Na Futurecom 2019, IEEE debate o papel da tecnologia na segurança de cidades e de dados pessoais
SÃO PAULO, 30 de outubro de 2019 /PRNewswire/ -- Como a tecnologia pode contribuir para segurança das cidades e dados pessoais e quais implicações éticas e legais envolvem o surgimento de novas tecnologias. Este foi o tema central do debate com três especialistas do IEEE - Paulo Miyagi, Edson Prestes e Cyro Boccuzzi - durante a Futurecom 2019, principal feira de telecomunicação e Tecnologia da Informação (TI) da América Latina, que acontece em São Paulo, até 31 de outubro. IEEE é maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade.
As smart cities (cidades inteligentes) podem desempenhar importante papel, assegurando qualidade de vida, promovendo o desenvolvimento sustentável e incrementando a funcionalidade dos sistemas urbanos. Porém, com a implantação desses sistemas inteligentes, problemas de cibersegurança, como privacidade e ameaças a dados pessoais, se tornam grandes desafios que exigem contramedidas eficientes para combatê-los.
Desafios da cibersegurança
Membro sênior do IEEE e Professor titular da Escola Politécnica da USP, Paulo Miyagi, avalia que, além de oferecer gestão organizacional e serviços de utilidade pública, transportes e sustentabilidade ambiental, as cidades inteligentes devem assegurar a cibersegurança. "Há vários requisitos para a cibersegurança urbana, como autenticação e confidencialidade para acesso às informações e aos serviços da cidade inteligente, com soluções de criptografia para proteger a confidencialidade das informações e nas comunicações, afirma Miyagi.
A revolução das redes inteligentes
Membro sênior do IEEE e também CEO da consultoria ECOEE e presidente do Fórum Latino-Americano de Smart Grid, Cyro Boccuzzi considera que as redes inteligentes são responsáveis por grande revolução tecnológica no setor de eletricidade. "A indústria tradicional sempre se baseou em concessões, monopólios e mercados cativos, mas está sendo progressivamente substituída por uma nova indústria do século 21, onde os serviços não são monopolistas, e sim competitivos e distribuídos com novas tecnologias em escalas menores e mais próximas ao uso final e os recursos distribuídos que a gente chama de DER -Distribute Energy Resources", avalia Boccuzzi.
Segundo Boccuzzi, tais recursos são melhores práticas de eficiência energética, como, por exemplo, instalar uma lâmpada que consome um décimo de energia em vez da iluminação anterior consumia, o que também se aplica a condicionamento de ambientes, refrigeração de comida ou, aquecimento de casas: a eficiência energética permite que se gere energia em quantidades pequenas e será comum no futuro as casas, produzirem parte da energia que consomem proporcionando um empoderamento dos consumidores".
Outro benefício à população é o sistema inteligente de câmeras de segurança, hoje muito acessíveis, que reconhecem imagens e interpretam padrões anormais de comportamento, tumultos ou assaltos, identificando-os automaticamente e acionando alarmes. "Espalhar essas câmeras pela cidade, além de baixo custo, permite resolver o que antes se precisaria de um exército de vigilantes,", observa.
A importância de questões éticas e legais
Além dos desafios técnicos de segurança, o surgimento de novas tecnologias também gera questões éticas e legais para a sociedade. Edson Prestes, membro sênior do IEEE, defende o desenvolvimento responsável de sistemas para que respeitem os direitos fundamentais dos cidadãos. "O primeiro fator é entender esses direitos. Em geral, as pessoas que trabalham com tecnologia não têm treinamento formal para compreender o impacto pessoal e social da tecnologia no cotidiano das pessoas. Em geral, desconhecem os princípios listados na declaração universal dos direitos humanos e como eles estão sendo violados pela tecnologia. Um exemplo simples é a violação à privacidade que constitui em uma violação do artigo 12 da declaração", explica Prestes.
"Precisamos fazer uma análise da tecnologia de um ponto de vista mais holístico, que busca um entendimento integral dos fenômenos, de todos os pontos de vistas, políticos, sociais, individuais", propõe Prestes.
Sobre o IEEE
O IEEE é a maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade. Seus membros inspiram uma comunidade global a inovar para um futuro melhor por meio de seus mais de 420.000 membros em mais de 160 países. Suas publicações, conferências, padrões de tecnologia e atividades profissionais são recomendadas por diversos especialistas. O IEEE é a fonte confiável para informações de engenharia, computação e tecnologia em todo o mundo.
FONTE IEEE
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