Brazil cai em Ranking de Universidades da QS: BRICS 2015
Para ver o ranking completo, acesse Top Universities.com #QSWUR
LONDON, 7 de julho de 2015 /PRNewswire/ -- A terceira edição do ranking de universidades dos BRICS, publicada pela empresa britânica QS, constatou que a China tem ampliado seu domínio no que se refere à educação superior quando comparada aos demais países do bloco. As universidades chinesas tomaram sete dos dez primeiros lugares da lista, incluindo as duas primeiras posições.
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Mais de um quarto das universidades no novo ranking – e 39 dentre as 100 primeiras – são da China. Estas instituições superam consideravelmente o número de representantes de outros países, especialmente na primeira metade da classificação.
Dentre as 200 melhores, 27 universidades brasileiras caíram de posições em relação ao ano passado, enquanto 12 melhoraram e uma foi listada pela primeira vez.
Contudo, a boa notícia para o país é que o mesmo número de instituições brasileiras estão entre as 50 melhores do BRICS, com uma universidade a mais dentre as 200 melhores, em comparação ao ano de 2014.
País de origem das instituições ranqueadas |
Top 10 |
Top 20 |
Top 50 |
Top 100 |
Top 200 |
Top 400 |
Brasil |
1 |
2 |
10 |
18 |
40 |
93 |
Russia |
1 |
2 |
7 |
20 |
53 |
93 |
India |
1 |
5 |
9 |
15 |
31 |
94 |
China |
7 |
9 |
21 |
39 |
67 |
110 |
Africa do Sul |
0 |
1 |
4 |
8 |
11 |
14 |
404 |
O ranking QS de universidades da América Latina, publicado em Maio de 2015, já havia demonstrado que o Brasil conta com as melhores universidades da região. Agora, o ranking dos BRICS confirma esta posição do país enquanto potência global no ensino superior.
A universidade mais bem colocada é a Universidade de São Paulo (USP), que desceu duas classificações no ranking, indo para o nono lugar. Em seguida, vem a Unicamp, que perdeu três posições, chegando ao 12º lugar.
As 10 melhores universidades no ranking QS de universidades BRICS 2015
2015 |
2014 |
Instituição |
País |
1 |
1 |
TSINGHUA UNIVERSITY |
CN |
2 |
2 |
PEKING UNIVERSITY |
CN |
3 |
5 |
FUDAN UNIVERSITY |
CN |
4 |
3 |
LOMONOSOV MOSCOW STATE UNIVERSITY |
RU |
5 |
- |
INDIAN INSTITUTE OF SCIENCE BANGALORE |
IN |
6= |
8 |
SHANGHAI JIAO TONG UNIVERSITY |
CN |
6= |
4 |
UNIVERSITY OF SCIENCE AND TECHNOLOGY OF CHINA |
CN |
8 |
6 |
NANJING UNIVERSITY |
CN |
9 |
7 |
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) |
BR |
10 |
14 |
BEIJING NORMAL UNIVERSITY |
CN |
© QS Quacquarelli Symonds 2004-2015 www.TopUniversities.com
Esses rankings fornecem algumas indicações quanto ao lugar do Brasil no mundo do conhecimento. Uma delas é quanto à internacionalização das universidades, cujos níveis são medidos através da porcentagem de estudantes e professores internacionais. Na análise da QS de 2015, o Brasil está longe de ser um ímã para estudantes internacionais, mesmo se comparado aos modestos padrões das nações do BRICS. A universidade brasileira melhor colocada para estudantes internacionais este ano é a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que ainda assim é a 96ª instituição dentre todas as outras da região do BRICS neste critério. Nenhuma outra universidade brasileira aparece entre as 100 com mais estudantes internacionais e a maioria nem sequer se classifica entre as 200 universidades da região neste quesito.
As Universidades Brasileiras que se encontram entre as 50 Melhores |
||
9 |
7 |
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) |
12 |
9= |
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) |
25 |
21= |
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO |
27 |
30 |
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" (UNESP) |
37 |
32 |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) |
41 |
40 |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS |
42 |
38 |
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL |
47= |
43 |
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC-SP) |
47= |
45 |
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC – RIO |
© QS Quacquarelli Symonds 2004-2015 www.TopUniversities.com
O quadro melhora bastante quando se analisa o número de professores internacionais. Nesse critério, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul é a primeira colocada dentre as instituições do BRICS e 16 universidades brasileiras ficam entre as 100 primeiras.
O prestígio internacional do sistema universitário brasileiro é reforçado por sua ampla produção acadêmica. O banco de dados de publicações Scopus mostra que a Unicamp e a USP são as 15ª e 16ª instituições, respectivamente, na região do BRICS por número de pesquisa por acadêmicos, sendo que 13 universidades brasileiras encontram-se entre as primeiras 100. Entretanto, é possível observar que muitas das universidades brasileiras piores classificadas no ranking geral do BRICS apresentaram queda neste quesito em relação ao ano passado.
Outro indicador utilizado para saber o sucesso da produção acadêmica é a medida de quão frequente as publicações de cada universidade são citadas, analisando as informações do banco de dados da Scopus. Neste caso, a USP e a Unicamp ficaram em 59º e 73º da região do BRICS, atrás de outras universidades brasileiras como a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). As duas últimas universidades conquistaram a 29ª e a 36ª posição, respectivamente. O resultado sugere que a pesquisa brasileira, apesar de ampla, ainda não produz grande impacto global.
O mais importante dos oito pontos avaliados pelo ranking do BRICS é a pesquisa global com os especialistas da área. Esse quesito é responsável por 30% dos pontos totais possíveis para cada universidade. Nele, o Brasil é bem avaliado, com a USP e a Unicamp no terceiro e nono lugares respectivamente, bem à frente de suas posições finais no ranking geral. Além delas, 18 outras universidades brasileiras constam entre as 100 melhores. A conclusão indica que, apesar do impacto limitado da produção acadêmica brasileira, estas universidades são atores importantes no cenário mundial, competindo no mesmo nível com instituições chinesas e de outras potências do BRICS quanto a tal reconhecimento.
A USP e a Unicamp também encontram-se em altas posições – em 6º e 10º, respectivamente - na pesquisa de reconhecimento por parte dos empregadores, que atribui 20% da pontuação total que a universidade pode atingir no ranking. Contudo, as universidades do país mais próximas a elas estão no 36º e 38º lugares, o que demonstra ser um ponto fraco na educação superior brasileira. Em comparação, existem cinco universidades chinesas entre as 10 melhores universidades na opinião de empregadores.
Por fim, os últimos pontos usados para compilar o ranking tem como intenção medir a amplitude e profundidade da oferta acadêmica das universidades. Primeiro, olhou-se a porcentagem do quadro de professores com PhD (doutorado) de cada instituição, já que o título é prova de excelência da carreira acadêmica. Pelo menos sete das universidades brasileiras demonstraram uma pontuação perfeita neste quesito.
Em um segundo momento, é avaliado a proporção entre professores/estudantes das universidades como uma forma de medir a qualidade do contato que os estudantes possam vir a ter com o quadro de professores e, indiretamente, medir o número de estudantes por sala de aula. Neste ítem, nenhum dos países consegue se igualar à Rússia, que ficou com os 11 primeiros lugares. Mas as universidades brasileiras menos conhecidas itnernacionalmente apresentam uma proporção boa, com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) atingindo o 13º lugar neste quesito, sendo uma das 13 universidades do país dentre as 100 melhores. Como é visto em todas as nações do mundo, as universidades de elite do país não são as que apresentam as melhores proporções estudante/professores. A USP, por exemplo, fica em 155º e a Unicamp em 192º em tal avaliação dentre outras instituições do BRICS.
FONTE QS Quacquarelli Symonds
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