Filme "The Important Stuff" leva vozes de crianças para a abertura do World Press Freedom Day, em Santiago, no Chile
Produção, realizada em parceria entre Alana e UNESCO, mostra crianças impactadas pelas mudanças climáticas o evento; Alana também organiza mesa sobre imprensa livre no combate às mudanças climáticas durante encontro de líderes mundiais
SÃO PAULO, 2 de maio de 2024 /PRNewswire/ -- O Instituto Alana, mais uma vez, leva a voz das crianças para um encontro de grandes líderes mundiais: amanhã, 3 de maio, acontece a celebração do World Press Freedom Day, em Santiago, no Chile. Todo ano, uma conferência celebra o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de maio. Em 2024, a 31ª edição acontece em Santiago, capital do Chile e tem como cerne a importância do jornalismo e da liberdade de expressão no combate às fake news em meio à crise ambiental global, e como o impacto da crise climática nas crianças e adolescentes é agravado pela desinformação.
Durante a sessão de abertura será exibida uma nova edição do filme "The Important Stuff", parceria do Alana com o UNICEF, lançado na COP28, que contará com a presença do presidente chileno Gabriel Boric, de Audrey Azoulay, Diretora Geral da UNESCO e convidados como a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Ressa, e o ator Gael García Bernal.
O filme reúne falas de crianças e adolescentes de 12 países, que contam como são impactados pelas mudanças climáticas, exigindo ações por parte das lideranças. Os depoimentos reforçam como a desinformação sobre questões ambientais agravam esses impactos, buscam sensibilizar e inspirar os participantes da conferência, para que os debates possam levar em conta as necessidades desses grupos vulneráveis. Também ressalta a importância crucial de uma imprensa livre para combater as consequências das notícias falsas.
As crianças são as mais impactadas pela emergência climática e representam um terço da população mundial (cerca de 2,2 bilhões de pessoas), sendo que metade delas (mais de 1 bilhão) vive hoje em locais expostos a severos riscos climáticos, especialmente no Sul Global. Hoje, no mundo, mais de 1 em cada 4 mortes de crianças menores de 5 anos são atribuíveis a ambientes insalubres, mas esse público é naturalmente excluído das instâncias decisórias relativas ao tema.
"As crianças e os adolescentes, grupo que reúne um terço da população do planeta, deve ser uma prioridade absoluta no enfrentamento dos efeitos da crise climática, são as mais afetadas pelas mudanças climáticas, mas suas vozes são frequentemente silenciadas nas decisões que impactam seu futuro", afirma Isabella Henriques, Diretora Executiva do Instituto Alana. "Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, nos unimos ao UNICEF e à UNESCO para amplificar suas vozes, combater a desinformação e defender ações urgentes para proteger nosso planeta."
Agenda
Entre os dias 2 e 4 de maio também acontece uma série de eventos paralelos, que lançam luz sobre os desafios enfrentados por jornalistas engajados na investigação de crimes ambientais.Nesta programação, o Alana organiza o painel "Intergenerational fireside chat: fostering digital resilience and child participation to promote reliable information about climate change" ("Bate-papo intergeracional: incentivando a resiliência digital e a participação das crianças e dos adolescentes para promover informações confiáveis sobre as mudanças climáticas").
A mesa, organizada pelo Alana e proposta para a UNESCO como forma de aprofundar a participação das crianças nos debates sobre a construção de uma imprensa livre e capaz de combater as mudanças climáticas, reúne João Brant, Secretário de Políticas Digitais na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; Awo Aidam Amenyah, fundadora do "Child Online Africa"; Francisco Vera, defensor dos direitos humanos; Taissa Kambeba, ativista indígena; e Emiko Sepúlveda, coordenadora do LCOY Chile.
O painel vai colocar as crianças e adolescentes no centro de debate para que eles tragam seus pontos de vista e suas propostas, além de destacar a importância de combater a desinformação, especialmente online, onde as crianças e os adolescentes são particularmente vulneráveis, considerando as assimetrias de poder em relação às plataformas digitais. Uma das abordagens é que um jornalismo ambiental confiável é uma condição importante para a promoção do pluralismo dos meios de comunicação, como apontado em declarações anteriores, como a de Santiago e Windhoek+30, e pelos Comentários Gerais º 25 e 26 do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança.
FONTE Alana
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