A Campanha para Crianças Livres do Tabaco exige que as autoridades dos EUA investiguem a British American Tobacco pelas alegações de subornos e corrupção generalizados na África
WASHINGTON, 18 de agosto de 2017 /PRNewswire/ -- Após as alegações sobre a conduta da British American Tobacco (BAT) na África – publicadas hoje pelo jornal The Guardian – a Campanha para Crianças Livres do Tabaco está exigindo que o Departamento de Justiça e a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA investiguem a BAT e suas subsidiárias por possíveis violações das provisões anti-suborno e contábeis da Lei de Práticas Corruptas no Exterior (FCPA - Foreign Corrupt Practices Act). A Campanha para Crianças Livres do Tabaco solicitou a investigação em uma carta enviada hoje para as duas agências governamentais.
A British American Tobacco vem enfrentando crescentes alegações de que a companhia se envolveu em subornos e corrupção generalizados na África, visando obter vantagens sobre os concorrentes e impedir os esforços do governo para reduzir o uso de tabaco. No início desse mês, o Departamento de Fraudes Graves (SFO – Serious Fraud Office) do Reino Unido, lançou formalmente uma investigação da BAT sobre as suspeitas de corrupção.
Um relatório da investigação, publicado hoje pelo jornal The Guardian, revelou novas alegações de que, durante anos, a BAT secretamente, e possivelmente ilegalmente, transferiu milhões de dólares americanos através de fronteiras internacionais para a República Democrática do Congo (RDC), assolada pela guerra, supostamente para apoiar as operações da companhia com folhas de tabaco naquele país. As novas alegações indicam que as operações da BAT incluíam o envolvimento de rebeldes armados, participantes do conflito de longo tempo da RDC, para realizar entregas em espécie usadas para pagar pelas folhas de tabaco dos cultivadores de Auzi, uma cidade fora do mapa, construída pela BAT nos anos 1950, de acordo com o jornal The Guardian.
Além das possíveis violações da FCPA, o relatório do jornal The Guardian levanta questões sobre a possibilidade de a conduta da BAT de transferir dólares americanos durante o conflito na RDC também não violar as leis federais contra a lavagem de dinheiro, especialmente porque os EUA têm sanções estabelecidas contra a RDC desde 2006. A história também expõe o papel da BAT, inundando o Sudão do Sul com suas marcas de cigarros mais baratas depois dos anos de guerra e operando, através de redes terroristas na Somália, para poder continuar vendendo cigarros no país.
As crescentes alegações sobre a conduta da BAT são especialmente alarmantes após a fusão, em julho de 2017, da BAT com a Reynolds American, nos Estados Unidos. A recente fusão coloca a BAT em uma posição de liderança no mercado dos EUA e, de acordo com a BAT, criou a maior companhia de tabaco de todo o mundo, considerando-se os lucros operacionais.
"Devido à história de muitas décadas de fraude calculada da British American Tobacco nos Estados Unidos e no exterior e sua reentrada no mercado dos EUA, as crescentes alegações de corrupção e ocultação maciça de fundos pela BAT devem ser totalmente investigadas pelos órgãos reguladores dos EUA por possíveis violações da Lei de Práticas Corruptas no Exterior e quaisquer outras leis criminais e civis aplicáveis", disse Matthew L. Myers, Presidente da Campanha para Crianças Livres do Tabaco. "Esta é uma companhia que provou que não pode e não irá obedecer as regras. A menos e até que a companhia seja responsabilizada pelos governos, acionistas, parceiros de negócios e pelo público, as infrações da companhia irão somente continuar".
A alegada corrupção dentro da BAT foi primeiramente exposta publicamente em novembro de 2015, quando a BBC e posteriormente outros veículos de notícias, revelaram alegações de que a companhia estava se envolvendo em suborno e em outros atos de corrupção, os quais incluíam suborno de oficiais do Ministério da Saúde em Burundi, Comoros e Ruanda, de um ex-Ministro da Justiça do Quênia e de um Membro do Parlamento de Uganda.
O uso do tabaco mata mais de sete milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Sem ação urgente dos governos para aprovar leis comprovadas de controle do tabaco e reduzir o poder e a influência das companhias de tabaco, o consumo do tabaco causará a morte de um bilhão de pessoas neste século.
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FONTE Campaign for Tobacco-Free Kids
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