Novo relatório recomenda um método original para tratar a doença mais letal do mundo
LONDRES, 26 de setembro de 2016 /PRNewswire/ -- Um relatório decorrente de uma análise de grande porte recomenda aperfeiçoamentos no tratamento da hipertensão em escala global. A Comissão sobre a Hipertensão da The Lancet (The Lancet Commission on Hypertension) cita "áreas não resolvidas" que, se atacadas, poderiam ajudar a reduzir a carga da hipertensão, a causa de morte número um no mundo.
As recomendações incluem variações na maneira com que a pressão arterial é medida e debater os níveis seguros de sal na dieta.
Lançada hoje no encontro científico da Sociedade Internacional de Hipertensão (International Society of Hypertension) em Seul, Coreia do Sul, a Comissão diz que a hipertensão não é facilmente detectada porque não há sintomas e o exame é inadequado. Apesar de haver um amplo conhecimento sobre como prevenir e tratar a hipertensão, essa doença afeta 30% dos adultos no mundo.
O editor executivo sênior da The Lancet, Stuart Spencer, disse: "A hipertensão é principal causa da doença cardiovascular e, frequentemente, não é tratada. O relatório identifica diversas questões não resolvidas. Cita, por exemplo, como as pessoas nos países em desenvolvimento podem ter acesso a tratamentos medicamentosos e a exames, e objetiva originar novas maneiras de atacar a hipertensão, tanto de uma perspectiva individual quanto de saúde pública".
O professor Neil Poulter, novo presidente da Sociedade Internacional de Hipertensão (ISH -- International Society of Hypertension), disse: "Estamos muito satisfeitos pelo fato de a Comissão haver decidido lançar esse relatório muito importante em nosso evento. A hipertensão é predominante e é essencial que criemos uma conscientização entre os profissionais de saúde e indivíduos em uma escala global.
"Os maiores fatores de risco são todas aquelas coisas que se tornam mais comuns conforme as sociedades se 'desenvolvem': fazer menos exercício, consumir mais bebidas alcoólicas, mais sal e calorias e menos frutas e vegetais. Esses fatores são complementados pelo processo de envelhecimento, que aumenta o risco de hipertensão. Precisamos nos certificar de que as pessoas saibam que têm hipertensão. A resposta está em aumentar o conhecimento e habilitar métodos mais eficazes de exame".
A Comissão examina evidências epidemiológicas e experimentais e destaca onde o apoio é forte e onde é preciso fazer mais pesquisas. Afirma que o número de pessoas com hipertensão deve aumentar em países de baixa renda e em alguns de renda média, se a doença não for contra-atacada por uma ação conjunta. Sugere métodos maís sofisticados de tratamento individualizado, baseado em descobertas robustas de pesquisas e mais pesquisas para preencher as lacunas de conhecimento. Estabelece dez ações prioritárias que espera que serão adotadas pelos governos de todo o mundo, para reduzir a carga global de hipertensão.
Para ver o relatório completo, visite http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(16)31134-5/fulltext
FONTE The International Society of Hypertension
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