Relatório Mundial de Alzheimer de 2011 mostra que o diagnóstico antecipado do Mal de Alzheimer apresenta benefícios de saúde, financeiro e social
Chamada para que as nações apoiem o diagnóstico e a intervenção antecipados
NOVA YORK e LONDRES, 13 de setembro de 2011 /PRNewswire/ -- O World Alzheimer Report 2011 (Relatório Mundial de Alzheimer), divulgado hoje pela Alzheimer's Disease International (ADI), mostra que existem intervenções que são eficazes nas etapas iniciais do mal de Alzheimer, sendo que algumas delas podem ser mais eficazes quando iniciadas mais cedo, e que existe um forte ponto econômico a favor do diagnóstico antecipado e da intervenção oportuna.
Para se preparar para o relatório chamado de "The Benefits of Early Diagnosis and Intervention" (Os benefícios do Diagnóstico e da Intervenção Antecipados), a ADI contratou uma equipe de pesquisadores liderada pelo Prof. Martin Prince do Institute of Psychiatry, King's College London, para realizar a primeira avaliação abrangente e sistemática de toda a evidência do diagnóstico e da intervenção antecipados da demência.
Atualmente, grande parte das pessoas com demência recebe um diagnóstico atrasado e às vezes nem recebe o diagnóstico no decorrer da doença, e isso causa a "falta de tratamento". Isto limita e muito o acesso à valiosa informação, tratamento, cuidado e suporte, ampliando os problemas para todos os pacientes, famílias, cuidadores, comunidades e sistemas de saúde envolvidos.
"Não existe uma única maneira de eliminar a falta de tratamento em todo o mundo", disse o Prof. Prince, o principal autor do relatório. "O que ficou claro é que cada país precisa de uma estratégia nacional para a demência que promova o diagnóstico antecipado e um cuidado contínuo depois. Os serviços de cuidados primários, centros especializados em diagnóstico e tratamento, e serviços comunitários têm todos a sua responsabilidade mas com diferentes níveis, de acordo com os recursos disponíveis".
"A falha em diagnosticar o mal de Alzheimer dentro de um período adequado representa a trágica falta de oportunidade de melhorar a qualidade da vida de milhões de pessoas", disse a Dra. Daisy Acosta, Chairman da ADI. "Isto é mais um problema para o principal desafio de saúde, social e fiscal global maciço que esperamos destacar na semana que vem na Reunião de Cúpula das Nações Unidas sobre Doenças não Comunicáveis".
O novo relatório ADI revela o seguinte:
- Até três-quartos das 36 milhões de pessoas com demência em todo o mundo não foram diagnosticadas e, por isso, não podem se beneficiar com o tratamento, informação e cuidados. Nos países de renda alta, apenas 20-50% dos casos de demência são reconhecidos e documentados no cuidado primário. Nos países de renda baixa ou média, esta proporção pode chegar até a apenas 10%.
- A falta de diagnóstico frequentemente é resultado da suposição falsa de que a demência faz parte do envelhecimento normal e que nada pode ser feito para ajudar. Ao contrário, o novo relatório revela que as intervenções podem fazer diferença, até mesmo nas etapas iniciais da doença.
- Drogas e intervenções psicológicas para pessoas nas etapas iniciais da demência podem melhorar a cognição, independência e a qualidade de vida. O suporte e o aconselhamento para cuidadores podem melhorar o humor, reduzir a tensão e retardar a internação das pessoas com demência.
- Os governos, preocupados com o aumento dos custos com cuidados a longo prazo da demência, devem "gastar agora para economizar mais tarde". Baseado na avaliação das análises econômicas, o relatório estima que o diagnóstico antecipado pode trazer uma economia líquida de até US$10.000,00 por paciente nos países de renda alta.
"No ano passado, a equipe de pesquisa analisou milhares de estudos científicos que detalham o diagnóstico e o tratamento antecipados, e encontramos evidência que indica benefícios reais para os pacientes e cuidadores", disse Marc Wortmann, Diretor Executivo da ADI. "O diagnóstico antecipado também pode transformar o desenho e a execução dos testes clínicos de novos tratamentos. Mas, primeiro, temos que garantir que as pessoas tenham acesso às intervenções eficazes já comprovadas e disponíveis, e isso significa que os sistemas de saúde têm que estar preparados, treinados e habilitados a oferecer diagnóstico oportuno e preciso, que seja comunicado com sensibilidade, e suporte adequado".
Para isso, a ADI recomenda que todos os países tenham uma estratégia nacional para o mal de Alzheimer/demência que promova o diagnóstico e a intervenção antecipados. Mais precisamente, os governos devem:
- Promover a competência básica para os médicos e outros profissionais de cuidado da saúde quanto à detecção antecipada da demência nos serviços de cuidado primário.
- Se possível, criar redes de centros de diagnósticos especializados para confirmar o diagnóstico da demência nas etapas iniciais e formular planos de gerenciamento de cuidado.
- Nos ambientes com poucos recursos, aplicar as regras desenvolvidas recentemente pela OMS para o diagnóstico e o gerenciamento inicial dos trabalhadores de saúde não especializados.
- Anunciar a disponibilidade de intervenções baseadas em evidência que sejam eficazes para a melhoria da função cognitiva, tratamento da depressão, melhoria do humor do cuidador e o atraso da internação.
- Maior investimento em testes de controle randomizado especialmente pesquisados para testar drogas mais antecipadamente e por períodos de tempo mais longos, e para testar a eficácia das intervenções particularmente relevantes para a demência na etapa inicial.
Sobre a demência e o mal de Alzheimer
A demência é uma síndrome que pode ser causada por uma série de desordens progressivas que afetam a memória, pensamento, comportamento e capacidade de executar as atividades diárias. O mal de Alzheimer é a causa mais comum da demência. http://www.alz.co.uk/about-dementia.
De acordo com o Relatório Mundial de Alzheimer de 2009, o número de pessoas com demência está previsto para quase que dobrar a cada 20 anos, de 36 milhões em 2010 para 115 milhões em 2050. De acordo com o Relatório Mundial de Alzheimer de 2010, o custo associado com a demência alcançou o total de US$604 bilhões, cerca de 1% do PIB global.
Setembro de 2011 é o primeiro Mês do Alzheimer no Mundo. http://www.alz.org/wam/wam.asp.
Sobre o Relatório Mundial de Alzheimer de 2011
O Relatório Mundial de Alzheimer de 2011 está disponível no http://www.alz.co.uk/worldreport2011, juntamente com os relatórios publicados nos anos anteriores.
Alzheimer's Disease International (ADI) é a federação internacional com 76 associações de Alzheimer que dão suporte às pessoas com demência e seus parentes nos seus respectivos países. Fundada em 1984, a ADI serve como uma rede de associações de Alzheimer em todo o mundo que compartilham e trocam informação, recursos e habilidades. Sua visão é "melhorar a qualidade de vida para as pessoas com demência e suas famílias". A ADI está baseada em Londres e registrada como organização sem fins lucrativos no estado de Illinois. Para mais informações, visite http://www.alz.co.uk/.
The Institute of Psychiatry é uma faculdade do King's College London e um dos maiores centros de pós-graduação do mundo para pesquisa e ensino de psiquiatria, psicologia e disciplinas afins, incluindo a neurociências básica e clínica. Conhecida mundialmente pela qualidade do nível da sua pesquisa em psiquiatria e psicologia, o Instituto é o centro de pesquisa mais citado fora dos EUA e o segundo mais citado do mundo de acordo com o Thomson ISI Essential Science Indicators. Sua experiência de aprendizado liderado por pesquisa de categoria mundial atrai os principais alunos do mundo. Para mais informações, visite http://www.kcl.ac.uk/iop/index.aspx.
King's College London faz parte do King's Health Partners Academic Health Sciences Centre (AHSC), que fornece cuidado de saúde para pacientes e realiza ciências e pesquisa relativas à saúde. Para mais informações, visite http://www.kingshealthpartners.org/.
FONTE Alzheimer's Disease International
FONTE Alzheimer's Disease International
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