Desenvolvimentos em ativos virtuais, como moedas digitais de bancos centrais, podem remodelar as finanças, o comércio e os investimentos globais
- O relatório completo pode ser acessado e baixado aqui: www.futureoftrade.com
DUBAI, Emirados Árabes Unidos, 5 de julho de 2022 /PRNewswire/ -- O comércio global, que alcançou um recorde de USD 28,5 trilhões em 2021[1], deve crescer de forma constante em 2022 e nos próximos anos como uma nova era de multilateralismo, sustentada pela regionalização, pelo comércio de serviços, pela inovação e pelo comércio sustentável. Isso contraria o impacto da desaceleração da economia global, de acordo com o mais recente relatório Future of Trade de 2022 da DMCC, intitulado "Uma Nova Era de Multilateralismo".
Embora o crescimento comercial possa ser um pouco mais lento em 2022, em comparação com 2021, no geral, há motivos para otimismo, apesar de questões bem assinaladas como as consequências da guerra na Ucrânia e da pandemia. A demanda reprimida provocada pelo choque da COVID-19 já está impulsionando o comércio de mercadorias; prevê-se que haja uma recuperação no comércio de serviços.
Ahmed Bin Sulayem, presidente executivo e CEO da DMCC, disse: "Após um ano recorde de comércio em 2021, esperamos que o crescimento do comércio global permaneça resiliente em 2022, embora com alguma desaceleração no ritmo. Além do apoio imediato de uma recuperação na demanda reprimida causada pela COVID-19, também estão em andamento mudanças de longo prazo que devem ajudar o comércio internacional nos próximos anos. Entre elas estão um maior regionalismo, força no comércio de serviços, inovação e políticas climáticas.
"Há uma necessidade conjunta para o futuro do comércio e a construção de economias mais resilientes a crises, compensando as deficiências na infraestrutura e no financiamento comercial. Enfrentar ambos de uma forma ambientalmente sustentável será crucial. Da mesma forma, eliminar o abismo digital entre países e setores para oferecer os benefícios do comércio global a todos."
Uma nova era de multilateralismo
A geopolítica, como sempre, moldará o cenário comercial nos anos 2020, com base em novos desenvolvimentos no regionalismo, no comércio bilateral e nos fluxos de investimento globais. É provável que políticas comerciais nacionalistas – em vez de protecionistas – continuem a predominar. É provável que surja um novo multilateralismo. É provável que as antigas formas de multilateralismo desapareçam, enquanto novas formas, como o aumento do regionalismo, impulsionem o comércio internacional em novos setores, como digitalização e sustentabilidade, predominantemente.
As negociações bilaterais, regionais e envolvendo várias partes estão aumentando. Nos Emirados Árabes Unidos, o objetivo do governo é assinar 27 acordos abrangentes de parceria econômica bilateral com importantes parceiros comerciais, incluindo oito este ano, uma vez que o país busca impulsionar o comércio e os investimentos diretos estrangeiros. Em outro lugar, as candidaturas da China e de Taiwan para participar do Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica, além do atual processo de adesão do Reino Unido, oferecem oportunidades de investimento comercial e bilateral.
Sob o novo paradigma comercial, os investimentos e o comércio internacionais buscarão cada vez mais mercados, em vez de buscar eficiência. A convergência entre a abertura comercial e a transformação digital continuará a ser uma conjuntura determinante, e o desenvolvimento de redes compatíveis e conectivas será fundamental.
Desenvolvimentos em ativos virtuais, como moedas digitais de bancos centrais, podem remodelar as finanças, o comércio e os investimentos globais. Tecnologias inovadoras continuam a impulsionar ganhos de produtividade, desenvolvimento sustentável e aceleração de crescimento em todo o mundo. O comércio e a tecnologia continuarão a buscar sinergias em 2022 e no futuro.
Feryal Ahmadi, diretor de operações da DMCC, disse: "Um comércio global robusto ajudará a desenvolver resiliência, sustentabilidade e crescimento econômico em 2022 e no futuro, oferecendo bens e serviços aos países. A reestruturação global da cadeia de valor continuará a ser uma fonte de normalização comercial e de recuperação revigorante no crescimento global e no comércio internacional, viabilizando a diversificação econômica e permitindo que os países sejam menos dependentes de um número limitado de importadores, exportadores e setores."
O relatório Future of Trade de 2022 apresenta uma série de recomendações importantes para empresas e governos:
Recomendações estratégicas para empresas:
- Aumento do compartilhamento de informações por meio das telecomunicações (tanto por meio de tecnologias tradicionais quanto novas). Isso ajudaria a prever, atenuar e gerenciar choques inesperados (como tensões geopolíticas e desastres naturais).
- Simplificação e digitalização dos processos de facilitação comercial. Devem-se adotar procedimentos e processos alfandegários mais rápidos e cada vez mais automatizados a fim de ajudar a compensar o aumento persistente nos custos comerciais.
- Ampliação e diversificação do crédito entre empresas. Isso reduziria os riscos. As empresas e intermediários financeiros devem estar coordenados para lidar com exposições dentro das cadeias de suprimentos por meio de créditos aprimorados entre as empresas.
- Em coordenação com o governo, deve haver uma maior ênfase estratégica na diversificação econômica para apoiar a resiliência e as iniciativas sustentáveis contra choques no preço do petróleo e incertezas climáticas na produção.
Recomendações estratégicas para governos:
- Continuar priorizando o preenchimento das lacunas de financiamento comercial, por exemplo, por meio de agências de crédito para exportação, a expansão de programas de capital de giro e novas facilidades para apoiar PMEs exportadoras.
- A promoção comercial deve ser uma prioridade na elaboração de políticas. As relações comerciais mais tênues devem ser priorizadas, considerando o fato de que, conforme os fluxos comerciais bilaterais aumentam, os fluxos comerciais bilaterais associados com o país par tendem a cair.
- Os empréstimos bancários garantidos pelo governo devem ser utilizados para comprar dívidas comerciais e injetar dinheiro nas cadeias de suprimentos. Além disso, esses empréstimos garantidos podem ser titularizados e financiados por um banco central.
- Aumentar o desempenho logístico. Reduzir os custos comerciais por meio de maior eficiência alfandegária e controle de fronteiras, melhoria da qualidade da infraestrutura de comércio e transporte e facilidade para conseguir remessas a preços competitivos.
Três alterações tectônicas
De acordo com a pesquisa, a nova era do multilateralismo será moldada por três alterações tectônicas na economia global.
Em primeiro lugar, haverá uma migração natural para a elevação das barreiras à medida que os países se tornarem cada vez mais sensíveis aos custos do protecionismo, o que muitos países puderam comprovar quando a pandemia paralisou o comércio global.
Em segundo lugar, a inflação continuará a subir, e o reforço das políticas dos bancos centrais se tornará mais pronunciado para combater o aumento dos preços. Isso torna os empréstimos mais caros em todo o mundo, reduzindo a demanda por importações e piorando a competitividade nas exportações.
Finalmente, o comércio global será afetado pela crise climática em termos de choques econômicos e oportunidades que ela oferecerá. Embora possa ser necessária intervenção governamental para limitar potenciais perdas econômicas, devemos observar um aumento da demanda por bens sustentáveis, tanto nas economias desenvolvidas quanto em desenvolvimento, gerando novas oportunidades para o comércio sustentável.
Lançamento do relatório
Durante o evento de lançamento, realizado na Asia House em Londres, no Reino Unido, especialistas em comércio global participaram de um painel de discussões para compartilhar suas opiniões sobre o relatório. Entre os palestrantes estavam Pascal Lamy, ex-diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), além de conferencistas do Standard Chartered Bank, Oliver Wyman, Hitachi e Pernod Ricard.
A "Future of Trade" é a principal pesquisa bienal da DMCC sobre a natureza mutante do comércio global. Ela analisa o impacto da tecnologia, das tendências econômicas globais e da geopolítica sobre o futuro do comércio, com foco no crescimento do comércio, cadeias de suprimentos, financiamento comercial, infraestrutura e sustentabilidade. Com um panorama atualizado da maneira como o comércio se desenvolverá nos anos 2020, o relatório é relevante para qualquer leitor envolvido no comércio, na elaboração de políticas comerciais, em investimentos internacionais e na operação de empresas com cadeias de valor globais.
Para ler o relatório completo da DMCC, acesse: www.futureoftrade.com
[1] Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)
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FONTE DMCC
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