LAFIS: Taxa de desocupação atinge 12,5% no trimestre móvel encerrado em abril
SÃO PAULO, 7 de junho de 2019 /PRNewswire/ -- De acordo com a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) elaborada pelo IBGE e anunciada em 04/06, a produção industrial apresentou, no primeiro quadrimestre de 2019, uma queda de 2,7% ante o mesmo período de 2018, sendo que, a queda observada esteve amplamente disseminada em todas as categorias econômicas. Destacam-se pelos maiores recuos, bens de capital e bens intermediários, ambos com uma queda de -3,1%.
Nessa mesma comparação, a produção industrial apresentou queda em 19 dos 26 ramos analisados. Entre os segmentos que apresentaram retração, destacaram-se: indústrias extrativas (-11,8%), produtos alimentícios (-2,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-11,3%), e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,2%).
Já na comparação mensal, descontadas as influências sazonais, a produção de abril apresentou um leve crescimento de 0,3% ante março. As principais atividades que influenciaram positivamente o resultado da produção industrial no mês foram: veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%), revertendo a queda observada no mês anterior.
De forma contrária, entre os ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por indústrias extrativas, que recuou 9,7%, marcando, dessa forma, o quarto resultado negativo consecutivo. Esse resultado ainda é reflexo da catástrofe de Brumadinho, que ocorreu em janeiro deste ano, e que ainda vêm impactando de forma direta e indireta a produção de minérios no País.
Na comparação sem ajuste, ou seja, em relação a abril de 2018, a produção industrial apresentou uma retração de -3,9%, e queda em todas as categorias econômicas, exceto bens de consumo duráveis (1,2%). O resultado negativo, ao ser observado conjuntamente ao resultado da produção industrial no acumulado em 12 meses (-1,1%), não deixa dúvidas que a indústria está novamente em um processo recessivo.
Por fim, é possível afirmar que a indústria no País está em uma nova fase recessiva, tendo em vista as dificuldades que o novo Governo vêm enfrentando para a aprovação das reformas, que afetou a confiança dos investidores, e a inércia do mercado de trabalho, que limita uma retomada consistente da confiança dos consumidores e desincentiva o consumo, o que certamente impactará os resultados do 1° semestre de 2019.
Especialista Responsável:
Laís Soares: Analista Sênior. Graduação em Ciências Econômicas pela PUC-SP. Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Iniciou as atividades na Lafis em 2013. É responsável pelos estudos e acompanhamento dos setores representantes da indústria automobilística (montadoras veículos leves, veículos pesados e carroçarias, pneus e autopeças), além dos setores de motocicletas e bicicletas, chocolates e balas e bebidas (cervejas, refrigerantes e água mineral, soft drinks).
Mais Informações:
Lafis Consultoria – www.lafis.com.br
Caique Rocha – [email protected]
(11) 3257-2952
FONTE Lafis
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