'É preciso união dos governos para enfrentar a violência e parar o jogo de empurra', afirma ministro durante evento do LIDE
José Eduardo Cardozo falou para 300 empresários, em São Paulo
SÃO PAULO, 13 de novembro de 2012 /PRNewswire/ -- Durante Almoço-Debate promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, afirmou que "como a criminalidade tem várias causas, tem que ter vários enfrentamentos. Os governos federal, estaduais e municipais têm responsabilidade e temos que parar o jogo de empurra. Homens e mulheres que atuam no mundo público têm o dever de agir conjuntamente e não com questões políticas".
Para plateia de 300 empresários convidados de João Doria Jr., o ministro falou sobre os "Desafios da segurança pública e sistema penal brasileiro". Ele lembrou que as causas da criminalidade "são várias e que transformam o problema em complexo". Citou exclusão social na perspectiva econômica, quando as pessoas não têm o mínimo para sua sobrevivência; preconceito, violência doméstica e crime organizado.
Para Cardozo, o sistema prisional é violador dos direitos humanos e não colabora com a reinserção social. "Quem cometeu crime pequeno sai de lá criminoso maior". Ele disse ser contra prisão perpétua e pena de morte, lembrando que a reinserção social é a razão fundamental das punições. "Não é porque não tenho um sistema correto que vou penalizar situações definitivas; pena não é castigo, é oportunidade para ser reinserido; é preferível um sistema com penas bem dosadas que funcionem, do que um com penas muito severas". "Se fosse para cumprir pena longa no presídio brasileiro, eu preferiria morrer", finalizou.
Fronteiras – Segundo Cardozo, as fronteiras são problema complexo que nenhum país conseguiu resolver. "Estamos fazendo o que podemos para minimizá-lo. Houve melhora na fiscalização, com muita apreensão de drogas e armas". Ele lembrou que há acordos com vários países não só na América do Sul, pois o Brasil é consumidor de droga sintética – como ecstasy - que vem da Europa, é preciso ter acordos com França e Itália.
Papel da mídia – Para o ministro, a principal conquista é liberdade de informação e de imprensa, o que aumenta a responsabilidade dos órgãos de comunicação porque "tem uma liberdade tão boa que não podem abusar". "A imprensa pode proporcionar grandes mudanças, mas se não perceber que não pode abusar, também pode fazer grandes estragos. Tem que perceber que há limites quando o tema é tão importante como a segurança".
CDN Comunicação Corporativa: Erica Valério, [email protected],+55-11-3643-2710
FONTE LIDE - Grupo de Líderes Empresariais
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