Eduardo Paes defende mais recursos para os municípios durante Seminário do LIDE
SÃO PAULO, 20 de agosto de 2013 /PRNewswire/ -- Segundo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o repasse de mais recursos aos municípios é boa parte da solução para garantir a melhoria dos serviços públicos brasileiros e responder adequadamente às manifestações que recentemente tomaram conta do País. A afirmação ocorreu durante sua apresentação "O desafio da gestão metropolitana no plano social e econômico" em Seminário promovido nesta terça (20) pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais em São Paulo.
Eduardo Paes comentou que as mobilizações ocorridas às vésperas da Copa das Confederações e reuniram milhares de pessoas tinham uma agenda ética, pelo fim da corrupção na política, mas também demonstraram que a população está insatisfeita com a democracia da forma como ela está sendo apresentada. "A sociedade demanda mais interação e participação e por isso temos buscado novas formas de se comunicar com os cidadãos do Rio de Janeiro, de ouvir e interagir" afirmou.
Para ele, a agenda demanda a ação dos políticos muito mais no nível municipal do que no âmbito nacional. "O desafio é permitir que os governos locais tenham condições de fazer isso", diz, ao explicar que os municípios têm apenas 5,3% da arrecadação nacional, contra 70% que ficam com o governo federal e 24,7% com o estadual. "Se não enfrentar a agenda das cidades, o Brasil será um país inviável", afirma.
"Pela primeira vez na história fizemos um estádio olímpico com recursos privados, a partir de uma PPP (parceria público-privada) de mais de 1,5 bilhão de reais", diz o prefeito. A prefeitura do Rio de Janeiro está investindo 8 bilhões de reais em mobilidade urbana, sendo parte alocado para a criação de 150 quilômetros de BRTs (Transporte Rápido por Ônibus).
Para o prefeito, o modelo brasileiro de transporte urbano vai acabar com as cidades brasileiras, pois elas chegaram ao limite, estão todas engarrafadas. "São Paulo já parou, Rio de Janeiro está parando e outras cidades vão pelo mesmo caminho. Não é possível continuar oferecendo tantos subsídios à indústria automobilística. O Brasil precisa investir em transporte de massa e também na verdadeira integração entre essas duas cidades tão importantes – São Paulo e Rio de Janeiro – por meio do trem bala, o que atenderia as necessidades de mobilidade de 25% da população brasileira", adverte.
Paes afirma que o Brasil não entendeu que os próximos grandes eventos esportivos estão vinculados a questões geopolíticas. A Alemanha, por exemplo, usou a Copa do Mundo para mostrar um país unificado, em Seoul, a ideia era apresentar a pujança dos tigres asiáticos. E esses eventos vêm para o Brasil num momento importante de crescimento do País, que não deveria ter focado as atenções na construção de estádios, mas em deixar legados.
Informações para imprensa:
Rose Rocha – [email protected] (11 3643-2952)
FONTE LIDE
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