CHICAGO, 3 de julho de 2012 /PRNewswire/ -- O estudo revelou que o arranjo brasileiro de uso das casas lotéricas, correios e pequenos varejistas para distribuir produtos financeiros em localidades pequenas demais para comportar agências bancárias. Os correspondentes bancários levam serviços essenciais a áreas pouco desenvolvidas economicamente.
(Logo: http://photos.prnewswire.com/prnh/20100914/DC63872LOGO )
Um estudo dos correspondentes bancários brasileiros realizado pelo Consortium on Financial Systems and Poverty (Consórcio sobre Sistemas Financeiros e Pobreza) mostra que a infraestrutura pré-existente nesses outros grupos de serviços pode reduzir o custo fixo de entrada para a prestação de serviços bancários, principalmente em comunidades mal-atendidas.
Um novo artigo intitulado "Eliminando barreiras de entrada à utilização dos serviços financeiros: evidências dos correspondentes bancários no Brasil", de Juliano Assunção do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) documenta o rápido crescimento dos correspondentes bancários no período de 2002 a 2007.
"Além da recente tecnologia de serviços financeiros em celulares", diz o autor, "correspondentes bancários representam uma forma inovadora e viável de aumentar o alcance dos serviços bancários com baixos custos fixos."
Assunção mostra que os correspondentes bancários estão praticamente eliminando o custo de entrada para a prestação de serviços bancários no Brasil e servem como um modelo inovador de alcance de produtos financeiros em regiões menos povoadas e mais isoladas. Com base na análise feita entre 2000 e 2007, Assunção estima que as barreiras à entrada foram reduzidas a zero em 2002 para correspondentes bancários, enquanto o limite de entrada para estabelecer uma agência bancária se manteve estável entre 7.800 e 9.300 habitantes.
Até agora, pesquisas sugerem que o acesso físico aos serviços bancários é essencial para o desenvolvimento econômico. Vários estudos têm demonstrado que esse acesso ajuda as pessoas a melhorar as condições de vida e a superar a pobreza, aprimora a divisão de riscos, promove a abertura de novos negócios e permite o crescimento de empresas estabelecidas.
O Banco Central do Brasil aprovou a utilização de correspondentes bancários em 1999. A legislação permite que correspondentes bancários recebam pedidos para abertura de contas correntes e poupança, recolham depósitos e ofereçam pagamentos para contas correntes e poupança bem como fundos de investimento, recebam solicitações de crédito e realizem análises de crédito, entre outros serviços.
Cerca de 2.200 dos 5.500 municípios do Brasil, representando 20 milhões de pessoas, não tinham agências bancárias em 2000, o que representava um desafio para conectar indivíduos aos serviços financeiros.
O formato se tornou tão popular que os correspondentes bancários se espalharam até mesmo para lugares que já tinham agências bancárias. Em 2007, segundo a pesquisa de Assunção, apenas 217 municípios não tinham correspondentes bancários. Números do Banco Central indicam que em 2010 o número de municípios sem correspondentes bancários havia caído para 30.
Além de professor do Departamento de Economia da PUC-Rio, Assunção é pesquisador do Consortium on Financial Systems and Poverty. O CFSP, estabelecido na Universidade de Chicago, apoiou financeiramente a realização do estudo. O artigo pode ser encontrado em sua página na Internet: http://www.cfsp.org. O CFSP é uma organização privada de pesquisa composta por economistas proeminentes e emergentes. Seu objetivo é melhorar a vida dos que vivem em situação de escassez e reduzir a pobreza ao ajudar a identificar, planejar e implementar sistemas financeiros mais eficientes. O pesquisador-líder do programa é Robert M. Townsend, Elizabeth e James Killian Professor de economia do departamento de economia no MIT.
FONTE Consortium on Financial Systems and Poverty
FONTE Consortium on Financial Systems and Poverty
WANT YOUR COMPANY'S NEWS FEATURED ON PRNEWSWIRE.COM?
Newsrooms &
Influencers
Digital Media
Outlets
Journalists
Opted In
Share this article