Oxitec e MRCU relatam 80% de supressão da população de mosquitos da dengue em Grand Cayman, depois da introdução de mosquitos machos estéreis geneticamente modificados - Nature Biotechnology
LONDRES, 11 de setembro de 2012 /PRNewswire/ -- A introdução no ambiente, pela Oxitec, de mosquitos geneticamente modificados conseguiu uma redução de 80% na população local de mosquitos nas Ilhas Cayman, conforme se descreve na prestigiosa publicação científica internacional, a Nature Biotechnology.
Um estudo[1] da Unidade de Pesquisa e Controle de Mosquitos (MRCU) das Ilhas Cayman e da Oxitec relata e demonstra de forma convincente a abordagem inovadora da Oxitec para controlar o mosquito Aedes aegypti – que é o inseto responsável por transmitir a febre dengue. Esses dados que demonstram a eficácia da solução da Oxitec, colocados anteriormente à disposição da comunidade científica em apresentações feitas em conferências, são agora publicados em uma importante revista científica aberta à apreciação de profissionais e colegas da mesma área.
Ao comentar a publicação, o Dr. William Petrie, Diretor da MRCU, disse:
"A dengue é uma doença perigosa e debilitante que afeta até 100 milhões de pessoas a cada ano. A incidência da dengue aumentou rapidamente em anos recentes: ela agora é uma séria ameaça global de saúde e a única forma de prevenção tem que ser dirigida aos mosquitos que a transmitem. Precisamos de novas ferramentas na luta contra essas pragas perigosas e hoje esta publicação destaca como o método da Oxitec pode permitir isto."
O mosquito da dengue espalhou-se pelo mundo inteiro nos últimos 50 anos e constitui uma praga extremamente difícil de controlar, pois ele vive tanto dentro como em torno das casas. Os métodos convencionais dependem de pesticidas químicos que podem afetar outros insetos e que vêm se tornando menos eficazes na medida em que os mosquitos desenvolvem resistência aos mesmos. A dengue é endêmica em pelo menos 100 países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que de 50 a 100 milhões de infecções ocorrem por ano, a maioria entre as crianças.
A abordagem da Oxitec oferece uma alternativa prática e de alto custo-benefício para combater este crescente problema. Ela consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados machos (que não picam) e cruzam com as fêmeas selvagens, mas como são 'estéreis', não há procriação e, portanto, acabam suprimindo a população alvo de mosquitos.
Acrescentou Luke Alphey, Diretor Científico da Oxitec:
"A publicação de hoje relata um resultado de grande importância para nós. Desenvolvemos nossa abordagem ao longo de vários anos e conduzimos testes rigorosos para garantir que a solução fosse tanto sustentável como segura. Esses dados indicam que ela é também extremamente eficaz, pois os testes prévios de laboratório e o trabalho de modelagem nos trazem muita esperança. Uma supressão de 80% é um resultado excelente, especialmente tendo em vista que os mosquitos selvagens poderiam migrar para a área de teste e poderíamos ver uma redução ainda mais acentuada em áreas maiores ou mais isoladas. Acreditamos que esta abordagem pode ser usada em muitos países e oferecer uma solução mais eficaz e mais verde de controle do mosquito Aedes aegypti para a redução da Febre Dengue.
O teste relatado na publicação de hoje foi conduzido em 2010 em Grand Cayman pela MRCU, com ovos de mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados e fornecidos pela Oxitec.
Os comentários do CEO da Oxitec, Hadyn Parry, foram:
"A abordagem inovadora da Oxitec conseguiu um excelente resultado em Cayman, reduzindo dramaticamente a população urbana do mosquito da dengue. Após a realização desse teste, já fizemos demonstrações ao ar livre na Malásia[2] e Brasil. Como em todas as iniciativas de saúde pública, o envolvimento da comunidade e a supervisão pelos órgãos reguladores são muito importantes e até agora estamos muito satisfeitos com a interação com os órgãos e com o feedback positivo que temos recebido das comunidades locais. Acreditamos que nossa abordagem pode ser integrada a muitos programas existentes de controle de vetores e estamos muito interessados em continuar a trabalhar com comunidades de todo o mundo para ajudar a combater os mosquitos que transmitem essa doença.
Publicação Nature Biotechnology (Harris et al Nature Biotech. 30:828-830)
Os Fatos – o que relata o estudo
- 3,3 milhões de mosquitos machos 'estéreis' da Oxitec foram soltos em um local de Grand Cayman durante um período de 23 semanas.
- Na fase final do estudo, os mosquitos machos da Oxitec foram libertados numa área de 16 hectares.
- Os mosquitos machos libertados pela Oxitec se cruzaram muito bem com as fêmeas selvagens.
- Até o final do estudo, houve uma redução de 80% no número de mosquitos encontrados na área de estudo, em comparação com as áreas não tratadas.
Sobre a febre dengue
Até os anos 60, a dengue era uma doença relativamente menor e geograficamente restrita. Desde então, a crescente globalização e a urbanização ajudaram a espalhar a espécie Aedes de mosquitos que transmitem a dengue. A doença é causada por qualquer um de quatro vírus ou serotipos intimamente relacionados: dengue 1-4. Uma infecção com um serotipo e uma consequente resposta imunológica não protege contra os outros serotipos e as infecções subsequentes colocam as pessoas em maior risco de dengue hemorrágico (DH) e síndrome de choque da dengue (SCD). A dengue é agora endêmica em pelo menos 100 países da Ásia, Pacífico, Américas, África e Caribe. Foi só em 1981 que grandes números de casos de DH começaram a surgir no Caribe e América Latina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que de 50 a 100 milhões de infecções ocorrem anualmente, inclusive 500.000 casos de DH e 22.000 mortes, a maioria entre crianças.
Sobre a Oxitec
Web: www.oxitec.com
Twitter e Facebook: Oxitec
A Oxitec é um companhia do Reino Unido que é pioneira de uma nova abordagem para combater insetos que transmitem doenças e atacam os cultivos de várias espécies. A solução da Oxitec utiliza a ciência genética avançada para criar insetos machos 'estéreis' que cruzam com fêmeas da mesma espécie, tendo como resultado uma redução da população. Os controles convencionais de pragas de insetos, tanto na saúde pública como na agricultura, se concentram no uso de pesticidas químicos. As doenças transmitidas por insetos incluem a Malária, a Dengue e o Vírus da Febre do Vale do Nilo. Estima-se também que, apesar do uso de pesticidas, cerca de 20-40% da produção de alimentos é perdida devido aos insetos.
Sobre a MRCU
A Unidade de Pesquisa e Controle de Mosquitos (MRCU) foi estabelecida em 1965 e realiza o controle dos mosquitos em Grand Cayman e ilhas adjacentes. A MRCU também realiza pesquisas de grande importância sobre o comportamento dos mosquitos, resistência a inseticidas e métodos de controle, sendo internacionalmente reconhecida por sua contribuição à saúde pública.
[1] Harris et al (2012) Nature Biotech. 30:828-830
[2] Uma publicação recente que discute o desempenho em campo dos mosquitos da Oxitec na Malásia está disponível em http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0042771.
FONTE Oxitec
FONTE Oxitec
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