Ranking latino de usuários de prostituição nos Jogos Olímpicos do Río que pedem para apagar seus rastros na Internet
-- Os usuários de México encabeçam o ranking, seguidos por argentinos, brasileiros, bolivianos e colombianos
-- Usuários da Nicarágua, Panamá e Honduras são os menos ativos entre o que pedem para apagar sua pegada digital no Rio
RIO DE JANEIRO, 22 de agosto de 2016 /PRNewswire/ -- O último informe Net Index Eliminalia publicado hoje revela que os pedidos para apagar dados na Internet, relativos à solicitação de prostituição durante os Jogos Olímpicos do Rio, tiveram um crescimento excepcional nas últimas semanas por parte de clientes procedentes de países latino-americanos.
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Os usuários do México que viajaram para o Rio nestes dias encabeçam o ranking do número de visitas na Web para a captação de serviços sexuais nessa cidade brasileiras, com 331 pedidos para apagar seus dados na Internet durante as últimas semanas, o que supõe um aumento de 124% em relação aos pedidos feitos no México para eliminar o rastro online no mesmo período do ano passado.
No segundo posto do ranking estão os usuários online da Argentina, com 189 pedidos de eliminação de seus dados relacionados com sua estada no Rio (+ 97% em comparação com 2015). O terceiro posto foi ocupado pelo Brasil com 124 pedidos (+ 92%), o quarto pela Bolívia com 98 pedidos (+ 80%) e o quinto pela Colômbia com 55 pedidos (+ 77%). Outros aumentos de mais de 50% em número de pedidos para eliminação de pegadas digitais vieram do Caribe, Chile, Uruguai, Peru, Equador e Venezuela. Os usuários da Internet que menos pediram para eliminar seu perfil na mídia social, devido à solicitação de serviços de prostituição no Rio, são da Nicarágua, Panamá e Honduras.
Os pedidos de eliminação de contatos sexuais que, de uma forma ou outra, envolvem o cliente ou a prostituta (também gays e transexuais) provêm sobretudo de atletas que foram paulatinamente desclassificados em suas respectivas competições, treinadores, pessoal técnico registrado nas delegações oficiais, membros de federações esportivas e jornalistas credenciados para cobrir os Jogos Olímpicos, que não desejam aparecer nas redes sociais como fregueses de comércio sexual.
Esse barômetro Net Index Eliminalia comparou o tráfego de usuários nos sites de sexo, acompanhantes e prostíbulos nos últimos 30 dias, entre 21 de julho e 21 de agosto de 2016, em comparação com o registrado no mesmo período de 2015. As informações de tráfego foram cruzadas com os pedidos para apagar dados recebidos pela Eliminalia nessas últimas semanas na América Latina.
A batida policial de 28 de julho contra prostitutas alojadas em um edifício da Barra da Tijuca, nas proximidades do Parque Olímpico, em que foram detidas duas pessoas, e à qual se seguiram outras intervenções policiais nos dias consecutivos, fez com que a Internet se convertesse, rapidamente, em um veículo de contato menos exposto publicamente.
Paralelamente, foram aparecendo na Internet denúncias de prostitutas contra a polícia, em razão da violência empregada em algumas das evacuações de clubes. A isso se deve acrescentar casos de adolescentes em ambos os sexos menores de idade, entre 13 e 17 anos, que se apresentaram na Internet com identidade real ou falsa e que agora querem apagar sua pegada digital urgentemente.
Cada atleta recebeu 42 preservativos no Río
A questão da prostituição durante os Jogos Olímpicos no Rio já se tornou pública, com antecedência, quando se soube que o Comitê Organizador brasileiro iria entregar a 10.500 atletas e a suas equipes técnicas um total de 450.000 preservativos ("camisinhas" no jargão brasileiro). Isso significa 42 preservativos para cada atleta (3 por dia de competição, em média), cifra que triplica os 15 preservativos que foram distribuídos nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. A medida foi adotada para evitar a propagação do vírus Zika por transmissão sexual, bem como o da AIDS.
O presidente da Eliminalia, Dídac Sánchez, declarou: "O direito ao esquecimento na Internet é um direito fundamental, que afeta a todos, independentemente do tema. Muitas pessoas e empresas sofrem problemas econômicos, há menores de idade que são perseguidos por bullying, pessoas sem emprego prejudicadas por sua fama na Internet, e o que querem é simplesmente mudar seu perfil público. Para todos eles, é fundamental apagar seu passado online".
O barômetro da pegada digital Net Index Eliminalia é elaborado pelo serviço de estúdios da empresa Eliminalia (http://www.eliminalia.com), principal empresa latino-americana para se apagar dados online. Criada em 2013, a Eliminalia é uma empresa do Grupo Dídac Sánchez, cujo objetivo é a defesa do direito ao esquecimento na Internet e para apagar conteúdos na internet relacionados a empresas e particulares. A empresa realiza vigilância online 24 horas e garante a resolução de conflitos ou devolve o dinheiro, se não consegue eliminar os dados.
Mais informações para a imprensa:
Newsline
Miguel Ramos: mramos@newsline-pr.com
Robert Sendra: [email protected]
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FONTE Eliminalia
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