Relatório da Omidyar Network revela mudanças no segmento de pontuação de crédito nos mercados emergentes

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REDWOOD CITY, Califórnia, 26 de outubro de 2015 /PRNewswire/ -- A Omidyar Network divulgou hoje um relatório de pesquisa chamado "Big Data, Small Credit: The Digital Revolution and Its Impact on Emerging Market Consumers", ("Muitos dados, pouco crédito: a revolução digital e seu impacto nos consumidores dos mercados emergentes", tradução livre) que analisa uma nova categoria de empresas de tecnologia que estão modificando a maneira tradicional de avaliar o risco de crédito dos consumidores nos mercados emergentes. O uso de dados não financeiros – como atividade na mídia social e padrões de uso de telefone celular –, algoritmos complexos e análise de big data está oferecendo uma forma mais rápida, mais barata e mais eficaz de avaliar o crédito dos consumidores que não possuem histórico de crédito e que antes não eram vistos pelos financiadores.   

"O setor de serviços financeiros está entrando em uma nova fase, em que aproveitar o poder das informações digitais para atender a novos segmentos está se tornando a nova norma", disse Mike Kubzansky, sócio da Omidyar Network. "As empresas no segmento de 'Muitos dados, pouco crédito' são um exemplo de como essa mudança de paradigma pode trazer um universo totalmente novo de clientes para os financiadores formais e ajudar os consumidores nos mercados emergentes a obter os serviços de que necessitam para desfrutarem de uma vida melhor."

O relatório analisa como a revolução digital e a decorrente explosão de dados convergiram para ampliar significativamente o mercado de crédito ao consumidor endereçável para os financiadores tradicionais e alternativos nos mercados em desenvolvimento. Apenas na Índia, essa nova abordagem para avaliação de risco pode trazer de 100 a 160 milhões de clientes novos para o mercado de crédito ao consumidor, o que significaria triplicar o mercado atual adressável para os financiadores do setor varejista no país.  

O relatório "Big Data, Small Credit" também examina as oportunidades e os desafios futuros para essas novas empresas. Apresenta os resultados de uma pesquisa do consumidor detalhada e feita com os primeiros usuários no Quênia e na Colômbia, explorando as questões mais urgentes sobre privacidade e confiabilidade, e apresenta recomendações para as principais partes envolvidas sobre como aproveitar todas as vantagens desse novo campo em evolução. 

"Ouvir os primeiros usuários é fundamental para aproveitar o potencial do negócio de 'Muitos dados, pouco crédito'", disse Arjuna Costa, parceiro de investimentos da Omidyar Network. "Nossa pesquisa revela que os consumidores nos mercados emergentes entendem perfeitamente as implicações de privacidade desse tipo de solução, e sete entre dez estão dispostos a compartilhar informações que consideram privadas para obter um empréstimo."  

A pesquisa do consumidor revelou que os primeiros usuários podem articular, diferenciar e classificar tipos diferentes de informações privadas. Eles também são mais jovens, possuem emprego estável, e nível mais alto de educação e de conhecimento sobre tecnologia do que a média da população dos dois países pesquisados. Trata-se, portanto, de um segmento atraente de consumidores para qualquer financiador. Porém, quando enfrentam emergências e desafios com fluxo de caixa, a grande maioria ainda recorre a fontes informais: 

• 88 por cento dos respondentes no Quênia e 59 por cento na Colômbia recorrem a parentes e amigos a quem pedem dinheiro emprestado
• 76 por cento dos respondentes no Quênia e 34 por cento na Colômbia utilizam outras fontes informais de crédito, como casas de penhores, agiotas, etc.¹

O relatório indica que esse novo tipo de negócio está apenas engatinhando e que a maioria dos fornecedores ainda está testando algoritmos, modelos, e fontes de dados, mas já é possível verificar as vantagens econômicas e sociais dessa abordagem. Nas seis maiores economias emergentes do mundo – China, Brasil, Índia, México, Indonésia e Turquia – essa nova tecnologia poderá ajudar entre 325 e 580 milhões de pessoas a ter acesso a crédito formal pela primeira vez. Porém, para capitalizar essa oportunidade, o relatório recomenda um esforço conjunto do setor para criar um ecossistema no qual essas empresas possam se desenvolver. Especificamente, encoraja os que já estão estabelecidos no setor financeiro a aprimorar suas plataformas de avaliação de risco atuais com essas novas tecnologias, e aconselha os responsáveis pelas políticas a equilibrar a necessidade de proteção do consumidor com o imperativo de não regular esse setor nascente rápido demais. 

Como parte dessa iniciativa de inclusão financeira, a Omidyar Network investe há muito tempo em soluções cujo objetivo é reduzir o alto custo da análise de crédito nos mercados emergentes, inclusive investimentos nos estágios iniciais em empresas pioneiras no setor, como Lenddo, Cignifi, e RevolutionCredit.

O relatório completo pode ser baixado em: www.omidyar.com/spotlight/what-big-data-small-credit 

Sobre a Omidyar Network
A Omidyar Network é uma empresa filantrópica de investimento dedicada a canalizar o poder dos mercados para criar oportunidades para as pessoas melhorarem sua vida. Fundada em 2004 pelo fundador da eBay, Pierre Omidyar, e sua esposa Pam, a organização investe em organizações inovadoras e as ajuda na sua expansão para catalisar as mudanças econômicas e sociais. A Omidyar Network já aplicou mais de US$ 872 milhões em organizações com e sem fins lucrativos que promovem o avanço econômico e incentivam a participação individual em múltiplas iniciativas, inclusive internet e telefonia móvel de consumo, educação, inclusão financeira, governança e engajamento dos cidadãos e direitos de propriedade. Para saber mais, acesse www.omidyar.com, e siga no Twitter @omidyarnetwork #PositiveReturns.

¹ Os números ultrapassam 100 por cento porque os consumidores podiam escolher várias opções nas suas respostas à pesquisa. 

FONTE Omidyar Network

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