Câncer de pele: avanços na imunoterapia têm revolucionado tratamento do melanoma avançado
Doença depende do diagnóstico precoce para um prognóstico favorável
SÃO PAULO, 11 de dezembro de 2024 /PRNewswire/ -- O câncer de pele é uma preocupação crescente no Brasil e representa cerca de um terço de todos os casos diagnosticados. Entre os tipos do tumor, o melanoma se destaca como o mais grave devido à alta possibilidade de metástase. "Os dados disponíveis reforçam o impacto da doença na população brasileira e a importância de abordar a conscientização", destaca Nani Pinho, Diretora Médica da Bristol Myers Squibb.
Dentre os dados citados pela especialista, estão os do Instituto Nacional do Câncer (INCA) que revelam que anualmente são registrados aproximadamente 185 mil novos casos de câncer de pele. Embora o melanoma represente somente 1% desse número, ele é responsável pela maioria das mortes causadas por esse tipo de câncer no Brasil1.
Além disso, conforme o Melanoma Brasil, anualmente são registrados cerca de 2 mil óbitos devido à doença, e o maior número de casos se concentra nas regiões Sul e Sudeste2. Para o triênio de 2023-2025, o INCA estima 8.980 novos casos de melanoma no País, sendo 4.340 em mulheres e 4.463 em homens3.
Diagnóstico precoce e prevenção
Diante da agressividade da doença, o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso no tratamento. "O principal alerta é para os casos de câncer de pele do tipo melanoma, que, quando diagnosticado em estágio inicial, apresentam maior taxa de sucesso no tratamento. Por isso, a importância de a população estar atenta aos sinais", completa Nani Pinho.
O melanoma frequentemente se manifesta na pele, surgindo como manchas, sinais ou lesões que podem ter diversas aparências4. Entre 20% e 30% dos casos se desenvolvem em pintas já existentes, enquanto uma proporção ainda maior, de 70% a 80%, surge em áreas saudáveis da pele5.
Em casos de suspeitas, inicialmente, é realizado um exame dermatológico, que avalia sinais, pintas de nascença e outras áreas pigmentadas, observando características como cor, forma e textura6.
Quando há alterações em alguma dessas lesões, exames complementares como a dermatoscopia e mapeamento corporal total, podem ser empregados7.
Um método simples, denominado ABCDE, pode ajudar o paciente a identificar se uma lesão de pele é suspeita de melanoma8:
- Asimetria: um lado da lesão é diferente do outro.
- Borda: bordas irregulares ou borradas.
- Cores: presença de mais de um tom.
- Diâmetro: lesões com diâmetro superior a 5 milímetros.
- Evolução: mudanças na forma, cor ou tamanho da lesão.
Já entre as medidas de prevenção para o câncer de pele, estão as recomendações já conhecidas por grande parte do público, mas que precisam ser reforçadas durante o verão: evitar a exposição excessiva ao sol, (principalmente entre as 10h e as 16h9), proteger a pele dos raios ultravioleta, usar filtro solar de forma adequada, com fator de proteção mínimo de 30 - aplicando ainda em casa, e reaplicado ao longo do dia a cada 2 horas, se houver muita transpiração ou exposição solar prolongada.
Avanços no tratamento: um futuro promissor
Nos últimos anos, os avanços na imunoterapia têm revolucionado o tratamento do melanoma avançado. A combinação de medicamentos, conhecida como dupla imunoterapia, tem mostrado resultados positivos.
Em 2024, foi publicado um acompanhamento do estudo fase III CheckMate 067, que completou uma década. A pesquisa testou novas terapias que atuam no sistema imunológico para combater o melanoma, comparando três abordagens: o uso isolado e a combinação de duas moléculas.
Esse tipo de terapia supera a defesa das células malignas, permitindo que o combate à doença seja realizado pelo próprio sistema imune do paciente. Os resultados mostraram que os pacientes que receberam a combinação da dupla imunoterapia tiveram uma mediana de sobrevida de 71,9 meses, enquanto aqueles que usaram apenas a imunoterapia isolada viveram em média 19,9 meses10.
Os dados de sobrevida específica de melanoma (MSS), mostraram que mais de 50% dos pacientes que receberam a combinação de imunoterapia estavam vivos após uma década, com uma mediana de MSS ainda não atingida. Estes resultados sugerem que pacientes com melanoma avançado estão vivendo tempo suficiente para vir a falecer por outras causas.
Para aqueles que estavam sem progressão da doença aos três anos, as taxas de sobrevivência em 10 anos foram de 96% no grupo da combinação11. Outro dado de muito impacto refere-se aos dados de OS (Sobrevida Global) e MSS em pacientes com PFS (Sobrevida livre de progressão) aos 3 anos, mostrando que dos pacientes que estão livres de progressão aos 3 anos, mais de 85% estavam vivos em 10 anos12. E olhando a MSS isso aumenta ainda mais, com mais de 96% dos pacientes vivos para aqueles que receberam a imunoterapia combinada13.
Em 2024, a área ainda contou com um grande marco: a introdução de um terceiro inibidor de checkpoint imune, que amplia o perfil dos pacientes que podem se beneficiar desse tipo de tratamento.
"A descoberta dos inibidores de checkpoint imunológico representa uma revolução na história da medicina. Esses medicamentos transformaram o tratamento do câncer, prolongando a sobrevida e proporcionando novos tratamentos para pacientes em todo o mundo", finaliza Nani.
Sobre a Bristol Myers Squibb
A Bristol Myers Squibb é uma biofarmacêutica global que tem como missão descobrir, desenvolver e disponibilizar medicamentos inovadores que ajudam os pacientes a superar doenças graves. Para mais informações sobre a Bristol Myers Squibb, visite BMS.com/br ou siga-nos no LinkedIn, Twitter, YouTube, Facebook e Instagram.
1 Instituto Nacional do Câncer. Câncer de Pele Melanoma. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-melanoma.
2 MELANOMA BRASIL. O que é melanoma. Disponível em: https://www.melanomabrasil.org/new-oquee/. Acesso em: 26 nov. 2024.
3 MELANOMA BRASIL. O que é melanoma. Disponível em: https://www.melanomabrasil.org/new-oquee/. Acesso em: 26 nov. 2024.
4 MELANOMA BRASIL. O que é melanoma. Disponível em: https://www.melanomabrasil.org/new-oquee/. Acesso em: 26 nov. 2024.
5 MELANOMA BRASIL. O que é melanoma. Disponível em: https://www.melanomabrasil.org/new-oquee/. Acesso em: 26 nov. 2024.
6 GRUPO BRASILEIRO DE MELANOMA. O melanoma. Disponível em: https://gbm.org.br/o-melanoma/. Acesso em: 26 nov. 2024.
7 GRUPO BRASILEIRO DE MELANOMA. O melanoma. Disponível em: https://gbm.org.br/o-melanoma/. Acesso em: 26 nov. 2024.
8 MELANOMA BRASIL. Sinais e sintomas. Disponível em: https://www.melanomabrasil.org/new-sinais_sintomas/. Acesso em: 26 nov. 2024.
9 SBDRJ. Respondendo à vitamina D sem riscos para a pele. Disponível em: https://sbdrj.org.br/repondo-a-vitamina-d-sem-riscos-para-a-pele/. Acesso em: 6 dez. 2024.
10 SINGH, A.; BROWN, J.; SMITH, R. et al. Efficacy of New Treatment for Disease X: A Randomized Controlled Trial. New England Journal of Medicine, Boston, v. 390, n. 1, p. 123-134, 2024. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2407417. Acesso em: 10 dez. 2024.
11 SINGH, A.; BROWN, J.; SMITH, R. et al. Efficacy of New Treatment for Disease X: A Randomized Controlled Trial. New England Journal of Medicine, Boston, v. 390, n. 1, p. 123-134, 2024. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2407417. Acesso em: 10 dez. 2024.
12 SINGH, A.; BROWN, J.; SMITH, R. et al. Efficacy of New Treatment for Disease X: A Randomized Controlled Trial. New England Journal of Medicine, Boston, v. 390, n. 1, p. 123-134, 2024. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2407417. Acesso em: 10 dez. 2024.
13 SINGH, A.; BROWN, J.; SMITH, R. et al. Efficacy of New Treatment for Disease X: A Randomized Controlled Trial. New England Journal of Medicine, Boston, v. 390, n. 1, p. 123-134, 2024. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2407417. Acesso em: 10 dez. 2024.
FONTE Bristol Myers Squibb
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