Brasil e México discutem relações bilaterais durante seminário do 17o Meeting Internacional do LIDE
Realizado pelo LIDE, debate destacou necessidade de união dos países para o fortalecimento da economia
SÃO PAULO, 15 de outubro de 2012 /PRNewswire/ -- Na abertura do Seminário Internacional, realizado no dia 12 de outubro, durante o 17o Meeting Internacional, organizado pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, Marcos Raposo, embaixador do Brasil no México ressaltou que os dois países estão vivendo um momento fértil, onde a cooperação deve se tomar conta da competição, "o Brasil precisa ter mais participação no mercado consumidor, já o México precisa diversificar suas relações comerciais". O encontro reuniu 110 empresários brasileiros, mexicanos e autoridades dos dois governos de 11 até 13 de outubro em Punta Mita, no México, para debater "Os desafios da economia latino-americana".
Dando início a agenda de debates, o economista e presidente do LIDE ECONOMIA, Paulo Rabello de Castro, que debateu com os empresários presentes "O Brasil na América Latina e a América Latina no mundo", afirmou que a união entre Brasil e México pode originar um PIB muito mais amplo. "O sinal está verde para que possamos investir e potencializar negócios" e completa "o Brasil, através das iniciativas junto com a Argentina e outros países liderados pelo Mercosul, tem condições de se somar ao México, que, por sua vez traz em sua bagagem sua rica experiência com a América Central.
O Brasil está devendo em termos de atividade econômica e desempenho comercial. Nos últimos 20 anos, o país enfrentou uma sequência quase ininterrupta de dificuldades econômicas. "Fomos guiados por ventos terríveis nesses anos e, obviamente, todos vinculados ao endividamento externo que, finalmente, é uma página virada".
Segundo o economista, um país que sofre o processo de hiperinflação guarda sequelas importantíssimas. "Precisamos lutar para mudar este quadro", alerta. "O Brasil é um pais que pratica a correção monetária residual, com resíduos públicos que precisam ser revistos com coragem durante o processo de modernização", completa Rabello de Castro.
O Brasil está buscando a união com os países da América Latina e para isso, enfrenta desafios como a inovação, investimentos na infraestrutura, este último figurado como elemento fundamental, ligado a capacidade de integração de transporte que viabilize a facilidade no processo de entrada e saída no Brasil e México. "Nosso país terá que aprender a administrar a abundância e não a escassez", explica Rabello. "Investimos pouco quando a burocracia consome o que era para estar sendo aplicado no investimento", completa.
Para Paulo Rabello de Castro, é necessário ser socialista. "Assumir essa postura não é confiscar o capital do empresário, mas sim repartir o capital do Estado". "É preciso sair do estatismo e assumir o socialismo", finaliza.
Desafios econômicos
Com o tema "Os desafios da economia latino-americana", Paulo Skaf, presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) dá sequência ao segundo painel do dia, apontando os resultados no setor automotivo nos dois países. Nos últimos cinco anos, a quantidade de veículos vindos do México cresceu 260%, já o Brasil teve uma redução de 50% nas exportações, causando um desequilíbrio na balança comercial de ambos.
De acordo com Skaf, a situação gerou uma ameaça no ACE 55 (Acordo de Complementação Econômica) do setor automotivo, assinado pelo Mercosul e o México, em setembro de 2002 e internalizado no Brasil, "mas após nova conversa, houve um novo acordo para se estabelecer uma relação de livre mercado" explica Skaf.
Existe um grande interesse, por parte do Brasil, em incrementar os negócios com o México, que atualmente estão em déficit. "Em setembro, durante visita do presidente Enrique Peña Nieto, pudemos expressar nossa vontade de estreitar as relações, garantindo assim, um futuro com acordos promissores para os setores produtivos", lembra o presidente da Fiesp.
Paulo Skaf chamou a atenção dos empresários e garantiu que o setor deve apoiar todos os acordos firmados pelos dois governos. "Sempre que se existe um acordo como este – ACE 55-, há uma resistência dos setores empresariais, visão essa que deve e irá mudar daqui pra frente para a expansão".
O presidente da Fiesp mostrou otimismo em relação ao crescimento de negócios entre os dois países. Para ele, quando há vontade política, disposição dos setores produtivos e interação entre os países é possível fazer o comércio crescer e beneficia a todos. "Temos um estudo em que consultamos os principais setores quanto à disposição de um acordo com o México. O resultado é que, excetuando o setor de eletroeletrônicos, todos os demais estão dispostos a negociações e acordos com o México", explicou.
O México deve crescer 4% este ano e o Brasil 1,4%. Já os Estados Unidos chegará a 2,2%, enquanto a China 7,8%. Somente a zona do euro que terá um crescimento negativo dentro deste quadro. "Para o Brasil, o principal peso negativo no PIB é o fraco desempenho da indústria, fortemente impactada pela crise na Europa e pela diminuição do consumo no Brasil", esclarece Skaf. "Unir forças com o México certamente nos ajudar a elevar os números que, para nós, são importantes que sejam positivos", finaliza.
FONTE LIDE – Grupo de Líderes Empresariais
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FONTE LIDE - Grupo de Lideres Empresariais
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