Pesquisador brasileiro participa de luta premiada contra a dengue
MELBOURNE, Austrália, 20 de novembro de 2013 /PRNewswire/ -- Um pesquisador brasileiro faz parte de um grupo internacional de cientistas cuja luta contra a dengue foi reconhecida com um prestigioso prêmio de ciência na Austrália.
O Dr. Luciano Moreira da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil é um dos seis colaboradores de longa data do programa Eliminar a Dengue, que recentemente recebeu o Prêmio Eureka de Pesquisa sobre Doenças Infecciosas de 2013 do Centro de Pesquisa sobre Doenças Infecciosas da Austrália do Australian Museum.
O programa de pesquisas Eliminar a Dengue é uma colaboração internacional liderada pelo Professor Scott O'Neill, Diretor de Ciências da Universidade Monash, na Austrália. A pesquisa está desenvolvendo e testando um método de controle biológico para reduzir a transmissão da dengue. O método é uma bactéria de ocorrência natural, a Wolbachia, a qual, quando introduzida no mosquito, age "como uma vacina" e reduz sua habilidade de transmitir o vírus para os seres humanos.
"Este prêmio reconhece um volume considerável de trabalho iniciado há mais de 20 anos que está atualmente se concretizando, graças à dedicação e persistência de um grande número de indivíduos talentosos que trabalham efetivamente como uma excelente equipe", disse o Professor O'Neill, comentando sobre o prêmio.
Nos ensaios feitos no campo no norte da Austrália, a equipe de pesquisa demonstrou que a Wolbachia pode rapidamente se espalhar através da população de mosquitos selvagens e ser mantida. Dois anos após a liberação dos mosquitos Wolbachia no primeiro campo de ensaios em dois subúrbios perto de Cairms, cerca de 100 por cento dos mosquitos na área ainda são portadores da Wolbachia, o que, de acordo com os pesquisadores, significa um risco consideravelmente reduzido da transmissão da dengue.
Os primeiros ensaios no campo do método de controle da dengue com a Wolbachia no Brasil deverão ocorrer no próximo ano. O Dr. Moreira, do Centro de Pesquisas René Rachou da Fiocruz lidera a equipe multidisciplinar brasileira formada por entomologistas, pesquisadores de campo e profissionais envolvidos com a comunidade. Os ensaios no campo somente prosseguirão com apoio tanto do governo quanto da comunidade.
Globalmente, a dengue infecta 50 a 100 milhões de pessoas todos os anos, de acordo com as estimativas da Organização Mundial de Saúde. A pesquisa tem relevância especial para o Brasil, que é um dos países mais afetados de todo o mundo com mais de 1,2 milhão de casos reportados em 2010.
"É muito empolgante trabalhar com a Fiocruz e esperamos que este esforço de pesquisa colaborativa tenha um impacto verdadeiro na redução da transmissão da dengue não somente no Brasil, mas em mais de 100 países onde a dengue ocorre", disse o Professor O'Neill.
Para informações adicionais, entre em contato com a Monash Media and Communications pelo número +61-3-9903-4840 ou [email protected].
FONTE Monash University
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