FDI World Dental Federation: prescrição de antibióticos para uso odontológico aumentou 22% na Inglaterra durante primeiro ano da COVID-19
As prescrições de todos os outros antibióticos diminuíram durante o mesmo período
GENEBRA, 17 de novembro de 2021 /PRNewswire/ -- Após anos de declínio consecutivo, a taxa de prescrição de antibióticos para uso odontológico aumentou mais de um quinto em 2020 devido às restrições da COVID-19. A odontologia foi a única parte do serviço nacional de saúde da Inglaterra com financiamento público que registrou aumento. O aumento mais acentuado do uso de antibióticos ocorreu quando as clínicas odontológicas ficaram fechadas de março a junho de 2020 durante a primeira onda da COVID-19, e tem diminuído muito desde então. Os dados foram divulgados pelo governo do Reino Unido hoje antes da Semana Mundial de Conscientização Antimicrobiana (AMR) da Organização Mundial da Saúde.
"A pandemia da COVID-19 tem sido implacável", disse Wendy Thompson, membro do grupo de trabalho AMR da FDI World Dental Federation.
"No entanto, o uso de antibióticos para compensar a falta de acesso a atendimento odontológico de urgência é um risco para a segurança do paciente e deve ser evitado sempre que possível. Precisamos começar a tratar os pacientes com dor ou infecção dentária aguda, não medicá-los."
Mesmo na primavera de 2021, quatro em cada cinco pessoas na Inglaterra ainda afirmavam encontrar dificuldades para obter atendimento em tempo hábil para seus problemas odontológicos. A Healthwatch England relatou que a odontologia é o principal problema que enfrenta atualmente. A análise crítica do público é quase oito vezes maior do que no mesmo período de 2020.
Normalmente, os antibióticos são administrados apenas para infecções graves, juntamente com o tratamento para eliminar a infecção. O tratamento odontológico apenas com antibióticos raramente está de acordo com as diretrizes. Entretanto, o acesso restrito a consultas odontológicas presenciais no ano passado resultou na prescrição de medicamentos, em situações em que procedimentos normalmente seriam uma solução mais rápida e segura.
"A prescrição de antibióticos sem necessidade é um problema porque impulsiona o desenvolvimento e a propagação de infecções resistentes aos antibióticos", afirmou Thompson.
Nos próximos 30 anos, mais pessoas morrerão de infecções resistentes do que de câncer, a menos que medidas sejam tomadas agora. A OMS prevê que a resistência antimicrobiana será o maior responsável por mortes no mundo até 2050.
"Precisamos fazer um compromisso claro e público para combater a resistência aos antibióticos e comunicar ao público em geral o que significa o uso apropriado de antibióticos na odontologia e como isso os afeta", afirmou o Professor Ihsane Ben Yahya, presidente da FDI World Dental Federation e reitor da Faculdade de Odontologia da Universidade de Medicina Mohammed VI de Ciências da Saúde em Casablanca, no Marrocos.
"E igualmente importante, precisamos preconizar que a odontologia seja incluída nos planos de ação nacionais de resistência aos antibióticos. E isso significa desenvolver diretrizes baseadas em evidências nas quaise ainda não estejam presentes sobre o uso de antibióticos odontológicos, bem como a forma como realizar auditorias relacionadas à administração de antibióticos de uso odontológico."
A foto está disponível no site AP Images (http://www.apimages.com)
Mais informações:
Michael Kessler
Relações com a imprensa da FDI
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Sobre a FDI World Dental Federation: A FDI é o principal órgão representativo para mais de um milhão de dentistas em todo o mundo, com a visão de levar o mundo à saúde bucal ideal. Seus membros incluem cerca de 200 associações nacionais e grupos de especialistas em mais de 130 países.
FONTE FDI World Dental Federation
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