O Brasil, no evento G20-COP28, se junta ao Quadro de Finanças Globais Climáticas para alinhar o investimento climático e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico
RIO DE JANEIRO, 25 de julho de 2024 /PRNewswire/ -- Em um evento conjunto do G20-COP28 sobre finanças sustentáveis, o Brasil endossou hoje a Declaração dos Líderes dos Emirados Árabes Unidos sobre um Quadro de Finanças Globais Climáticas, lançada pelos principais líderes mundiais na COP28, criando um impulso em direção ao objetivo do Quadro de desenvolver uma nova arquitetura de financiamento climático que desbloqueie a oportunidade de investimento da ação climática.
O endosso do Brasil, que também sediará a COP30 em 2025, fornece um elo vital entre as agendas das Presidências da COP e do G20 para tornar o financiamento sustentável mais disponível, acessível e barato.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o endosso no Rio de Janeiro hoje, à margem das reuniões dos Ministros das Finanças e dos Governadores dos Bancos Centrais do G20, visto que o Brasil se tornou o sexto país do G20 a endossar o Quadro ao lado da França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Índia.
Até o momento, 15 países que representam uma parcela significativa do PIB global aderiram ao Quadro como signatários.
O endosso do Brasil também garantirá maior continuidade nas futuras COPs. A Troika das Presidências da COP – composta pelos Emirados Árabes Unidos, Azerbaijão e Brasil – continuou a reforçar a cooperação internacional para fechar a lacuna de financiamento da adaptação e aumentar a ambição na próxima ronda de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).
"Para cumprir as ambições climáticas estabelecidas no Consenso dos Emirados Árabes Unidos, precisamos de todas as fontes de financiamento – públicas, privadas e filantrópicas", disse Sua Excelência Mohamed Al Hussaini, Ministro de Estado dos Assuntos Financeiros dos Emirados Árabes Unidos. "Os investimentos climáticos devem ser reconhecidos como uma oportunidade sem precedentes para o crescimento econômico e a prosperidade compartilhada, e o Quadro de Finanças Globais Climáticas da COP28 coloca os ministérios das finanças em um papel de liderança para impulsionar isso. Os Emirados Árabes Unidos estão prontos para abordar a lacuna de financiamento sustentável com ações concretas.
"Damos as boas-vindas ao reconhecimento do Quadro hoje pelo Brasil. Esta decisão garante que o progresso alcançado na COP28 não só será confirmado pelo Brasil através da sua ambiciosa agenda sobre finanças sustentáveis durante a sua Presidência do G20, mas levado adiante para o seu papel como anfitrião da COP30 em 2025."
"Nossa agenda de finanças sustentáveis no G20 se concentra em pressionar por reformas da arquitetura financeira global para apoiar transições justas no mundo e está bem alinhada com o Quadro de Finanças Globais Climáticas. Vemos grande valor em reforçar a coerência entre os resultados do G20 e da COP em finanças sustentáveis ", disse a embaixadora Tatiana Rosito, vice-ministra de Assuntos Internacionais do Ministério das Finanças e coordenadora da Trilha de Finanças do G20.
"O Quadro de Finanças Globais Climáticas oferece um esforço holístico e abrangente para combater as mudanças climáticas e desbloquear o financiamento climático tão necessário – um fator-chave para fortalecer o próximo ciclo de NDCs, adaptação e resiliência climática", disse Majid Al Suwaidi, diretor geral da COP28.
"Como defensor do Sul Global, o endosso do Brasil ao Quadro garantirá um maior alinhamento com sua ambiciosa agenda da Presidência do G20 sobre finanças sustentáveis, ajudará a impulsionar o crescimento socioeconômico sustentável e fornecerá continuidade no financiamento climático de Baku a Belém e além."
O Quadro de Finanças Globais Climáticas, que se baseia no impulso de iniciativas como a Agenda de Bridgetown, defendida pela Exma. Mia Mottley, e a Cimeira Africana do Clima, defendida pelo presidente Ruto, fornece uma plataforma robusta para medir o progresso feito por todos os principais intervenientes no financiamento climático nos setores público e privado, incluindo MDBs e instituições financeiras internacionais (IFIs).
O Quadro fornece 10 princípios definidores, cobrindo todas as áreas de ação na agenda de financiamento climático, incluindo a reforma do MDB e da IFI, impulsionando as plataformas dos países e cumprindo os compromissos existentes, como a mobilização de financiamento para os países em desenvolvimento e o reabastecimento do Fundo Verde para o Clima.
FONTE COP28
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