'Não podemos minimizar dados', afirma diretora da OMS em live do 9º Fórum LIDE da Saúde e Bem-Estar
Transmissão do evento reuniu especialistas para debater a situação da pandemia no Brasil.
SÃO PAULO, 8 de junho de 2020 /PRNewswire/ -- A diretora-assistente da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mariângela Batista Galvão Simão, o subdiretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, e secretário-executivo do Centro de Contingência do Combate ao Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, foram os expositores da live do 9º Fórum LIDE da Saúde e Bem-Estar, realizada nesta segunda-feira (8).
O evento remoto ocorreu em virtude da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, em medida alinhada às recomendações das autoridades de saúde. Os participantes debateram "Covid-19: na linha de frente da pandemia" e tiveram a mediação do chairman do LIDE, Luiz Fernando Furlan, do presidente do LIDE Saúde, Claudio Lottenberg, e do diretor-executivo do Grupo Doria, João Doria Neto.
A médica Mariângela Simão, da OMS, defendeu a transparência no compartilhamento de informações. "Não podemos minimizar dados, pois 5% de muita gente é muita gente. O que tem mais proliferado nessa pandemia é a desinformação. Temos mais de 700 estudos no mundo e ainda não há um produto que seja efetivo. Também temos 130 estudos de vacina, 10 em fase clínica", afirmou.
Segundo a especialista, a união de esforços evitou a piora do quadro. "Tivemos tempo para aprender com o restante do mundo. Duas coisas que percebemos em países que controlaram o vírus são a união no governo para tomar as medidas necessárias e os países que reagirem de forma rápida, como a Nova Zelândia que fez lockdown de um mês logo no início e não tem nenhum caso atualmente".
Para o médico Jarbas Barbosa, a pandemia da Covid-19 desenvolveu um novo parâmetro mundial. "Vamos ter que criar uma nova agenda para garantir segurança sanitária global e acesso equitativo à mecanismos da saúde à países mais pobres. Precisamos de cooperação e solidariedade para fortalecer o sistema de saúde de todos. O mundo só está protegido se cada um estiver", ponderou.
O subdiretor da OPAS alertou sobre a situação dos países vizinhos ao Brasil, que ainda carecem de recursos. "Europa e América do Norte têm um impacto completamente diferente da América Latina, onde temos países com pobreza, sem acesso à água e que necessitam de políticas econômicas e adequação social para minimizar o impacto na sociedade", disse.
O secretário-executivo do Centro de Contingência do Combate ao Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, comparou positivamente a situação local. "Em Nova York, no pré-pandemia, existiam 1.200 leitos de UTI. A capital de São Paulo, no mesmo período, tinha 3.200 leitos na rede pública e privada. Hoje, o Estado já tem 7 mil leitos específicos para o tratamento da Covid-19".
Gabbardo defendeu a manutenção do distanciamento social para controle da doença. "Temos três caminhos para decidir nosso futuro: o isolamento de grupos de risco e sintomáticos ou estabelecer o isolamento absoluto; ou o caminho intermediário e mais racional: fazer análise dos diversos cenários epidemiológicos das diferentes regiões e estabelecer critérios e orientações ", explicou.
O 9º Fórum LIDE da Saúde e Bem-Estar teve como patrocinadores Hospital Albert Einstein, Amil, BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e RV Ímola. A RCE foi a fornecedora oficial do evento.
FONTE LIDE
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