Simpósio do Marrocos aborda tema do estigma e da discriminação associados com a hanseníase
TÓQUIO, 4 de novembro de 2014 /PRNewswire/ -- Um recente simpósio no Marrocos sobre a hanseníase e os direitos humanos foi uma oportunidade para Naima Azzouzi falar publicamente, pela primeira vez, sobre a doença com que ela foi diagnosticada na idade de 9 anos. Azzouzi é a presidente de uma associação de pessoas afetadas pela hanseníase no Marrocos, formada no início deste ano para combater o estigma e a discriminação que ela e outros como ela enfrentam.
"Quero agradecer aos organizadores pela realização deste evento. É a primeira vez que fomos capazes de expressar nossos sentimentos", ela disse a um público de representantes governamentais, especialistas em direitos humanos, ONGs e pessoas afetadas pela hanseníase, em Rabat, em 28 de outubro. "Nós queremos que as pessoas saibam que temos direitos humanos fundamentais".
Patrocinado pela Fundação Nippon, o simpósio foi o quarto de uma série acontecendo em regiões diferentes do mundo, para disseminar os Princípios e as Diretrizes para a Eliminação da Discriminação contra Pessoas Afetadas pela Hanseníase e Seus Familiares, endossada por uma resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 2010.
Embora a hanseníase seja completamente curável, o estigma e a discriminação profundamente enraizados, associados com a doença, permanecem generalizados. Para aqueles afetados, isto pode significar viver à margem da sociedade, onde oportunidades de educação, emprego e acesso aos serviços públicos são severamente restritos.
"Mesmo que você venha a ser clinicamente curado, você ainda terá a doença, enquanto houver estigma e discriminação", disse nesta reunião Alem Galeta, um membro do conselho da Associação Nacional Etíope de Pessoas Afetadas pela Hanseníase.
Simpósios anteriores foram realizados no Brasil, Índia e Etiópia. No primeiro simpósio, no Rio de Janeiro em 2012, um Grupo Internacional de Trabalho foi fundado para desenvolver um plano para garantir que os governos efetivem os Princípios e Diretrizes.
Barbara Frey, diretora do Centro para Direitos Humanos da Universidade de Minnesota e um membro do grupo de trabalho, notou que os Princípios e Diretrizes têm base na Carta das Nações Unidas. "Este compromisso global com os direitos humanos não poderá ser alcançado se os direitos de qualquer grupo particular de pessoas não forem totalmente respeitados e protegidos".
O Grupo Internacional de Trabalho vai emitir suas recomendações no quinto e ultimo simpósio, a ser realizado em Genebra, Suíça, em junho de 2015.
Contato:
Natsuko Tominaga
Departmento de RP
The Nippon Foundation
+81-3-6229-5131
[email protected]
FONTE The Nippon Foundation
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